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O IV CENTENÁRIO DA IMPRENSA EM MACAU

P.e Manuel Teixeirae Manuel Teixeira*

"UNS TRINTA E CINCO ANOS APÓS a primeira Bíblia latina de Gutenberg, apareceu em Portugal o Pentateuco em hebraico; e um século depois deste, foi impresso em Macau o primeiro livro em latim."

EM PORTUGAL

Este ano, Portugal celebra o V Centenário do livro português; Macau comemora o IV Centenário do primeiro livro impresso em caracteres móveis. Antes do primeiro livro em português, fora já publicado o Pentateuco, em hebraico, em 1487, impresso em Faro, na tipografia de Samuel Gacon. Em português, o primeiro livro foi impresso em Chaves, em 1489, intitulado Tratado de Confissom.

Em 1965, foi este livro comprado ao livreiro antiquário Tarcísio da Trindade pelo Dr. Miguel Quina, que em 1987 o vendeu por 11 mil contos à Secretaria de Estado da Cultura, para a Biblioteca Nacional.

No entanto, a bibliógrafa brasileira Rosemarie Erika Horch sustenta que não foi esse o primeiro livro português, pois já um ano antes fora publicado, também em Chaves, a 18 de Abril de 1488, outro livro: a tradução do Sacramental, de Clemente Sanchez, o qual foi oferecido em 1889 ou 1890 à Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, onde está guardado.

Assim, uns trinta e cinco anos após a primeira Bíblia latina de Gutenberg, apareceu em Portugal o Pentateuco em hebraico; e um século depois deste, foi impresso em Macau o primeiro livro em latim.

EM GOA

Esta cidade pode gloriar-se de ter possuído a primeira imprensa europeia no Oriente. Foi ali introduzida pela Companhia de Jesus e o primeiro livro impresso em Goa forum as Conclusões. 0 primeiro impressor foi o irmão jesuíta João Bustamante, que ali chegou a 3 de Setembro de 1556, procurando esse livro, ao que parece, logo no mês seguinte.

A 30 de Abril de 1556, o p. e Gaspar Calaça, S. J., escrevendo de Lisboa ao Geral da Companhia em Roma, informava-o de que iam partir para a Etiópia o Patriarca D. João Nunes Barreto, os Padres João de Mesquita e Gualdames e três Irmãos da Companhia, entre os quais o impressor (Bustamante): "(...) e nesta visitação que o Patriarca com todos os demais fizeram, lhe deu El Rei um índio, mui hábil impressor para que ajudasse era a imprensa ao irmão (Bustamante) que de cá levou".

Daqui se vê que um indiano, natural de Goa, foi o primeiro colaborador do Ir. Bustamante na imprensa que os jesuítas estabeleceram em Goa em 1556 (1).

Esse primeiro livro impresso em Goa foram as Conclusões de Lógica e Filosofia, defendidas a 19 de Outubro: as de Lógica, pelo Ir. Francisco Cabral, S. J., e as de Filosofia, pelo Ir. Manuel Teixeira. Este último foi um dos três fundadores da primeira Residência da Companhia em Macau, em 1565.

A imprensa chegou a Goa 222 anos antes de ter chegado a Calcutá.

Fomos nós os pioneiros em tudo.

A imprensa foi introduzida em Goa pelo Patriarca da Etiópia, D. João Nunes Barreto e foi trazida de Goa para Macau pelo P. e Alexandre Valignano, S. J.. Antes de falar da imprensa, falamos do seu introdutor.

ALEXANDRE VALIGNANO

Alessandro Valignano ou Valignani (1539-1606) nasceu a 20 (?) de Fevereiro de 1539, numa família nobre, em Chieti (Abruzzi), na Itália. Doutorou-se aos 18 anos em Direito Civil na Universidade de Pádua. Após um estágio na corte pontifícia de Paulo IV ao serviço do Cardeal Altemps, ingressou na Companhia de Jesus, a 27 de Maio de 1566, corn 27 anos de idade.

O P.e Everardo Mercuriano, Geral da Com-panhia (1573-1580), nomeou-o, em Agosto de 1573, Visitador das Missões Jesuítas das Índias ao Japão.

Embarcou em Lisboa, na nau Chagas, a 21 de Marco de 1574, com um esquadrão de 21 jesuítas portugueses, espanhóis e italianos e aportou a Goa a 6 de Setembro seguinte, Visitou toda a Índia de 1575 a 1577; em fins de Abril de 1578 partiu de Goa para Macau, onde aportou em 6 de Setembro desse ano.

Macau contava então 10 000 habitantes, sendo uma península ligada à China, cujo limite era a Porta do Cerco.

A sua ideia fixa era abrir a China a evangelização e o P.e Álvaro Semedo conta que, ao abrir e janela do seu quarto e olhando para o continente chinês, ele exclamava:

"Rocha, ó rocha, quando finalmente abrirás ao Evangelho?" (2)

Em 7 de Julho de 1579 foi visitar o Japão, onde chegou a 25 desse mês. Aí organizou a primeira missão diplomática do Japão à Europa (1582-1591), a qual chegou a Macau a 9 de Março de 1582, saindo de cá a 31 de Dezembro do mesmo ano. De Outubro de 1583 a Outubro de 1587 foi Provincial da Índia Oriental; em princípios de 1587, foi nomeado de novo Visitador. Vindo de Goa, chegou a Macau a 28 de Julho de 1588, trazendo consigo a imprensa. A 23 de Julho de 1590, vai ao Japão como embaixador do Vice-Rei da Índia; a 9 de Outubro de 1592 volta a partir para Macau, onde chega a 24 desse mês e permanece até 16 de Novembro de 1594. Chega a Goa a 4 de Março de 1595 e aporta a Macau a 20 de Julho de 1597. A 16 de Julho de 1598, vai ao Japão, onde chega a 5 de Agosto e aí fica até 15 de Janeiro de 1603; está de novo em Macau de 10 de Fevereiro de 1603 até à sua morte, a 20 de Janeiro de 1606 (3).

A IMPRENSA EM MACAU

A 1 de Dezembro de 1578 escrevia ele de Macau ao Arcebispo de Évora, D. Teodósio de Bragança: "Tenho mandado vir impressão que levo comigo a Japão para imprimirmos os livros lá purgados e limpados que convém a Japão" (4). Esta tipografia era de tipos europeus. Valignano não fora à Europa com a Embaixada japonesa, como tencionava. Nomeado Provincial da Índia em Outubro de 1583, viu-se obrigado a ficar em Goa. Em 29 de Maio de 1587, chegou ali a Embaixada de regresso da Europa. Então ele, trazendo consigo a imprensa, embarcou com os embaixadores, levando 70 dias a chegar a Malaca. Depois de descansarem 12 dias, reembarcaram, chegando a Macau a 28 de Julho de 1588.

Valignano ia como embaixador ao Japão, mas como o Xogun se indispusera com os missionários, teve que esperar em Macau um ano e meio antes de seguir para lá. Nesse intervalo, a imprensa não esteve ociosa.

Logo nesse ano de 1588 se reimprimiu aqui um livro que fora publicado em Salamanca em 1575, e que tivera uma nova edição em Burgos. Intitulava-se: Christiani Pveri Institutio, Adolescentiaeque perfugium: auctores Ioanne Bonifacio Societatis Iesv. cum libri unius, & rerũ accessione plurimarũ: Cure facultate Superiorum: Apud Sinas, in Portu Macaensi: in Domo Societatis Iesv: Anno 1588. É o livro do jesuíta João Bonifácio: "Educação da Criança Cristã e Refúgio da Adolescência", impresso na Residência da Companhia de Jesus, no Porto de Macau, em 1588.

É um livro de 252 folhas, de que hoje existe apenas um exemplar, na Biblioteca do Palácio da Ajuda, em Lisboa (5).

No entanto, a primeira publicação europeia na China data de 1585, pois que, já na primeira metade de Janeiro de 1586, Valignano mandava ao Geral da Companhia um Abecedário Latino - talvez o alfabeto - para os japoneses, e uma lista de caracteres chineses, provavelmente os 214 radicais.

Antes do dia 8 de Outubro de 1589, segundo o testemunho do P.e Lourenço Mexia, S. J., publicou-se um Senazario emmendado, talvez algum poema de Iacopo Sannazzaro (6).

O P. Henri Bernard menciona ainda duas obras impressas na tipografia dos jesuítas em Macau: - uma Gramática em 1588 e um Diálogo de Mateus Ricci, em 1590 (7).

Mas o primeiro livro publicado em Macau por europeus apareceu em 1585, antes de cá chegar a imprensa do P. Valignano. É um catecismo em chinês do P.e Miguel Ruggieri, S. J., intitulado 0 Verdadeiro Conhecimento de Deus. Na capa ostenta uma oval corn as palavras latinas do Salmista: "A Solis Ortvsque Ad Occasum Lavdabile Nomen Domini Ps: CXIIT". No centro da oval, o emblema da Companhia de Jesus: IHS (8).

O P.e Francisco Pires, S. J., nos Pontos que me alembram, escreve acerca de Ruggieri: "Fez logo hum catecismo que lhe fez em letra China hum Letrado Christão que aqui fez, o qual tendo esperança de hum exame alcançar grao, permitio Deos (parece que pera lhe dar o de Christão) que o não alcançasse do que a mulher, desesperada se enforcou, e elle envergonhado deixando a caza encontrou com o Padre, q. o recebeo benignamente.

"Esteve por Mestre alguns anos. Mandou o Padre imprimir o Cathecismo em Letra Sinica que logo foi espalhado pella China, a lama do qual vinhão muitos ter com o Padre quando hia com os Portugueses a Cantão" (9).

Deste catecismo chinês foram remetidos para Roma dois exemplares, um deles em seda. Parece que dois outros foram remetidos ao Arquivo da Companhia em Roma (10).

José Maria Braga acrescenta, citando Ricci: "O Padre Ruggieri dedicou-se também à compilação dum Vocabulário Latino-Sinico, cuja primeira edição fora impressa igualmente em Macau, em 1585, sob a direcção do padre Valignano" (11).

Fabrico artesanal de papel (gravura alemã do Séc. XVI). Pelo menos a partir de 1411, já havia moinhos de papel em laboração em Portugal onde, como na Europa, se operou a reconversão dos moinhos de grão em engenhos de papel, para satisfazer as necessidades de material cartáceo, pela escassez do pergaminho.

Em 1590, é impressa em Macau a seguinte obra:

De Missione Legatorum Iaponensium ad Romanam curiam, rebusq; in Europa, ac toto itinere animadversis.

Página da chamada Bíblia de 42 linhas, impressa por Gutenberg, e que assinala o alvor da arte tipográfica na Europa.
Página do pentateuco (Faro, Samuel Gacon,1487) - o primeiro livro impresso em Portugal, de que se tem, até hoje, conhecimento seguro.

Dialogus ex ephemeride ipsorum legatorum colectus; & in sermonem latinum versus ab Eduardo de Sande Sacerdote Societatis IESU.

In Macaensi portu Sinici regni in domo Societatis IESU cum Facultate Ordinarii, & Superiorum. Anno 1590.

Quer dizer: "Diálogo acerca da Missão dos Embaixadores Japoneses à Cúria Romana e das coisas observadas na Europa e em toda a viagem, coligido das efemérides dos mesmos Embaixadores, e traduzido para a língua latina por Duarte de Sande, sacerdote da Companhia de Jesus (12).

"No porto de Macau do reino da China, na residência da Companhia de Jesus, corn licença do Ordinário e dos Superiores. Ano 1590".

O Ordinário era D. Leonardo de Sá, que Ihe deu o imprimatur a 3 de Setembro de 1589; leva também a censura e a aprovação dos padres Valignano, Tiago Antes e Nicolau de Ávila, de 4 de Outubro de 1589.

Portanto, o livro começou e imprimir-se em 1589 e apareceu em 1590.

O original, provavelmente em espanhol, é de Valignano e a tradução latina de Sande. Este diz no prefácio que o livro seria traduzido para japonês e o P.e Daniele Bartoli, S. J., diz que foram distribuídos no Japão 1000 exemplares em japonês.

O original latino foi reimpresso em 1593 em Anvers com o título: De trium regum japonicorum legatis (Dos três embaixadores dos reis japoneses).

Em 1862, António José de Figueiredo publicou no "Arquivo Pitoresco", vol. V, uma versão portuguesa resumida, intitulada "Primeira Embaixada do Japão à Europa", que foi reeditada em Macau, em 1961, com prefácio e notas do P.e Benjamim Videira Pires e José Maria Braga (13).

"Incipit" do Sacramental, de Clemente Sanchez de Vercial, na tradução incunábula portuguesa (1488?), conservada na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, e que é apontado como o primeiro livro impresso em vernáculo em Portugal (impressão e local desconhecidos).

Valignano partiu de Macau para o Japão em 23 de Junho de 1590, levando consigo os embaixadores e a imprensa. Chegou a Nagasaki a 21 do mês seguinte e mandou logo a tipografia para Katsusa, onde já estava a funcionar em Outubro; em 1592 passou para Amakusa (1592-1598), e finalmente, para Nagasaki (1598-1614); voltou para Macau em 1614.

Em 1591, foi impresso em Katsusa o livro Sanctos no Gosagayo-no uchi Nukigaki ("Vida dos Apóstolos, Santos populares e Mártires").

O P.e Johannes Laures publicou o catálogo de 30 obras impressas nessa tipografia e faz referência a mais 25. Das 30, três foram impressas em Macau e o resto no Japão (14). Uma das mais importantes foi o Vocabulario da Lingoa de Iapam, do P.e João Rodrigues, impresso em 1603 e no ano seguinte a Arte da Lingoa de lapam, ambas impressas em Nagasaki.

Em 1620, foi publicada em Macau a Arte Breve da Lingoa Iapoa tirada da Arte Grande da mesma lingoa, pera os que começom a aprender os primeiros princípios della... Em Amacao no Collegio da Madre de Deos da Companhia de IESV. Anno MDCXX., Volume in 4,4 ff. nc ff.

Apenas se tiraram 100 exemplares desta obra do P.e João Rodrigues.

O P.e Michael Cooper, S. J., falando desta obra, escreve: "É lamentável, para não dizer vergonhoso, o facto de João Rodrigues, o Intérprete, não ter recebido ainda adequado reconhecimento no Ocidente" (15).

O P.e Gomes Rodelles, S. J., afirma que esta tipografia foi vendida pelos Jesuítas aos Agostinianos de Manila; mas o P.e Frei D. Schilling O.F.M., tem as suas dúvidas sobre esta afirmação (16).

Começo do Tratado de Confissom (Chaves, impressor desconhecido, 1489) - o primeiro livro impresso em português com data certa.

Oficina tipográfica dos primórdios da imprensa (gravura alemã publicada num livro de Jost Ammann, em 1568).

Fundição de caracteres tipográficos (gravura de Jost Ammann).

NOTAS

(1) Sobre a Imprensa de Goa, vide António Garcia, O IV Centenário da Imprensa de Goa, in Brotéria, Outubro de 1956, p. 268-276; Amândio Gracias, Os Portugueses e o estabelecimento da Imprensa na Índia, 1938.

(2) Álvaro Semedo, Histoire Universelle de la Chine, Lion, 1667, p. 253.

(3) Sobre Valignano, vide: Don Ferrante, Vita del Padre Alessandro Valignano, Roma, 1698; J. M. Braga, The panegyric of Alexander Valignano, Monumenta Niponica, V, Tokyo, 1942, 523-635; D'Elia, I grandi Missionari, II, Roma, 1940, p. 119-170; Joseph Dehergne, S. J., Réportoire des Jésuites de Chine de 1552 à 1800, Roma, 1973.

(4) Jordão de Freitas, A imprensa de tipos móveis em Macau e no Japão nos fins do séc. XVI, nos "Anais das Bibliotecas e Arquivos de Portugal", Coimbra, 1915, vol. I, n° 5, p. 211 e seg..

(5) O P.e Johannes Laures, no Second Supplement to Kirishitan Bunko, Tóquio, 1951, p. 4, refere que o P.e Humertclaude indicou que um exemplar deste livro se encontra mencionado no M. Augusti Beyeri Memoriale Historico-Crítico Librorum Rariorum, Dresde et Lipsiae, apud Fredericum Hekel, 1734, p. 106; vide Jack Braga, Primórdios da Imprensa em Macau, Macau, 1965, p. 12, nota 11.

(6) Pasquale D'Elia, S. J.,2 Fonti Ricciane, I, 223-4.; P.e Joseph Schutte, S. J., Christliche japanische Literatur, Bilder und Druckblatter in einem unbekannten vatikanischen Codex ans dem Jahre 1591, in "Archivum Historicum Sociaetatis Jesu", vol. IX, fasc. 2, Roma, 1940, p. 271.

Jacopo Sannazaro n. em Nápoles em 1458, descendente duma família espanhola. Foi um grande poeta latino e italiano. Passava a vida entre a voluptuosidade e a poesia. Nas suas poesias misturava o sagrado com o profano; chama à Virgem a "Esperança dos deuses" e mete-lhe nas mãos, não os Salmos de David, mas os versos das sibilas.

No entanto é um grande poeta latino e italiano, merecendo os elogios dos sábios e até breves encómios de Leão X e Clemente VII.

Morreu em 1530 com 72 anos, e foi sepultado numa capela duma das suas casas de campo; o seu mansoléu foi ornado com as estátuas de Apolo e de Minerva; para remediar esta profanação, escreveram depois sob a estátua de Apolo o nome de David e sob a de Minerva o de Judith.

Deixou três livros de Elegias, uma Lamentação sobre a morte de Jesus Cristo, De partu Virginis, etc..

Não admira que os jesuítas tivessem que expurgar as suas poesias, antes de as reeditar em Macau.

(7) P. Henri Bernard, Le Père Mathieu Ricci et la Societé Chinoise de son temps, (1552-1610) Tientsin, 1937, p. 115.

(8) Jack Maria Braga, Primórdios da Imprensa em Macau, p. 21.

(9) Ib., p. 10, nota 8.

(10) Ib., p. 10, nota 8.

(11) Ib., p. 10.

(12) O P.e Joseph Schutte, S. J., demonstrou que o De missione legatorum japonensium é, na realidade, obra de Valignano, que escreveu o livro em latim; o P.e Sande apenas retocou e aperfeiçoou o latim de Valignano (Schutte, Analecta Gregoriana, vol.70,1954). Duarte Sande nasceu em 1545, antes de 21 de Outubro, em Guimarães. Aos 15 anos e meio, em 1562, agregou-se à Companhia de Jesus em Lisboa. A 24 de Março de 1578 embarcou para a Índia, como Superior dos Jesuítas, na nau S. Luís. Foi reitor de Baçaim, partindo de Goa para Macau a 1 de Maio de 1585 e chegando aqui a 31 de Julho. De 1585 a 1597 foi Superior da missão da China, fundada por Ricci em 1583.

Era um bom latinista. Faleceu em Macau em fins de Julho de 1599 (Dehergne, o. c., 239).

(13) Sobre esta primeira Embaixada Japonesa há muitos trabalhos: Alfons Kleiser, in Monumenta Nipponica, I (Tokyo, 1938); Henri Bernard, ib., p. 378-385; Abranches Pinto, Yoshitono Ukamoto et Maitre Henri Bernard, La première ambassade du Japon en Europe, première partie (1582-1586), Tokyo, 1942; Georg Schurhammer, S. J., Die ersten Japonische Gesandtshaftreiseise nach Europe (1582-1590), in Die Katholischen Missionen, vol. 49, 1920-21; Duarte de Sande (o. c., tradução japonesa em 1969).

(14) P.e Johannes Laures, Kirishitan Bunko - A Manual of Books and Documents on the early Christian Missions in Japan, Tokyo, 1949.

(15) Michael Cooper, S. J., Rodrigues the Interpreter, New York, Tokyo, 1974, p. 238.

(16) Cf. Jack Maria Braga, o. c., 16, nota 18.

*Laureado historiador de Macau, da presença de Portugal e da Igreja no Oriente, com mais de uma centena de títulos publicados. Membro da Academia Portuguesa de História e de várias associações e instituições internacionais, v. g. a Associação Internacional dos Historiadores da Ásia.

desde a p. 3
até a p.