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Várias epístolas - um perfil: Dom Frei Alexandre de Gouveia - Bispo de Pequim

Beatriz Basto da Silva*

"Há quase 180 anos, a 6 de Julho de 1808, falecia em Pequim o Bispo daquela Diocese, D. Fr. Alexandre de Gouveia. Entre os seus magros haveres não se achou prata de cubículo nem mesmo para fazer as despesas do funeral.

Quem foi este Homem? Que sabemos dele? Qual o percurso da sua, aliás curta, existência? "

Sempre me atraíu compor a personalidade global - se assim me posso exprimir - das figuras que a História traz até nós! Com mais ou menos profusão de dados, conhecemos-lhes a biografia registada nos empreendimentos públicos em que se envolveram, enfim o curriculum vitae e as variantes da excelência com que o cumpriram.

É, todavia, muito comum ficarem no olvido os parâmetros do quotidiano, a maior parte das vezes porque não foram assentes e conservados, o que, inevitavelmente, empobrece a dimensão humana de quem, afinal, também viveu e sentiu como nós.

O jovem de hoje, português ou não, tem dificuldade em temperar a vontade. Parece que há uma atracção colectiva para o fácil e o ilusório como metas de felicidade.

Nos programas de História sobressai a economia, a estatística, o aspecto material das civilizações e esquece-se o duro caminho interior que a humanidade tem percorrido e as compensações espirituais que têm sido o arrimo dessa escalada difícil. Perante a narrativa de um gesto heróico, um estudante impacienta-se; está mais disposto a vê-lo na literatura mais ou menos erudita, no romance histórico, na ficção, na banda desenhada, onde não há perigo de confrontos com a realidade prosaica e vazia que tantas vezes é a nossa.

Contudo, e inversamente, os mestres gregos ensinaram-nos a ver nos seus heróis e semi-deuses o lado humano, o que, longe de os diminuir, fazia aumentar a admiração pelos feitos cometidos. Salvas as devidas diferenças, sinto-me devedora a essa inspiração clássica que me permitiu escrever não sobre um herói, mas sobre alguém; suficientemente humano para ter sofrido, suficientemente grande para se distinguir do comum dos mortais.

Há quase 180 anos, a 6 de Julho de 1808, falecia em Pequim o Bispo daquela Diocese, D. Fr. Alexandre de Gouveia. Entre os seus magros haveres não se achou prata de cubículo nem mesmo para fazer as despesas de funeral. (1)

- Quem foi este Homem? Que sabemos dele? Qual o percurso da sua, aliás curta, existência?

Sabemos que nasceu em Évora, a 2 de Agosto de 1751 e que foi pupilo do Bispo de Beja a quem diz dever toda a sua formação e muito afecto (2); que foi eleito Bispo de Pequim em 22 de Julho de 1782, confirmado em 16-12-1782 e sagrado em 7-2-1783 no Convento de Nossa Senhora da Porta do Céu, em Telheiras, arrabalde de Lisboa, por D. Fr. Francisco de Assunção, O. S. A., sendo assistentes dois ex-bispos de Macau, Bartolomeu Manuel Mendes dos Reis e Alexandre da Silva Pedrosa Guimarães. (3)

Pertencia à Ordem Terceira Regular de S. Francisco e foi chamado a cumprir uma missão de responsabilidade no Oriente, por causa das suas invulgares aptidões matemáticas.

De facto, em 22-12-1781, o Senado de Macau informara a Rainha D. Maria I do desejo expresso pelo Imperador da China no sentido de lhe serem enviados dois matemáticos e um pintor, portugueses. (4) Esse o motivo que levou à escolha de D. Fr. Alexandre de Gouveia como Bispo da Cidade Imperial.

Eleição, confirmação e posterior nomeação régia (10-2-1783), sucedendo-se, irreversíveis, no curto espaço de menos de um ano, podemos pensar que quase lhe não permitiram preparar o espírito para uma tão grande mudança. Foi com certeza a força do apelo missionário que o ajudou a desapegar -se das calmas planícies alentejanas e do aconchego de familiares e amigos, para o lançar num rumo novo que, nem por se anunciar de renúncia e sacrifício, deixou de o atrair.

Não posso deixar de compreender, porque também eu conheço a experiência da despedida, o que custa um adeus, ainda que nos anime a esperança do reencontro.

Mas, dir-se-á, esses espíritos superiores adquiriram um endurecimento que os protege!

É de facto essa a imagem que se forma em nós, quando nos contam, ou lemos, actos de bravura em que a História é fértil. E, no entanto, tal ideia vem-nos do pouco que conhecemos dessas vidas que parecem apoiar-se em estruturas de ferro.

D. Fr. Alexandre de Gouveia foi o perfeito cavaleiro de Deus e da Rainha, todo entregue à missão que lhe foi cometida. Mas não o fez sem um forte exercício de vontade. E há provas da sua índole afectiva, do natural apego humano que se viu forçado a contrariar, para poder partir.

Ë que, assim como são conhecidas as Instruções que trouxe para actuação em Goa, Macau e Pequim, (5) proponho-me justamente trazer agora também a público o resultado da leitura atenta de uma série de cartas particulares do ilustre prelado, entre elas as que escreveu à irmã que deixou em Portugal e que nunca mais voltaria a encontrar, cartas aliás pouco conhecidas. (6)

Não se trata de devassar ou inventar noveles-camente, a partir de informações, ou em vez delas, mas sim de tentar reconstituir esse lado humano que completa a figura do religioso, do diplomata, do político.

E sobretudo porque, mais do que nunca, é oportuno lembrar, aqui e agora, figuras como esta que, renunciando a privilégios próprios do seu nascimento e estado, nada buscaram para si próprias, sabendo outrossim enfrentar com determinação as adversidades, ouvir e apostar - repensando ou reformulando a permanência - na continuidade.

Posto isto, acompanhemos através das epístolas mencionadas uma viagem Lisboa-Brasil-Moçambi-que-Goa-Macau-Pequim, feita nos finais do séc. XVIII.

Em prosa singela, o titular da mitra de Pequim escreve as suas primeiras impressões da Baía, cidade onde chegou após 45 dias de navegação. A partida de Lisboa, a 6 de Abril, ofereceu algum perigo, por descuido do piloto, mas a qualidade do transporte - uma fragata de guerra ao serviço de Sua Majestade e a companhia de um Missionário e do Pintor que também seguem para Pequim - levam-no a considerar que tudo se passou com muita felicidade. De facto, não se registaram nem trovoada, nem tempestade, apenas o enjoo vulgar em toda a gente, coisas do balanço, e apenas nos primeiros 15 dias porque, depois disso, era como se andassem numa sege! O serviço de mesa ocupava o tempo, com certeza difícil de passar, embora D. Fr. Alexandre se refira também à pesca como diversão a bordo.

Conquanto habituado ao trato social, é em nome da sua liberdade que, uma vez chegado à Baía, escolhe o sossegado Convento dos Pes. Barbadinhos para se instalar, declinando a oferta de residência por parte de outras ordens ali sediadas, como as dos Fran-ciscanos, Carmelitas, Marianos e Beneditinos.

Já mais descansado, começa a retribuir as visitas que lhe vão fazendo, pois não quer faltar à civilidade daquela terra, onde o transporte, em vez de se fazer nas seges, como em Portugal, é em cadeirinhas.

Tudo conta com pormenor e graça à irmã, com certeza curiosa também de tudo saber. E nas últimas palavras desta carta, que é a primeira, anseia já por notícias de casa! A tal voz do coração que na vida pública não tinha lugar:

Mandai-me notícias vossas e dos parentes muito por extenso.

Procurando evitar cuidados à família, é só numa segunda carta que fala de ter estado doente na Baía, de como melhorou depois de se submeter a uma sangria, método muito em voga na época, encontrando-se de saúde quando a redige, já em Goa, a 10 de Dezembro de 1783.

Naturalmente que nesta mensagem se ocupa com a narrativa da viagem, de cerca de 6 meses, do Brasil à índia, atormentada pela falta de ventos, mas sem outros incómodos ou moléstias. Menciona a ementa de bordo, com que se dá por muito satisfeito: galinhas e carnes frescas, laranjas e o mais necessário à vida.

Era hábito, havendo portador, enviar-se uma segunda via da correspondência, para maior segurança. Podia ser com meses de diferença, não importava, mas era sempre de aproveitar, dados os riscos que corriam as embarcações-correio. É justamente numa 2a via da carta anterior que o Prelado se refere a novo ataque de cólica a apoquentá-lo na viagem para a Índia. Valeu-lhe o leite fresco de uma cabra que traziam. Narra ainda uma tempestade de 3 dias a que o navio resistiu bem e diz que não houve perigo nem depois dȯ Cabo da Boa Esperança, que é o maior passo que tem a carreira das Indias. Acrescenta que, para impetrar o auxílio divino, visto não haver ventos favoráveis, começou em plena fragata a novena ao Patriarca S. Francisco. A cena, quase tão ao vivo como as de Fernão Lopes, merece transcrição: ... no seu dia cantei a Missa, e um dos Capelães pregou o sermão: houve música e tudo o que era necessário para uma função. S. Francisco nos pagou isto porque desde o seu dia tivemos o melhor vento e o navio corna muito...

Curiosamente na índia começam a surgir circunstâncias que nos são familiares no Oriente: a necessidade de mais repouso devido ao calor e também, por sua causa, o uso de frequentes banhos, medida cautelar para evitar doenças. Entre elas, por exemplo, há notícia das sezões que atingiram o seu secretário e até de uma pequena erizipela que o incomodou a ele próprio numa perna.

Mas tudo passou e, para que a irmã não fique preocupada, fala a seguir de futilidades ou antes, do comezinho mas necessário dia-a-dia; compras, a saber: roupa leve, porque a terra é muito quente e a que trouxe do Reino não serve; mais um faqueiro de prata que custou vinte moedas e uma salva, um jarro, um aparelho de chá, tudo de prata, o que tudo é preciso para a China, e lá é muito mais caro, etc. tudo isto por economia, porque aqui é barato...

Não deixará de ter sorrido a irmã, ao ler este desabafo final, dito quase "ao ouvido":... eu já vou aprendendo à minha custa a ser poupado e a governar casa...

Pois a mim ocorre-me sublinhar o espírito arguto deste pastor de almas que, sem embargo da sua inexperiência, porque acabara de chegar, se apercebeu que, do meridiano que atravessa Bizâncio para a banda oriental, há necessidade de redobrar os sinais exteriores de pompa e circunstância, verdadeiros cartões de visita que tantas vezes a nada correspondem, como se calhar muitos de nós sabemos!

Ora o nosso Bispo, que já vimos ser pessoa de trato simples, não reclamava para si as honras, mas para a Igreja que representava. Se o povo aonde se dirigia era tão sensível às aparências, havia realmente que as salvaguardar.

Tais ocupações, porém, não o faziam negligenciar os negócios de que fora incumbido de tratar, em Goa, por sua Majestade, e que se prendiam com a reforma do governo de Macau. E também nada o fazia esquecer sua irmã, os sobrinhos Joaquim e José, o predilecto - o meu José com quem se correspondia em latim — jovem cu)a educação lhe merece recomendações especiais:

Tratai-o com muito asseio, com muito temor de Deus, e fazei-o estudar, porque será gente... Mas há todo um rosário de lembranças a distribuir pelos restantes parentes, desde as crianças ao Padrinho, a uma sempre mencionada Tia Maria, sacerdotes, amigos e enfim, todos os que por ele procurassem!

Coração grande o deste santo homem! Quem lê as Instruções régias que recebeu e cumpriu não imagina o interesse e o carinho que, a despeito da postura solene, sabia dispensar à família, sempre atento a que nada lhe faltasse.

Finalmente a 4a missiva é datada de Macau, 8 de Outubro de 1784. Relata a saída de Goa a 22 de Abril anterior, os 73 dias de feliz viagem (chegada a 5 de Julho), as salvas e festas com que aqui foi recebido, bem como os calorosos e múltiplos obséquios da população.

Não maça a irmã com pormenores sobre a missão régia que lhe cabia, fazendo dela brevíssima referência. Mas sabemos, por via da História, que lhe foram cometidas empresas de vária ordem, entre as quais avulta o estabelecimento de um Seminário no Colégio de S. José de Macau, apoio da irradiação missionária na China, e o pesado encargo de procurar, junto da corte de Pequim, reabilitar a situação deplorável em que Macau então se achava e restabelecer a antiga dignidade.

Qualquer dos assuntos era, a nível diplomático e nas circunstâncias em presença, muito melindroso. (7)

Na perspectiva cultural tradicionalmente a cargo dos missionários, também ao Bispo da Sé Pequinense pediram informações sobre usos, costumes, poder, cultura, comércio, artes, e coisas pertencentes aos produtos e História Natural da China, e também sobre plantas, pedras minerais e o mais que possa servir... De tudo, com a natural simplicidade que caracteriza as pessoas superiores, se desempenhou o dito Bispo, que ocupou ainda, de 1805 a 1808, o cargo de Presidente do Tribunal das Matemáticas na capital do Império Chinês, onde serviu a Igreja por mais de 20 anos.

Cabe aqui citar, para que não se pense descuidado, com tanta actividade paralela, o múnus religioso, a carta do Bispo de Pequim ao Bispo de Calandro (8) onde fala do auxílio espiritual, humano e material prestado à nascente Igreja da Coreia (além de preparar entre este país e Portugal o 1° Tratado de Amizade), e da alegria com que recebeu a esse propósito palavras consoladoras do Papa Pio VI; e outras cartas sobre o estado da Cristandade na China, tantas vezes sujeita a perseguições, ou pedindo lhe fossem enviados livros de que necessitava, ou ainda recomendando vivamente ao seu sucessor que, enquanto aguardava em Macau a ida para o Norte, fosse aprendendo algumas palavras chinas ao modo Pekinese.

Clarividente e prático, eficiente e enérgico, este homem de espírito matemático é, voltando às nossas epístolas familiares, o irmão saudoso, tio e amigo preocupado, tutelar.

Na carta de Macau anuncia para 20 de Outubro de 1784 a saída para Pequim, já que o Imperador, através do Vice-Rei de Cantão, lhe pede que não se demore. Queira Deus que lhe continue esta boa vontade, diz, entre desconfiado e esperançoso.

Vai, portanto, partir. Na sua comitiva vão mais dois religiosos, o pintor já mencionado, um cozinheiro, um copeiro, um escudeiro e quatro criados chinas, que tudo é preciso para o seu decente trato. Em Pequim tomará mais gente para o serviço da carruagem. Acompanhando a viagem irão um padre já experiente e dois fâmulos que servirão de intérpretes.

Está animado, acha o Oriente sadio, com abundância de tudo, por outras palavras, a mana que não se preocupe. Posto isto, transporta-se com um Agora vamos a Évora e passa às recomendações fraternas, privilegiando as que visam a educação do sobrinho José, que já sabemos alvo da sua particular afeição. Sonha para aquele menino, a quem oferece património, um futuro de doutor em Retórica ou Filosofia, e nesse caso deverá ir para Coimbra, ou de clérigo, religioso, mas só se realmente mostrar vocação porque nesse domínio, tanto José como Joaquim, que também deverá estudar, seguirão o estado que cada um quiser tomar segundo a sua consciência. Esta posição de respeito pela liberdade individual revela um avanço notável em relação às concepções da época, mas não nos causa estranheza em Fr. Alexandre de Gouveia, pelo que dele já conhecemos.

Outras reflexões de índole pedagógica dirigidas à irmã, acentuadas na 2a carta que escreve de Pequim, a 8 de Outubro de 1787 (chegou a 18 de Janeiro), são entremeadas com admoestações meigas de que não se preocupe nem esteja com cismas antigas na cabeça, pois a missão que dita a sua ausência é para serviço e vontade de Deus, e não pode ter maior felicidade do que cumpri-la, embora deseje, se Deus permitir, voltar um dia ao Reino!

Entretanto, sempre afirmando saúde robusta (nem dor de cabeça tenho tido nesta cidade, bendito Deus...), dá conta da sua instalação em terras imperiais. Com que alvoroço e atenção não leria a irmã, lá por Évora-cidade-museu, o relato vivo de tão exóticas paragens! A descrição da sumptuosa Sé e de mais quatro Igrejas naquela corte, do Palácio Episcopal e do Palácio Imperial, só ele maior que toda a cidade de Beja, das mercadorias e costumes e até da própria indumentária, tão diferente da de qualquer Bispo conhecido da boa senhora; assim, enquanto ela, pressurosa, lhe envia por lembrança e mimo umas meias de linha, por ser coisa leve e útil, responde-lhe ele que esse artigo tem pouco uso, porque a gente grave sempre anda de botas de cetim preto e por baixo um calção que chega até os artelhos e que serve de meias. Só as utiliza quando entra na Sé paramentado episcopalmente e nesse caso são de seda preta ou roxa. Já que é costume da terra ser assim, tem sempre prontos e asseados 5 ou 6 pares de botas dessas para qualquer chamada urgente ao Paço Imperial ou outro lugar. Também os creados usam botas leves, mas de ganga. Quanto a vestes, tirando as episcopais, igualmente não têm lugar as que trouxe.

Porém e provavelmente conformando-se com os hábitos e com a sua posição, precisa de ter 7 ou 8,porque cada tempo tem o seu vestido particular. Os de inverno são muito custosos, porque forrados de peles finas. O único que tem custou-lhe mais de duzentos mil reis e só tem serventia para ir à presença do Imperador e do Príncipe: quem não tem estes vestidos não pode ter ofícios públicos nem entrar no Palácio Imperial.

Quanto à cabeça, que se traz sempre coberta, até nas Igrejas, usam-se chapéus de veludo, peles ou seda, conforme o tempo. E a descrição, que se prolonga para deleite da longínqua destinatária, termina com este desabafo: não há outro remédio senão fazer estas despesas!

De resto - justifica-se ainda - ele bem dispensava esse fausto que tanto o aborrece, mas deve submeter-se por consideração ao Imperador, que precisa de manter contente e amigo da Religião Cristã cuja pregação é, para o pastor, principal ofício e obrigação.

No longo exercício da prelazia não lhe são por certo poupadas aflições. Delas, contudo, faz raro eco, estimando poder contar com a graça divina para vencê-las.

E sem dúvida que Deus lhe deu aquela compensação por que tantas vezes ansiava: conseguir um dia no Céu uma eternidade bem-aventurada. A sua vida foi consagrada ao trabalho, visitando, pregando, baptizando, crismando, despachando os assuntos da diocese que dele dependia, e das missões extraordinárias a que com zelo e entusiasmo se entregava, nomeadamente junto da cristandade coreana, sua filha espiritual.

Não voltou ao Reino.

No dia 6 de Julho de 1808, ha quase 180 anos, aquele que levou a Verdade aonde havia o erro, a Luz e a Fé onde havia trevas e dúvidas, dando a vida -recebeu a Vida. Entre os seus magros haveres, não se achou prata de cubículo nem mesmo para fazer despesas de funeral...

NOTAS

(1) - Teixeira, P.e Manuel - Macau e a sus Diocese, 1940. Vol. I, p. 76.

(2) - Extracto da Carta datada de Pequim, 28 de Novembro de 1787. Cfr. nota 6.

(3) - Teixeira, P.e Manuel - Macau no século XVIII, Imprensa Nacional. Macau, 1984, p. 620 e segs..

(4) - Rev. Arquivos de Macau. Publicação Oficial. Macau, Junho 1929. Vol. I, n° l, p. 12.

(5) - Instrução para o Bispo de Pequim e Outros Documentos para a História de Macau. Pref. de M. Múrias. A. G. C., Lisboa, 1943; Cfr. Revista Arquivos de Macau, Publicação oficial. Macau, Janeiro a Junho 1930. Vol. III, n° l, p. 99 e segs..

(6) - Cartas de D. Fr. Alexandre de Gouvea, Bispo de Pekim, escriptas a sua Irmãa... copiadas por J. H. da Cunha Rivara, em Évora, 1840. In Biblioteca Pública do Arquivo Distrital de Évora, CXVI/2 - 7, n° 37.

(7) — Colomban, Eudore de - Resumo da História de Macau, Macau,1927, pp.95 a 99.

(8) - Teixeira, P.e Manuel - Macau e a Sua Diocese 1940. Vol. I, p. 41 e segs..

*Lic. História (Universidade de Coimbra), investigadora da História de Macau e de presença portuguesa no Oriente.

desde a p. 35
até a p.