M acau era ainda uma cidade dividida. No entanto, gerava-se aqui, nestes únicos anos vinte, o mito da urbe ocidental implantada no Oriente, das personalidades desterritorializadas, dos negociantes de objectos e sonhos exóticos- local de encontro e fusão de culturas.
A cidade cristã e a cidade chinesa. Os ambientes coloniais, memória transfigurada de uma Europa distanciada, e a omnipresença da China, num período de transformação do regime, das mentalidades e dos desejos.
Este pequeno álbum não pretende ser mais de que um registo de alguns ambientes de Macau dos finais dos anos vinte, por certo familiares a Camilo Pessanha, ou por ele frequentados e percorridos.
Para proporcionar ao leitor um vislumbre de paisagens praticamente desaparecidas e que ainda hoje dão consistência real às visões que povoam e desassossegam o nosso imaginário.
Fotografias cedidas por Victor Hugo Marreiros (publicadas originalmente no "Anuário" de Macau de 1927) e por Luís Sá Cunha (originais de colecção particular).
Templo de Hong Gong (Templo do Bazar).
Presumivelmente, Hospedaria Kong Nam, na Rua 5 de Outubro, 198.
Homem de riquexó e amolador.
Rua 5 de Outubro.
Procissão a entrar na Sé
Casas no Porto Interior
Casa de Silva Mendes e Farol da Guia. Em primeiro plano, o portal de entrada do Cemitério dos Parses.
Aspecto geral da vila da Taipa (vendo-se a Rua Direita e, ao fundo, a torre da Igreja de N. ª S. ª do Carmo).
Palacete da Flora
Vila da Taipa - Avenida da Praia. Ao fundo, Igreja de N. ª S. ª do Carmo.
Corpo de Salvação Pública
Escola Chinesa "Kung-Kao-hoc-hau" (São Lázaro)
Liceu Central (vestíbulo principal).
Liceu Central de Macau
Banco Nacional Ultramarino
Liceu central (Laboratório de Física)
Grémio Militar (Sala de Fumo)
Récita no Teatro D. Pedro V (Revista "A fada dos Pequeninos" - Escola Infantil)
Escola Central (Sexo Masculino, 5a classe)
Ponte do cais
Parada no Quartel de S. Francisco
desde a p. 46
até a p.