Linguística

O Nobel para Ai Qing

RC no seu número inaugural de há um ano, dava justamente o destaque a Ai Qing - considerado o maior poeta vivo da China - e lançava a ideia e sugeria a proposta da sua candidatura ao Prémio Nobel da Literatura.

Desse texto, introdutório da sua autobiografia e de uma pequena antologia de poemas, rememoramos agora o balanço final:

"Não só com a arca da sua poesia, mas com a sua humana vivência e inteiro compromisso, ele atravessou todo este século, tempo de grandezas e misérias, de ascenções e de abismos, montanha firme entre o "som e a fúria" desencadeados a seus pés, submerso nas invernias para logo renascer em tempos primaveris.

É assim um símbolo vivo da Vida, o Homem que assume e canta alguns dos transes mais permanentes da condição humana, e o amorável solidário com a condição de todos os seres criados.

Pioneiro da abertura da cultura chinesa aos padrões ocidentais, Ai Qing é hoje um dos máximos representantes e agentes da aproximação do povo chinês aos outros povos de todo o mundo.

Ainda vivo, é um expoente da mais antiga Cultura actual do mundo, a de uma enorme nação que pela primeira vez no seu decurso milenar franqueia nas muralhas do seu isolamento um portão de abertura ao mundo exterior.

Por tudo isto - pelo Poeta e a sua Obra, pelo Homem e pelo que ele representa, pela oportunidade histórica de reatar a mais original e primeva Cultura desta geração Humana ao fraternal convívio universal - por tudo isto vimos em Ai Qing o aconselhável candidato ao Prémio Nobel da Literatura ".

Este nosso apelo foi tendo, ao longo do ano, algumas repercussões isoladas, consequências mais de sensibilização a uma figura desconhecida que lhes era revelada por uma revista portuguesa, do que assunção organizada de um movimento de intelectuais e escritores, para tanto congregados.

Era nossa expectativa, e condição sine qua non, que isto viesse a resultar espontaneamente dentro do Continente chinês.

Já agora sabemos que a ideia foi aí germinando, e assim retomadas algumas sugestões passadas, há anos formuladas por quem já tivera no estrangeiro contacto com a obra de Ai Qing, mas caídas em terreno árido.

Assim, recebemos no mês de Abril a seguinte carta do Senhor Zhou Hong-Xing, Professor de Literatura e secretário de Ai Qing:

Exmo. Senhor

Sá Cunha:

"Eu, Zhou Hong-Xing, com os poetas Zhou Fi-Fan, Zhang Zhi-Ming, Yau Yi, Suo Sha, Sun Jing-Xuan e Suo Wan-Chao, apresentámos aos Membros do Júri de selecção do Prémio Nobel da Academia Real da Suécia o nome de Ai Qing - um dos maiores poetas chineses contemporâneos - para candidato ao Prémio Nobel da Literatura de 1988. Além de nós, mais cinquenta intelectuais, escritores e poetas assinaram a nossa proposta.

Quero pois, desde já, aproveitar esta oportunidade para V. apresentar os meus agradecimentos.

Com a concordância geral, emendei a proposta original e redigi-a depois em inglês e chinês, tendo-a enviado, de seguida, à Academia Real.

Junto envio esse texto, com a lista dos proponentes e algumas citações apreciativas".

Com os melhores cumprimentos.

Zhou Hong-Xing

Pequim, 24-3-88

São esses documentos que publicamos de seguida neste número da RC, com renovado empenho numa iniciativa exemplar de como pode gerar-se a solidariedade positiva do contacto secular de duas Culturas e de dois Povos.

Agora, e pensando particularmente no Mundo de expressão lusíada, rematamos como há um ano:

"Daqui, do Extremo Oriente, endereçamos a nossa voz às vontades solidárias com a nossa benévola intenção".

Texto da proposta de candidatura entregue ao Júri de Selecção da Academia Real da Suécia.

Exmos Senhores Membros do Júri do Prémio Nobel da Academia Real da Suécia:

Ai Qing é um dos nomes mais conhecidos da moderna poesia chinesa e as suas obras são verdadeiras jóias, não só da Literatura chinesa como de toda a Literatura mundial.

A sua primeira poesia "O grande encontro" foi publicada em 1932 e a sua vida literária, de mais de meio século, reflecte as várias épocas de grande significado na História da China. Ela abrange todo o período que vai desde a época anterior à Guerra contra os Japoneses até ao actual movimento de reforma e abertura cultural e política. Ai Qing assistiu à Guerra contra os Japoneses, à revolução contra os nacionalistas, à fundação da Nova China e à "Revolução Cultural" de que, aliás, foi vítima.

A vida do poeta Ai Qing está intimamente ligada à História da China, à sua esperança como Nação e ao futuro da Humanidade. Diz ele: "A nossa vida pessoal, nas suas amarguras e alegrias, tem de estar em harmonia com a vida dos outros e com os movimentos sociais que surgem na China".

Como muitos outros grandes poetas, ele mergulha no meio do povo trabalhador tentando sentir-lhe o pulso, permanecendo sempre no centro dos movimentos sociais. É perspicaz a sugerir e a replicar.

Ai Qing, com toda a sua sapiência, reflecte em si mesmo as profundas transformações verificadas em mais de meio século na História chinesa e mundial.

O poeta acha que fazer poesia é um "trabalho árduo", poderíamos mesmo dizer, um "sofrimento". No início da década de 30, ele afirmava que "sofria na sua qualidade de poeta e na sua responsabilidade para com a sociedade", mas que "mesmo assim continuaria".

As suas máximas de vida (ser uma pessoa honrada) e de trabalho (o poeta tem de falar verdade), tão simples quanto sinceras, reflectem bem o seu temperamento.

Mas a sinceridade e a honradez causaram-lhe grandes dissabores durante a "Revolução Cultural", tendo então sido classificado como "pessimista" e condenado como "anti-revolucionário direitista". Viu as suas obras proibidas e mesmo queimadas. Foi privado de se expressar livremente e obrigado a reconhecer-se culpado. Foi compelido a comparecer, humilhado e cabisbaixo, a inúmeras sessões de auto-crítica e exposto ao desprezo e à crítica públicas.

Ao recordar esse caminho cheio de "lama" e "sofrimento" que teve de percorrer, afirma: "Houve alturas em que tive a impressão de atravessar um túnel longo, escuro e húmido, sem ter a certeza de conseguir sair dele".

Apesar disso, Ai Qing nunca desanimou nem deixou de se interessar pelo que de novo surgia no campo da literatura. A poesia é a sua vida e nela o poeta dispende toda a sua energia e talento. A entrega é total, pois a criação poética é o grande impulsionador da sua vida.

Hoje, após 21 anos de silêncio, ei-lo que ressurge em plena pujança, transbordante de inspiração e actividade. Os seus poemas são formalmente mais perfeitos e revelam maior profundidade.

Em meio século de vida e meio século de criação poética, são inúmeras as suas obras: poesias líricas e poemas narrativos (tais com "Em direcção ao Sol" e "Hino à luz"), poesias breves, ensaios, discursos, notas, diálogos, contos, romances e prosas de outros géneros.

Em chinês foram publicadas 19 "Antologias Poéticas", 14 "Poesias Escolhidas", 7 antologias de Ensaios, 1 antologia de Prosas, uma "Antologia de Histórias Verídicas" e uma "Antologia de Poemas Traduzidos". Na Biblioteca de Beijing, a maior da China, existe uma colecção de mais de 80 géneros literários, em diferentes edições, da autoria de Ai Qing. As suas obras são peças raras e entre elas destacamos "Rio Dayen, minha ama de leite", "Diálogo com o carvão", "A neve cai sobre a China", "Mendigos", "Em direcção ao Sol", "Eu amo esta terra", "Corneteiro", "Torcha", "Mensagem da Aurora", "Menina da Primavera", "Rochedos", "Hino à luz", "Arena da Antiga Roma", etc.. Algumas delas foram escolhidas como textos escolares, tendo sido muitas outras apresentadas em programas de festas e recitais ou em espectáculos musicais na Rádio e na Televisão.

Durante a guerra sino-japonesa, eram inúmeros os leitores que liam as suas poesias e as suas antologias poéticas. Os jovens copiavam à mão os seus poemas, poemas esses que lhes abriram o caminho da revolução contra os nacionalistas. Também durante os 10 anos de "Revolução Cultural" muitos foram os que leram e guardaram as obras de Ai Qing, arriscando a própria vida. Hoje em dia, Ai Qing continua a ser um dos poetas mais venerados e respeitados pelos amantes da poesia. Os seus poemas "Canção do Retorno" e "A Campânula Branca" foram premiados num concurso de poesia na China.

Durante esses 10 anos da "Revolução Cultural", Ai Qing prosseguiu no longo e árduo caminho da criação poética, explorando novas formas e pondo em prática novos modelos, numa tentativa incessante de alcançar a perfeição.

Ai Qing foi o primeiro poeta chinês a usar e a divulgar o verso livre, tendo-se tornado modelo e mestre para muitos outros poetas.

Sobre este assunto, o poeta Lu Yuan afirma o seguinte: "O verso livre está intimamente ligado ao Movimento 5.4* (N. T.) e depois de ter passado por um processo lento e complicado, durante os anos 30, tornou-se numa forma poética extremamente importante e veículo primordial no movimento cultural chinês".

Os escritores do Movimento 5.4 confessam a grande influência que sobre eles teve a obra poética de Ai Qing. No prefácio da sua obra "Flor Branca", o poeta Lu Yua afirma o seguinte sobre o uso do verso livre por Ai Qing: "As suas criações poéticas conquistaram o povo chinês, pela sua mestria e brilhantismo".

Ai Qing continua a ser um dos melhores poetas do Movimento 5.4 e o que goza de maior fama mundial. As suas deslocações ao estrangeiro levaram-no à Europa, à Ásia e à Amércia do Norte e do Sul. As suas obras debruçam-se sobre temas universais, reflectindo as angústias e preocupações do homem, mas revelando também o que há de Verdade, de Bondade e de Beleza no coração humano. A sua rejeição da mentira, da maldade e do feio é uma constante na sua obra, que lhe tem granjeado a aclamação e o reconhecimento de muitos leitores além-fronteiras.

Um leitor americano escreveu-lhe uma carta em que dizia o seguinte: "Eu sou médico e você é poeta, mas ouso dizer que o verdadeiro médico é você e não eu. Com os seus versos você cura, salva e estimula e abre-nos novos horizontes de vida".

Esta carta é uma prova da estima e consideração pelo grande poeta chinês.

A obra de Ai Qing está hoje traduzida em várias línguas entre as quais a portuguesa, a inglesa, a alemã, a francesa, a italiana, a espanhola, a finlandesa, a checoslovaca, a búlgara, a húngara, a romena, a polaca, a jugoslava, a indiana, a tailandesa, a nepalesa e a malaia. Dentre os diversos países que publicaram os seus livros destacamos os Estados Unidos da América, a França, a União Soviética, a Suécia, a Itália, a Espanha, o Japão, a Tailândia, a Malásia, o Nepal, o Brasil, Portugal, a Coreia do Sul e o Chile.

O famoso poeta Pablo Neruda disse dele o seguinte: "Ai Qing é o melhor poeta chinês; é um poeta maravilhoso". A revista americana "Newsweek" classificou Ai Qing como "o príncipe dos poetas chineses". O autor japonês Ou Yan, tradutor da antologia poética "Gaita de cana" diz: "Ai Qing é a estrela mais brilhante no céu da moderna poesia chinesa e a sua obra não pertence só à China, mas ao mundo inteiro".

No dia 12 de Março, o Embaixador francês, em nome do Presidente da República e do Ministro da Cultura franceses, condecorou, em Pequim, o poeta Ai Qing com a medalha da Literatura e Arte francesas, em homenagem aos seus êxitos no campo da poesia e ao seu contributo em prol da paz, da amizade entre os homens e da concórdia entre todos os povos do mundo.

Agora várias vozes se ouvem pedindo o Prémio Nobel da Literatura para Ai Qing. No dia 3 de Março de 1985, o escritor espanhol Gomez afirmou: "Por várias vezes e em vários locais tenho lançado o meu apelo para que o poeta chinês Ai Qing seja proposto ao Prémio Nobel da Literatura. Acho que este poeta é merecedor deste prémio e com ele todo o povo chinês. Esta honra feita a Ai Qing é uma honra feita a todo o povo chinês".

No início de 1987, o n° 1 da "Revista de Cultura" (Macau) publicou o texto "Um Nobel para Ai Qing", de que citamos uma referência ao poeta: "É assim um símbolo vivo da Vida, o Homem que assume e canta alguns dos transes mais permanentes da condição humana, e o amorável solidário com a condição de todos os seres criados".

Em 1 de Agosto de 1987, durante um jantar de boas-vindas oferecido pelo Ministério chinês da Cultura, o escritor brasileiro Jorge Amado disse: "O Prémio Nobel da Literatura devia ser atribuído ao grande poeta Ai Qing".

Cremos que premiar Ai Qing com o Nobel irá, simultaneamente, contribuir para o desenvolvimento das Artes e das Letras na China e promover o intercâmbio cultural entre os povos de todo o mundo.

Com os melhores cumprimentos (...)

Lista de Proponentes

Bing Xing: Escritora; Vice-Presidente da Federação dos Artistas e Escritores da China.

"Ai Qing merece um Prémio Nobel".

Feng Zhi: Poeta; Professor e Vice-Presidente da Associação dos Escritores da China.

Jiang Jian Zhang Zi: Escritora japonesa, Poeta.

"Apoio a proposta do Sr. Zhou e espero ardentemente que Ai Qing ganhe o Pémio Nobel".

Bian Zhi-Lin: Professor, tradutor e poeta.

Yuan Ke-Jia: Professor, tradutor e poeta.

Wang Mong: Escritor e Ministro da Cultura da R. P. da China; Vice-Presidente da Associação de Escritores da China.

Nie Hua Lin: Chinesa de nacionalidade norte-americana; Coordenadora do Centro Internacional de Escritores de Iowa, E.U.A.

Wang Jing-Ihi: Poeta e Director da Associação de Poesia Lu Ban.

"Ai Qing descreve ao povo chinês a sua própria vida. A sua poesia dá voz às aspirações do povo chinês".

Zhu Zi Qi: Poeta e professor.

Gong Mu: Poeta e professor.

Bao Chong: Escritor e professor; Secretário da Associação de Escritores da China.

"Ai Qing é um excelente poeta cuja obra é lida e acarinhada pelo povo chinês".

Li Qi-Ye: Professor; Presidente da Federação de Tian Tin.

"Todo o meu apoio à nomeação de Ai Qing para o Prémio Nobel".

Wu Zhu-Guang: Dramaturgo; Vice-Presidente da Associação de Dramaturgos e Compositores Chineses.

Lu Jian: Poeta.

"Dou todo o meu apoio e assino esta lista para a nomeação de Ai Qing para o Prémio Nobel, porque o considero o poeta por excelência não só da China, mas de todo o Oriente ".

Yuan Ying: Escritora; Membro do "International Pen-Club" da China.

Wang Zuo-Liang: Professor e Chefe de Redacção da revista "Literatura Estrangeira".

Ou Yan Ke Liang: Director do "Instituto Primavera-Outono" do Japão.

"Ai Qing é o poeta que mais admirei em toda a minha vida. Entre 1937 e 1951 recitei, inúmeras vezes, os seus versos, pois neles sentia o pulsar da vida humana. O Prémio Nobel da Literatura deveria ser atribuído a Ai Qing".

Zhang Zhi-Ming. Poeta; Redactor-Chefe da revista "Poesia".

Zhou Di-Fan: Poeta.

Yan Yi: Poeta; Redactor-Chefe da revista "Mundo Chinês".

Luo Sha: Poeta

Zhou Hong-Xing: Crítico de poesia; Autor da biografia "Vida e Obra de Ai Qing"; Reitor da Universidade de Ciências Humanas de Pequim (cursos por correspondência).

"Orgulho-me muito por Ai Qing e a sua poesia serem património cultural não só da China, mas também de todo o Mundo".

Luo Han-Chao: Crítico de poesia; autor do livro "Ai Qing".

Ke Yuan: Poeta; Redactor-Chefe do "Jornal de Poesia Hua Xia".

"Ai Qing sempre exerceu grande influência na minha obra poética".

Wang Ji-En: Professor; Presidente do Instituto de Documentos Antigos da Universidade de ZhongShan.

Wei Li: Poeta e crítico.

"Concordo inteiramente com a carta enviada ao Júri de Selecção do Prémio Nobel".

Liur Zai-Fu: Crítico da teoria literária; Presidente do Instituto de Literatura da Academia de Ciências Sociais da China.

Zhou Zhen-Fu: Investigador da Literatura Clássica chinesa; Revisor-Chefe da Imprensa Nacional da China.

Hou Jin: Professor-Assistente. Redactor-Chefe do "Dicionário de Poesia Chinesa".

"A sua poesia, fruto de meio século de fecunda criação, é um exemplo de excelência a seguir pelos futuros poetas".

Li Yuan-Luo: Crítico de poesia.

"Se os preconceitos não prevalecerem, o Prémio Nobel da Literatura deverá ser atribuído a Ai Qing".

Dai Yan-Tian: Poeta; Redactor-Chefe da revista "Deuses Poéticos".

"Será feita justiça se o Prémio Nobel for atribuído ao excelente poeta Ai Qing".

Han Guan: Poeta e investigador.

Ou Wai-Ou: Poeta; Ex-Redactor-Chefe do Gabinete de Redacção da Imprensa Nacional da China (secção de Cantão).

Dao Tian Xiao: Sinólogo Japonês.

"Poeta por excelência, apaixonado pela justiça, liberdade e paz, Ai Qing merece bem o Prémio Nobel".

Li Ying: Poeta; Membro do "International Pen-Club" da China.

"Dou todo o meu apoio para que Ai Qing alcance o Prémio Nobel".

Zen Ming-Zhi: Professor e Director Interino do "Jornal Wen Hui".

Fei Xia: Sinóloga francesa; Tradutora da "Poesia Escolhida de Ai Qing".

"A poesia de Ai Qing é universal; ela alcança e emociona qualquer poeta".

Yang Kuang-Han: Crítico de poesia; Autor duma "Biografia de Ai Qing".

"Ai Qing é o maior poeta do Oriente deste Século".

Sun Jing Xuang: Poeta.

Tang Shi: Poeta.

"A poesia de Ai Qing é património universal".

Mo Luo: Poeta.

"A poesia de Ai Qing é patromónio universal".

Jing Jiang: Poeta.

"A poesia de Ai Qing é património universal".

Li Qing: Poeta; Presidente e Redactor-Chefe da revista "Mundo Poético".

Lin Qing: Poeta.

Chen En: Poeta filipino.

He Quan: Poeta filipino.

Yun He: Poeta filipino.

Li Zhi-Hua: Sinólogo francês.

Hung Yu-Shun: Francês; Tradutor da antologia poética "Rochedo", de Ai Qing.

"Com a sua obra poética, Ai Qing enriquece a poesia, não só a chinesa como também a mundial. Os seus poemas, de grande beleza, brotam do fundo do coração do poeta e inebriam o coração dos leitores. A sua poesia reflecte o seu carácter e a sua profunda humanidade".

Susana Bernards: Sinóloga francesa; Tradutora da "Poesia Escolhida de Ai Qing".

"A obra de Ai Qing pertence à Humanidade".

Nicola Fedelin: Russo; Redactor-Chefe da revista "Literatura Estrangeira".

"O Prémio Nobel da Literatura devia galardoar o genial poeta chinês Ai Qing".

Chen Si-Yin: Poeta malaio; Redactor-Chefe do Jornal "Comércio de Man Yang".

"Desde a Guerra Sino-Japonesa até à II Grande Guerra, o poeta Ai Qing exaltou a bondade humana, a justiça e o heroísmo. Os seus poemas encorajaram milhares de pessoas a lutar pela liberdade e dignidade humanas".

Li De-Yuan: Redactor-Chefe da revista "Diário de Singapura".

"Dou todo o meu apoio à nomeação de Ai Qing para o Prémio Nobel".

*(NT) O Movimento 5.4, é um movimento literário-artístico que congregou alguns escritores de vanguarda nos anos 30, na China. Ficou assim conhecido por ter tido o seu início no dia 5 de Abril (5.4).

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