Artes

A ARTE CRISTÃ DA ÍNDIA

John Correia-Afonso, S. J.*

Seria lógico introduzir o tema com uma aborda-gem sobre a natureza da Arte Cristã, mas consi-derandos sobre este assunto são demasiado numerosos e complexos para serem tratados neste pequeno artigo. Assim, para o objectivo que temos em mente, bastar-nos-á defini-la do seguinte modo: "É a arte que ex-pressa os valores cristãos através de temas específicos ou conteúdos genéricos". (1)O presente artigo versará os temas bíblicos e cristãos na arte, mais particular-mente na pintura.

A Arte Cristã Indiana não é recente, muito em-bora se tenha de reconhecer que só agora se está a. tomar conhecida e apreciada. Ao falar-se de Arte Cris-tã Indiana, obviamente se está a dizer que é diferente da de outros países e povos cristãos. A Arte tem a sua dimensão universal que faz o balanço das semelhanças existentes entre obras de países longínquos e, ao mes-mo tempo, estimula a adopção e adaptação de formas e conceitos externos. Exemplo de um símbolo comum é o tridente (ou trissul) que está associado a Xiva na Índia, a Neptuno na mitologia greco-romana, e à morte na iconografia cristã medieval.

Se a Arte apresenta universalidade no espaço, tem também universalidade no tempo, e é tão antiga quanto o próprio Homem. Perante isto e o facto de a história da Igreja na Índia ser praticamente tão longa quanto o próprio cristianismo, poderemos ficar surpre-endidos com a relativa pobreza da Arte Cristã na Índia. Os trabalhos sobre a Arte Indiana, nomeadamente de Stella Kramvisch e Philip Rawson, não fazem referên-cia a nenhum tema ou artista cristão.

Há várias razões que justificam este estado de coisas, a saber: com o clima húmido de Querala, onde a Igreja indiana se estabeleceu primeiramente, a ma-deira utilizada nas obras de arte tinha um prazo de vida limitado; os cristãos eram uma minoria muito reduzida e a sua arte não tinha apoio oficial; o seu pequeno número e escassos recursos originaram uma mentalida-de isolada que os distanciou dos movimentos culturais do país, ao mesmo tempo que não tinham contactos com os principais centros estrangeiros de Arte Cristã. Este início titubeante parece ter afectado toda a história da Arte Cristã na Índia.

O maior problema da Arte Cristã da Índia rela-ciona-se em especial com uma visão do mundo subs-tancialmente diferente da visão tradicional hindu. O objectivo da vida, para o hindu ortodoxo, é Moksa** ou libertação do mundo, em vez de envolvimento no mundo. Deste modo, o hindu, assim como o budista e o jaina, não celebra a realidade objectiva, como a arte ocidental. Para o hindu, o mais importante é fugir do irreal e da ilusão doMaya*** para o Absoluto. O cristão procura significado na sua vida histórica. "Assim, há um sentido de descoberta e surpresa do Mundo; há uma valorização do indivíduo e o seu verdadeiro de-senvolvimento". (2) Óbvio é também que o cristão indi-ano não podia nem pode descartar-se facilmente das influências de uma tradição milenar que ainda está pre-sente à sua volta.

Os primeiros exemplares da Arte Cristã Indiana remontam aos cristãos sírios de Querala, com origem no Apóstolo S. Tomás. As suas igrejas mais antigas mostram influências sírio-persas enquanto que os ele-mentos de arquitectura têm grande influência indiana da Idade Média. Assim, a grande cruz na parte traseira da antiga igreja de Kodenthuritti tem um pedestal gra-vado com flores de lótus, elefantes e outros motivos tradicionais indianos. A pia baptismal, feita numa só peça, apresenta a superfície exterior em forma de lótus em flor e está apoiada num pedestal formado por qua-tro leões, tal como o Dharma-Cakra**** das colunas bu-distas.

A chegada dos portugueses, no fim do Século XV, é normalmente considerada o início da ocidentalização dos cristãos indianos, particularmente no que respeita à Arte. Todavia, há que distinguir a arte desenvolvida nos territórios sob domínio ou influência portuguesa, caso de Goa, e a arte da Corte Mogol. Mesmo no caso da primeira, continuaram a aparecer motivos decorativos indianos nas fachadas das igrejas. Este aspecto ficou a dever-se em parte ao emprego, na Arte Cristã, de técnicas dos artífices hindus que as uti-lizavam por questões profissionais ou religiosas.

Em Goa, desenvolve-se a única forma completa de Arte Cristã na Índia, englobando a totalidade da vida humana, o sagrado e o profano. Os Portugueses eram grandes construtores e o "barroco português" foi o ponto máximo da arquitectura de Goa, com igrejas de decoração muito elaborada de forma a tomar visível na terra a corte celestial ou Darbar, centrada na pre-sença eucarística de Cristo entre o seu povo. O mobili-ário eclesiástico da altura era composto artisticamente de altares, púlpitos, estátuas, confessionários. Prestava--se especial atenção às sacristias, seus tectos e tesouros.

Mesmo agora, pode ver-se um grande número de estátuas de marfim e madeira em Goa, tanto em igrejas como em casas particulares. Revelam a inspira-ção europeia mas, ao mesmo tempo, denunciam a mão do artesão indiano, já que algumas figuras têm expres-sões faciais da região. O ponto máximo de desenvolvi-mento da Arte Cristã foi atingido no Século XVII, quando o poderio português estava em declínio, o que prova que esse desenvolvimento se ficou a dever à devoção popular e não ao apoio político.

A partir de 1580,(3)a convite de Akbar o Grande, passou a haver três missões jesuítas na Corte Mogol. Como na altura não havia comunidades cristãs no norte da Índia, não havia necessidade de grandes igrejas. Contudo, os missionários ofereceram pinturas cristãs ocidentais ao imperador e a outros benfeitores muçulmanos. Por seu turno, estes mandaram aos seus artistas elaborar pinturas semelhantes, mas por vezes resultavam em obras completamente novas, mistura fe-liz de conteúdo cristão e formas locais.

Havia três factores característicos deste período da História Indo-Muçulmana.(4) Em primeiro lugar, a inversão da atitude anti-icónica tradicional do Islão, feita por Akbar, que resultou numa atitude positiva em relação à pintura, e que ele expressou do seguinte modo: "Há muitos que odeiam a pintura, mas não aprecio esses homens. Acho que um pintor tem uma forma muito especial de reconhecer Deus porque, ao representar algo que tenha vida e ao desenhar as suas partes uma a uma deve sentir que não pode conferir individualidade ao seu trabalho e é, por isso, forçado a pensar em Deus, o Criador da Vida, e assim aumen-ta o seu conhecimento". Neste aspecto, Jahangir seguiu o pai, como se pode verificar. pela sua colecção de pinturas e o seu interesse por retratos. Em segundo lugar, Jahangir tinha a ânsia insaciável das coisas exó-ticas, especialmente quadros e miniaturas; adquiria-as frequentemente, o que se tomou moda para os mem-bros da sua corte. Finalmente, os pintores indianos ti-veram sempre grande habilidade para copiar trabalhos decorativos. Sir Thomas Roe, o embaixador inglês, ca-racterizou esta habilidade da seguinte forma: "Na arte da ilustração, os pintores fazem milagres". Por outro lado, o seu capelão, Reverendo Edward Terry, era me-nos compreensivo e afirmava que "os nativos dessa monarquia são os melhores macacos de imitação".

"O Natal de Jesus Cristo", de Siavax Chanda

Com Jahangir, os pintores de miniaturas presta-vam atenção especial aos temas religiosos. As obras de Alberto Dürer fascinaram o Imperador, tendo muitas das suas pinturas, gravuras e xilogravuras servido de modelo aos pintores da corte. O famoso álbum de Jahangir, actualmente no Museu de Berlim (ex-Leste), é um testemunho da sua técnica. Dever-se-á acrescen-tar que havia em toda a Índia um interesse e preferên-cia por temas religiosos: as cenas do Evangelho mos-travam o divino através de formas humanas. "A missão jesuíta de Agra conseguiu usar a Arte como um meio missionário muito eficaz e, paralelamente, fundar uma nova escola de pintura (...) quase a principal referên-cia da vida artística do seu tempo e local" (J. F.Butler).(5)

Com a ascensão do domínio britânico na Ín-dia, a Arte Indiana dificilmente se desenvolveria. Os edifícios públicos vieram a ser construídos segundo estilos góticos e renascentistas, sendo o gótico o mais adoptado pelas igrejas cristãs. Um número cada vez maior de imagens e quadros religiosos da Europa era importado e instalado nas igrejas e casas particu-lares, desenvolvendo-se, ao mesmo tempo, um senti-mento, particularmente entre os católicos, de que a linguagem adequada para a arte e veneração religiosa era a ocidental.

Na década de vinte deste Século, à medida que o nacionalismo crescia, alguns jovens artistas in-dianos consideraram esta situação pouco lógica. Tan-to os cristãos como os não-cristãos pretendiam repre-sentar temas cristãos segundo as maneiras indianas, apesar de os seus esforços seguirem caminhos dife-rentes. Os artistas não-cristãos expressavam, no esti-lo indiano usual, a sua procura e pensamentos relati-vamente à pessoa de Cristo; os pintores cristãos in-terpretavam o Cristo que conheciam, mas expressa-vam-se através de formas tradicionais indianas, es-forçando-se por utilizá-las com perfeição.

Um problema fundamental que o pintor íncola enfrenta é o da relação entre a historicidade e a Arte, tanto mais que o cristianismo é uma religião históri-ca, dá ênfase aos acontecimentos da revelação. A questão de se saber se Cristo deve ser representado em veste indiana é difícil, mas certamente que o ar-tista não pode estar limitado a um conjunto histórico sobre o qual não tem experiência, nem ser proibido de tornar o seu tema mais perceptível à sua gente. Devido ao medo de traduções não-históricas de te-mas cristãos, John Butler sugere o abstracto como alternativa. Mas a arte abstracta é expressão de uma época cultural ocidental, poucas vezes traduz conve-nientemente a alma indiana. Deste modo, parece po-der afirmar-se que as formas locais podem ser meios válidos de comunicar e exprimir o Evangelho.(6)

O número de artistas cristãos que se dedica-ram a apresentar a sua fé através de formas indianas é agora bastante elevado.

"O Imperador Akbar visita os padres jesuítas em Fatehpur Sikri", de Ângelo da Fonseca

O maior, entre os pioneiros, foi provavelmen-te Ângelo da Fonseca, nascido em Goa em 1910, e criado em Pune. Estudou em Shantiniketan sob a ori-entação de Abanindranath Tagore e de Nandalal Bose.(7)Ao deixar Shantiniketan, Abanindranath disse-lhe para "Ir e pintar igrejas". Antes de morrer, Ângelo da Fonseca tinha mais de quinhentos quadros religiosos, incluindo murais nalgumas igrejas impor-tantes, que ilustravam o seu desenvolvimento artísti-co. Católico devoto, Ângelo da Fonseca prendeu-se a temas religiosos. Segundo se diz, em vez de pintar história, sempre pintou o mistério por detrás do por-menor histórico sobre o qual tinha meditado. As suas pinturas caracterizavam-se pelo sentido de composi-ção e força das linhas; para não desviar a atenção do tema principal, geralmente não trabalhava o fundo. Após o período inicial, influenciado pela escola de Bengal, foi aperfeiçoando gradualmente o seu estilo, claro, harmonioso e impressivo.

Nos primeiros tempos, Ângelo da Fonseca foi apoiado e encorajado pelo "Khrista Prema Seva Ashram" anglicano de Pune. Os cristãos protestantes estavam mais abertos que os católicos ao novo movi-mento da arte religiosa, tendo produzido vários pin-tores talentosos, como Vinayak Masoji, que traba-lhou, com o pincel, couro e madeira; Alfred Thomas, que representou a vida e o ministério de Cristo; e Frank Wesley, que preferia usar símbolos e empregar vários estilos.

Todavia, a grande inspiração e ajuda de Ânge-lo da Fonseca veio do Padre Henry Heras, S. J., do Colégio de S. Francisco Xavier (St. Xavier College), de Bombaim, fundador do Instituto de pesquisa his-tórica que actualmente tem o seu nome. Na altura em que o artista estava a terminar os seus estudos em Shantiniketan, o Padre Heras publicou no "Examiner" de Bombaim uma série de artigos sobre "A Arte Indiana nas igrejas católicas". O Padre He-ras estava avançado para o seu tempo relativamente à percepção que tinha da arte indígena e, com grande visão, inspirou e ajudou vários jovens artistas pro-missores a quem transmitiu o seu ideal, isto é, a in-terpretação de temas cristãos através de símbolos e estilos de arte indianos. Ângelo da Fonseca foi um dos primeiros jovens e o Padre Heras encomendou--lhe uma série de quadros sobre a história da Missão jesuítica na Índia e que hoje é uma das colecções mais apreciadas do museu do Instituto. Olímpio Ro-drigues, Ângela Trindade e Chandrakant Mhatre fo-ram outros dos jovens pintores ajudados pelo Padre Heras.

Aquilo que o Padre Heras conseguiu como protagonista da Arte Cristã Indiana - cobrindo a pin-tura, iconografia e arquitectura - pôde ser visto e apreciado na Exposição Missionária do Vaticano, em 1950, e na Exposição Mariana de Bombaim, em 1954. A Arte Cristã Indiana prestou-lhe homenagem através do pincel inspirado de Ângelo da Fonseca que introduziu um retrato seu. numa pintura sobre uma visita do Imperador Akbar aos jesuítas da Corte Mogol, tendo afirmado que o Padre Heras podia ser considerado "o Pai da Arte Cristã Indiana".

"O Pai Generoso", de Vinayak Masoji

Além de Ângelo da Fonseca, falecido em 1967, houve outros artistas cristãos que obtiveram reconhecimento público, tais como Vinayak Masoji e Frank Wesley. Ângela Trindade, uma goesa de Bom-baim falecida há alguns anos nos Estados Unidos da América, pintou vários quadros maravilhosos da Vir-gem Santíssima em estilo Ajanta; uma das suas obras-primas é a Assumpção. Outros grandes pinto-res hindus que abordaram temas cristãos foram: Nandalal Bose, com preferência pela crucificação e paixão de Cristo; Jamini Roy, que por longos anos escolheu Cristo como tema principal; e K. C. S. Paniker, com pinturas cristãs de grande dimensão so-cial. Siavax Chanda, um parse de Bombaim, também merece referência. De chegada mais recente são po-pulares duas madres, a madre superiora Geneviève, de origem francesa, e a madre superiora Claire, que se converteu do hinduísmo, bem como Jyoti Sahi, artista, filósofo e escritor e, mais recentemente, Paul Koli.

"O Natal de Rajasthani", de Paul Koli

Ainda na década de quarenta, houve um jo-vem crítico que afirmou que "A Arte Indo-Cristã está na sua infância, nascida numa atmosfera de indife-rença e reprovação. Devemos contemplar o seu de-senvolvimento, defendê-la das críticas ignorantes e dar-lhe o amor e simpatia de que precisa para poder crescer com esplendor e dignidade, como a figueira-de-bengala da Arte Indo-Cristã".

Nas quatro décadas seguintes, a Arte Cristã Indiana desenvolveu-se com segurança, mesmo sem ter dado passos de gigante. Na Índia, a Arte é tradici-onalmente a expressão de um ideal religioso, um ide-al nascido do espírito em vez da matéria, e de pro-funda devoção ou Bhakti*****. À medida que o cristia-nismo aumenta na Índia, crescerá também a sua ex-pressão através de formas de arte e estilos deste sé-culo, o que originará obras-primas semelhantes às de Ajanta e Roma.

POSTER RC

Panormica de Macau,

vista do Monte da Penha

(Gouache sobre papel,49,5x113,5cm)

Col. Hong Kong Museum of Art

NOTAS

(1). W. A. Dyrness, Christian Art in India (Arte Cristã na Índia) (Amesterdão: Edições Rodopi N. V., 1979), 9.

(2). Ibid., 14.

(3). Cf. Edwar Maclagan, The Jesuits and the Great Mogul (Os Jesuítas e o Grande Mogol) - (Londres: Burns Oates, 1932); J. Correia-Afonso, Letters from the Mogol Court (Cartas da Corte Mogol) - (Bombaim: Instituto Heras, 1980).

(4). Richard Ettinghausen, "New Pictorial Evidence of Catholic Activity in Mogol India (early XVIIth century)" (Novas Provas Pictóricas da Actividade Missionária Católica na Índia Mogol - Início do século XVII) - in H. Rahner e E. V. Severus, Edições Perennitas (Münster: Verlag Aschendorf, 1963), 388.

(5). J. F. Butler, "The Nature, Influence and Use of Christian Art in India" (A Natureza, Influência e Utilização da Arte Cristã na Índia), Indian Church History Review, 8 (1974), 66.

(6). Dyrness, 69.

(7). Cf. J. Correia-Afonso, ed., The Art of Angelo da Fonseca (A Arte de Ângelo da Fonseca) - (Bombaim: Instituto Heras, 1980).

NOTAS DA REDACÇÃO

** MOKSA - Libertação de todas as ligações terrestres, da cadeia de consequências dos actos de um indivíduo cometidos nesta vida ou numa vida anterior. É a libertação definitiva do Karma que, no homem, se origina no ciclo de causalidade das suas Samskâra ( reencarnações ou renascimentos ). É o supremo objectivo e atinge-se pela união com Deus e o conhecimento da essência pura da realidade.

*** MAYA - Literalmente, ilusão, engano, aparência. Princípio universal na filosofia do Vedanta, base do pensamento e da matéria. Maya é a força (Shakti) de Brahman, dele indisso-ciável como o calor do fogo. Constituem o deus que cria, conserva e dissolve o universo. Maya envolve Brahman, como ilusão cósmica, impedindo os homens do puro conhe-cimento da unidade, enganando-os na percepção apenas da multiplicidade do universo. Maya tem dois aspectos: Avidya (ignorância) que impele o homem para o ciclo das ligações terrestres e Vidya ( o conhecimento ) que conduz o homem à unidade e ao conhecimento de Deus. O homem realiza Brahman ou o Absoluto quando vence definitivamente Avidya e Vidya.

**** DHARMA-CAKRA- Roda da Lei, símbolo da doutrina pregada por Buda, geralmente representada com oito raios, simbolizando as oito nobres vias.

***** BHAKTI - Devoção ou amor de Deus e do seu ideal, mas como iniciação operativa e gradual, começando na submissão ao mestre espiritual, ou guru, e terminando no amor extático de Deus.

* Tem vários graus académicos nas áreas da Economia, Sociologia, História, Filosofia, Teologia. Membro de várias instituições internacionais, v. g. Royal Asiatic Society, Inter-national Congress of Historical Sciences e Academia Portuguesa de História. Foi Director do Heras Institute e do S." Xavier's College (Bombaim). Vasta obra publicada sobre a Missão Jesuíta na Índia, História da Índia e História Indo-Portuguesa.

desde a p. 168
até a p.