Macaenses / Antologia

OS MACAENSES

Monsenhor Manuel Teixeira*

O MITO SOBRE A ORIGEM DOS MACAENSES

Senhora macaense (Século XIX). Óleo sobre tela. (Colecção do Museu Luís de Camões).

Francisco de Carvalho e Rego publicou em 1950 um livro, no qual defende a tese de que os macaenses não descendem da miscigenação entre portugueses e chineses. Nós defendemos a tese con-trária. Antes de a provar, vamos transcrever o capítulo desse livro1:

«Escrevendo um livro sobre Macau, julgamos de necessidade imperiosa falar dos macaenses, que são aqueles que constituem a maior parte da popula-ção portuguesa da cidade.

«Muito erradamente supõem os metropolita-nos, que não conhecem Macau, que os macaenses são produtos do cruzamento dos europeus com chinesas, ou que são chineses que, pelo baptismo, alcançaram a nacionalidade portuguesa.

«Ora, rigorosamente, Macaense é o natural de Macau, porém temos de considerar que há macaenses filhos de europeus; macaenses que nasceram do cru-zamento de europeus com outras raças do oriente, e macaenses chineses.

«Quando, porém, nos referimos aos macaenses, isto é, àqueles que descendem dos pionei-ros portugueses que aqui se estabeleceram e de outros que posteriormente aqui constituíram família, cruzan-do-se com povos orientais, não incluímos na designação os que são filhos de pais europeus, nem os que são de raça chinesa.

«Por todas as características, geralmente, o macaense distingue-se do chinês que, quando nascido em Macau e baptizado com nome português, é por todos conhecido por Chon-Kao, o que significa:

Chon: — entrar; Kao — religião; ou seja, aquele que entrou para a Igreja Católica: cristão novo.

«Para sabermos, de facto, a origem dos macaenses, temos de nos reportar aos tempos antigos e tirar as lógicas conclusões do que encontramos na história da fundação da colónia de Macau.

«Quando as caravelas portuguesas partiam em demanda da Índia (isto nos fins do século XV), não seguiram nelas os nossos mareantes acompanhados de suas mulheres, por todas as razões que julgamos desnecessário referir.

«O mesmo aconteceu, certamente, àqueles que aportam à China, poucos anos após a descoberta do caminho marítimo para a Índia.

«Ora, nos meados do século XVI, diz-nos Fernão Mendes Pinto, nas suas «Peregrinações», que havia na florescente Povoação de Liam-Pó 300 casa-dos com mulheres portuguesas e mestiças.

«Sem o menor desrespeito pela afirmação, não a julgamos verdadeira, no referente às mulheres por-tuguesas (europeias) que, a existirem na Povoação, não iriam além de um número dígito dos menores.

«Peter Mundi confirma a nossa modesta opi-nião quando, nas suas crónicas, afirma que em 1632 não havia em Macau mais que uma senhora europeia, sendo as restantes mestiças.

«Não é de crer que, quase um século após o estabelecimento de Macau, houvesse na Povoação menos senhoras europeias do que no período em que os Portugueses nem sequer sabiam a sorte que os es-perava todos os dias.

«Mas nesta palavra — mestiça — temos de procurar as origens dessas senhoras que se arriscaram a tão grande aventura.

«Não nos parece que o vocábulo tenha sido empregado com propriedade, por Fernão Mendes Pin-to, sendo de admitir mais propriedade no respeitante à afirmação de Peter Mundi.

«Em nossa opinião, as primeiras mulheres que acompanharam os Portugueses à China, seriam india-nas, malaias, e possivelmente uma ou outra portugue-sa (europeia).

«No caso de Peter Mundi, isto é, quase um século após a fundação de Macau, já a afirmação é de aceitar porque essas mulheres eram produto dos pri-meiros casamentos.

«O cruzamento de portugueses com chineses não é de admitir, a não ser em casos isolados, porque a timidez da mulher chinesa e o receio que esta, ainda até há algumas décadas, tinha dos Portugueses não davam possibilidade ao casamento.

«Além disso, os Portugueses, nos primeiros tempos da Povoação, viviam, por justificado receio, muito isolados dos Chineses.

«Não resta dúvida de que Macau teve vida real logo após a fundação da Povoação e de que muitos foram aqueles que vieram para o Estabelecimento, animados pelo bom negócio que se fazia.

«A descrição que o Pe. Francisco de Sousa faz de uma procissão que se realizou em 1564, em Ma-cau, mostra claramente que em cerca de sete anos a população da Povoação tinha aumentado considera-velmente.

«Vejamos a narrativa:

«Estavam as ruas custosamente armadas. Pare-cia a Igreja Matriz um paraíso. Levou o Santíssimo o Pe. Luís Froes, à petição do Vigário. Soava grande quantidade de charamelas, flautas, violas de arco, pífaros, e tambores, a cujo som floreavam, com muito ar e graça, esgrimadores de montantes e outras várias danças e folias. Iam por ordem na Procissão seiscen-tas tochas, além de inumeráveis luzes do povo que acompanhava o Santíssimo.

«Estavam as meninas pelas janelas com grinaldas nas cabeças e salvas de prata nas mãos, cheias de rosas, e redomas de água rosada, que lançavam por cima do pálio e da gente que passava.

«Os chinas gentios, assim naturais da ilha como da terra firme de Cantão, seguiam a pompa até às portas da Igreja, e pasmavam de ver tanta gente ouvir o pregador com tanto silêncio; e, quando entra-vam na igreja para ver o concerto dela e as Imagens, se punham de joelhos, beijavam a terra e levantavam as mãos para o céu.

«É que o entreposto comercial tinha nascido e muitos acorriam ao local onde a fortuna era possível.

Poucos anos depois, o comércio com o Japão era uma realidade e o triângulo Índia-China-Japão pa-recia fonte inesgotável.

«Mais tarde as relações comerciais com as Fi-lipinas, Sião, Cochinchina e outras terras do Oriente, permitiram novos casamentos com mulheres dessas regiões.

«Na descrição que Cardim faz da «Derrota dos Holandeses» em 24 de Junho de 1622, refere-se a «Soldados portugueses, indianos cafres, senhores se-guidos dos seus escravos,... »

«Não é portanto de rejeitar o cruzamento com pessoas que descendessem dos cafres referidos, nas classes baixas.

«Mais tarde, a partir de meados do século XVIII, vemos que os chineses retiravam da cidade ao toque de ave-marias, o que bem marcava a separação entre portugueses e chineses.

«Só a partir dos princípios deste século é que se encontram cruzamentos de portugueses com chine-sas, porém, sem frequência, o que mais nos leva a crer que é raro correr o sangue chinês nas veias dos macaenses, a que nos referimos.

«E, a confirmar esta afirmação, está o facto de o macaense se referir ao chinês com desprezo, consi-derando ofensivo o dizerem-lhe que é de descendên-cia chinesa.

«Quem, como nós, tenha viajado por muitas terras do oriente, facilmente conclue que o macaense não é, na generalidade, de descendência chinesa.

«Na Índia, no Japão, no Sião, na Cochinchina, em Malaca, em Timor, nas Filipinas e até em Honolulu encontrámos tipos muito semelhantes aos de muitos macaenses, que conhecemos.

«E o fundamento desta afirmação é tão verda-deiro que até nos trajes caseiros, em tempos antigos (que ainda vivemos), os homens usavam a calça moura e baneane e as mulheres a saia branca e cabaia chacha.

«Ora a descendência chinesa era natural que conduzisse ao uso do traje chinês, na intimidade, pelo menos.

«Nunca assim aconteceu, a não ser após a guerra do Pacífico em que muitas senhoras e meninas até aparecem nas ruas trajadas à chinesa, ou por eco-nomia ou por pedantismo.

«Ora a calça moura e baneane é traje absoluta-mente indiano; e a saia branca e cabaia chacha é traje que se encontra na Oceânia e principalmente nas Filipinas e nas Ilhas Hawai, traje usado por senhoras de idade.

«É curioso referir ainda que o macaense, modo geral não denuncia nos seus usos e costumes a influ-ência chinesa, apesar de nascido em Macau, isto é, no sul da China.

«O Macaense vive como vivem os portugueses metropolitanos, procurando até um maior conforto, o que de resto é natural e próprio dos povos do oriente.

«Claro é que, na generalidade, é fácil reconhe-cer aquele que, tendo sido Chon-Kao, tomou nome e apelido portugueses (prática condenável e em certos casos proibida por lei) e se apresenta como macaense, isto é, como descendente de portugueses. E, se for-mos à sua vida íntima, encontraremos os costumes chineses a denunciá-lo.

«Julgamos tão verdadeira a afirmação que, no dialecto macaense, não encontramos influência da lín-gua chinesa, a não ser, em certos casos, na musicalidade da linguagem, ou na própria construção da frase, o que resulta da influência dos criados com os quais as crianças convivem desde o berço.

«É vulgar encontrar no dialecto macaense pa-lavras indianas e malaias, sendo raro o emprego de vocábulos chineses ou de qualquer que deles derivem.

«O mesmo que acontece com o dialecto, acon-tece com a cozinha macaense, onde a arte culinária chinesa não faz sentir a sua influência, a não ser, em alguns casos, nos temperos, o que resultou, certamen-te, da necessidade.

«Ainda nos fins do século passado havia nesta cidade de Macau ricos armadores que comerciavam com a Índia, Japão, Filipinas, Sião, Timor e vários portos da Oceânia, o que mais facilitava o cruzamento com povos dessas regiões.

«Em Macau refugiaram-se muitos japoneses, quando foi da grande perseguição aos católicos no Japão, japoneses que acompanharam os portugueses e que aqui desenvolveram a sua actividade.

«Ainda conhecemos uma pequena colónia ja-ponesa, em Macau, quando aqui chegámos nos prin-cípios deste século.

«Tudo o que fica dito da origem dos macaenses, não significa que, em alguns casos, não -possa ter havido cruzamento com chinesas, o qual se diluiu com os cruzamentos que lhe sucederam.

«Ora, nestes últimos anos, tem sido vulgar o cruzamento com chinesas, não só em Macau como nas colónias de Hong Kong e Xangai, onde as comu-nidades portuguesas são numerosas.

«Nesta última cidade referida, têm sido vulga-res os casamentos com russas asiáticas, que nesse em-pório comercial têm procurado modo de vida.

«Julgamos assim ter dado uma ideia clara da origem dos macaenses, isto é, daqueles que, nascidos em Macau, nem são filhos de europeus, nem de chi-neses».

Até aqui, Francisco de Carvalho e Rego.

Bento da França escreve: «O tipo dos macaen-ses é perfeitamente original e, forçoso é dizê--lo, não tem nada de bonito: predominam nele alguns traços gerais mongólicos, mas também participa de feições de europeus, malaios, canarins, etc., etc. É produto de grande mistura de raças e sub-raças, resul-tante de repetidos cruzamentos feitos à mercê do aca-so>>2.

Por sua vez, Álvaro de Melo Machado opina: <3.

Francisco Rego afirma que os macaenses são produto do cruzamento com indianas e malaias.

Eduardo Brasão, pelo contrário, julga que deve ter sido rara a miscigenação com a raça indiana: «E se é certo que pelas características actuais a maior parte dos macaenses devem descender do cruzamento com a raça malaia e poucos com a indiana, num número bastante grande verificam-se características acentuadadas da raça china»4.

A defender a tese de Francisco Rego apresen-ta-se-nos o Dr. Carlos Estorninho, que numa nota so-bre «Macau e os Macaenses» diz: «E as chinesas não teriam elas também contribuído, ou melhor participa-do, na miscigenação que permitiu a constituição da valiosa e numerosa população portuguesa nativa de Macau?

«A resposta é pela negativa—uma negativa quase categórica e absoluta. Durante três séculos, cer-tamente devido, não à falta de cupidez da nossa parte, mas ao carácter rigorosamente exclusivo, autártico e xenófobo da China—que tornava praticamente im-possível os contactos francos e leais da sua população com os estrangeiros, quanto mais relações íntimas e coabitação—os portugueses não se casaram com os chineses.

«Foi somente depois da abertura dos «Portos do Tratado» (1842 - 1844), mas muito sobretudo de-pois da queda do multimilenário regime imperial e proclamação da república, esclarecida e progessiva no sentido ocidental, do Dr. Sun Yat Sen, em 1911, que a vida chinesa foi liberalizada e destruídos os rígidos e anacrónicos preconceitos, tornando-se desde então possível o cruzamento da mulher chinesa com os «dia-bos do ocidente», os fan-kwuais.

Portanto, até muito recentemente, os maca-enses não tinham praticamente nenhum sangue chi-nês. Só de há cinquenta anos para cá, aproximada-mente, é que começou a formar-se uma primeira gera-ção de luso-chineses, tornando-se desde então cada vez mais frequentes os casamentos e a coabitação en-tre portugueses e chineses, muito embora continue raríssima a ligação entre portuguesas e chineses»5.

OPINIÃO NÃO É HISTÓRIA

Analisemos agora esse capítulo— Os Macaenses—do livro Macau, em que se afirma cate-goricamente que os macaenses não descendem dos chineses. Diz Francisco Rego: «Muito erradamente supõem os metropolitanos, que não conhecem Ma-cau, que os macaenses são produtos do cruzamento dos europeus com os chineses, ou que são chineses que, pelo baptismo, alcançaram a nacionalidade por-tuguesa».

Que provas dá?

Cita Mendes Pinto que afirma que em Liam-Pó viviam 300 casados com mulheres portuguesas e mestiças; mas nega a veracidade desta afirmação. E porquê?

Porque é esta a sua opinião. E acrescenta: «Peter Mundi confirma a nossa modesta opinião quando, nas suas crónicas, afirma que em 1632 não havia em Macau mais que uma senhora europeia, sen-do as restantes mestiças.

Não é de crer, que quase um século após o estabelecimento de Macau, houvesse na Povoação menos senhoras europeias do que no período em que os portugueses nem sequer sabiam a sorte que os es-perava todos os dias».

Quanto a Peter Mundi, comentá-lo-emos no devido lugar.

Agora apenas perguntamos: se os macaenses não provêm do cruzamento de portugueses com chi-nesas, donde é que eles vêm?

Ouçamos a resposta do mesmo autor:

«Na descrição que Cardim faz da «Derrota dos Holandeses» em 24 de Junho de 1622, refere-se a «soldados portugueses, indianos, cafres, senhores se-guidos dos seus escravos... » Não é portanto de rejei-tar o cruzamento com pessoas que descendessem dos cafres referidos, nas classes baixas».

A lógica é esta: havia cafres em Macau; logo...

É claro que cada qual pode ter as opiniões que quiser... Mas a História baseia-se em factos e não em opiniões.

Ora porque não admitir que os macaenses vêm do cruzamento dos portugueses com chinesas?

É que, explica o mesmo autor, «a partir de meados do século XVIII, vemos que os chineses reti-ravam da cidade ao toque de ave-marias, o que bem marcava a separação entre portugueses e chineses. Só a partir dos princípios deste século (vinte) é que se encontram cruzamentos de portugueses com chinesas, porém, sem frequência, o que mais nos leva a crer que é raro correr o sangue chinês nas veias dos macaenses, a que nos referimos. E, a confirmar esta afirmação, está o facto de o macaense se referir ao chinês com desprezo, considerando ofensivo o dize-rem-lhe que é de descendência chinesa».

Segundo esta lógica, se um luso-indiano consi- derar ofensivo dizerem-lhe que vem de indianos, já não descende deles, mas dos cafres; e se um luso--africano considerar ofensiva a sua descendência afri-cana, então deve descender de indianos...

Quanto a afirmar-se que só a partir do século XX é que se encontram cruzamentos com chineses, não é verdade. Basta percorrer os arquivos paroquiais desta cidade para se provar o contrário. É o que faremos em breve.

Quanto a dizer-se que a partir dos meados do séc. XVIII havia «separação entre portugueses e chi-neses», também não é verdade. Basta citar as palavras do historiador chinês Tcheang-U-Lâm, que esteve em Macau nessa época e que diz precisamente o contrá-rio: «Em todo o sítio de Macau, onde vivem à mistu-ra, chineses com os bárbaros6... existem chineses conversos»7.

Refutada assim esta opinião, que não tem fun-damento algum na realidade, vejamos o que nos di-zem as fontes históricas sobre a origem dos macaenses. Ouçamos primeiro as testemunhas con-temporâneas, depois os registos paroquiais de Macau.

EM LIAMPÓ, CHINCHEO E LAMPACAU

Mendes Pinto, no cap. 221 da Peregrinação diz de Liampó: «Avia aquy trezentos casados com mulheres portuguesas e mistiças, avia dous espritais e casa de misericordia em que se despendião cada anno mais de trinta mil cruzados, e a camara tinha seis mil de renda».

No mesmo cap. afirma que «tinha esta povoa-ção trez mil vezinhos, de que os mil e duzentos erão portugueses, e os mais gente Christam de diversas nações».

Os portugueses passaram a comerciar em Chincheo, «e em breve se fez huma boa povoação em que chegarão a viver cousa de seiscentos homens com boas cazas, familias e escravos»8.

Dali passaram a comerciar em Sanchoão, onde apenas residiam temporariamente em palhotas, e em Lampacau (Lang-Peh-Kau); nesta última floresceu uma importante povoação, subindo os portugueses a mais de 500.

Pelliot escreve: «Ainda o comércio se fazia so-bretudo em Lampacau em 1560, se, como diz M. Tch. (T'ien-tsé-Chang) depois de Morrison e como eu o creio confirmado por um texto contemporâneo, havia bem uma colónia de 500 a 600 portugueses em 1560»9.

Segundo estas testemunhas contemporâneas, a população portuguesa era a seguinte: Liampó, 2 000; Chincheo, uns 600; Lampacau, entre 500 e 600. É gratuita a afirmação de «que os portugueses nem se-quer sabiam a sorte que os esperava todos os dias». Segundo as fontes contemporâneas, eles viviam ali tão seguros como em qualquer cidade de Portugal, pois «quando os taballiaes fazião algumas escrituras dezião, nesta muyto nobre e sempre leal cidade de Liampoo por el Rey nosso senhor»10.

De Macau em 1557 diz também M. Pinto: «tão confiados e seguros estão nella com cuydarem que he nossa, como se ella estivera situada na mais segura parte de Portugal»11.

CASAMENTOS MISTOS SÉCULO XVI

Em 1561, o Pe. Baltazar Gago, S. J., dava boas notícias de Macau onde «estão instalados entre 500 e 600 comerciantes portugueses»12.

O Pe. João Baptista del Monte, S. J., escrevia de Macau em 1562:

«O número dos portugueses q agora estão em terra serão perto de oito centos»13.

No ano seguinte, já subiam a 900, segundo o Pe. Francisco de Sousa: «Haveria neste tempo na ci-dade de Macau novecentos portugueses, além de um grande número de Christãos da terra» i. e., chineses14.

O Pe. Manuel Teixeira, S. J., em carta de 1 -12 - 1564, falava «deste porto da China (Macau) onde auera 500 Portugueses continuos»15.

Quem eram as mulheres destes portugueses?

Os jesuítas dessa época retrataram bem o pa-norama social: «frequência dos sacramentos todos os 8 ou 15 dias, catecismo dominical a perto de mil es-cravos, regularização de matrimónios dos órfãos ou dos cristãos indígenas (chineses), saneamento da co-lónia, fazendo embarcar para Goa mais de 450 mulhe-res escravas, da primeira vez, e doutra vez para Malaca outras 200, «que eram as mais perigosas, as mais difíceis de se lançarem fora»16.

Temos, pois, que a primeira geração de macaenses brotou do cruzamento de meio milhar de portugueses com esse meio milhar de indianas e de malaias. Mas, expulsas estas, com quem é que eles se uniram?

Nesta página: D. Maria da Natividade Carlos de Senna Fernandes e os seus treze filhos, Século XIX. (Col. Ondina Violante Calado).
Família macaense nos princípios do século (1917), na chácara de Mong Há: os Santos Ferreira. Ao centro, em baixo: Francisco dos Santos Ferreira (reinol) e Florentina Maria dos Passos Placé (macaense), pais do conhecido divulgador do dialecto macaense Adé dos Santos Ferreira. À direita: Zelina dos Passos Placé, avó materna (macaense). Na fila de trás, os filhos do primeiro casamento de Florentina Maria com Lima Nunes.

Ouçamos as testemunhas: «À falta de esposas portuguesas, os europeus deixaram depressa as com-panheiras vindas de Malaca ou da Índia para se uni-rem às japonesas e sobretudo às chinesas, de que eles apreciaram depressa as sérias qualidades»17.

Vemos agora que a segunda geração de macaenses brotou deste cruzamento de portugueses com japonesas e, sobretudo, com chinesas. Note-se que estamos no ano de 1563. Todas essas chinesas e japonesas se converteram para poder casar com os portugueses.

Haveria outras conversões de chineses? Res-ponde o Pe. Francisco de Sousa no Oriente Conquis-tado, dizendo que mais idólatras se convertiam por meio das curas, que das razões e argumentos de mui-tos missionários. Foi sempre assim: a caridade cristã e portuguesa, no início de Macau como hoje, operava muitas conversões entre chineses.

Em carta de 30 - 1 - 1568, o Pe. Manuel Tei-xeira, S. J., informa que havia em Macau «cinquo ou seis mil Almas Xpaãs» (cristãs)18. Temos, pois, além dos portugueses, alguns milhares de chineses cristãos.

O Pe. Alonso Sanchez, S. J., num seu «tratado curiosíssimo», feito para Filipe II após instâncias dum grande da corte, diz: «Los Portugueses de Macao se casan com ellas (las mujeres chinas) de mejor voluntad que con las Portuguesas, por las muchas vir-tudes que las adornan»19.

Note-se que Sanchez conhecia bem Macau, onde se demorou desde fim de Maio de 1582 até 13 de Fevereiro de 1583.

SÉCULO XVII

Durante a união das duas coroas de Portugal e Espanha sob os Filipes (1580 - 1640), intensificou-se o comércio entre Macau e Manila, estabelecendo-se firmas comerciais portuguesas em Manila e espanho-las em Macau, o que deu como resultado novos cru-zamentos.

Aquando da perseguição contra a Igreja no Ja-pão, muitos cristãos japoneses se vieram refugiar em Macau. Foram até eles que construíram a Igreja da Madre de Deus ou S. Paulo, cujas ruínas ainda hoje se impõem à nossa admiração.

A 7 e 8 de Novembro de 1614, foram carrega-dos em Nagasáqui 5 barcos com missionários e cristãos japoneses, expulsos do Japão, indo dois para Manila e 3 para Macau e Sião. Um desses barcos era a nau do trato Nossa Senhora de Vida, sendo os outros velhos e miseráveis juncos japoneses. Além dos missionários, incluindo o Provincial dos Jesuítas, Valentim de Carva-lho, vieram muitos japoneses proeminentes de ambos os sexos, entre os quais se destacavam as heróicas figu-ras de Justo Takayama Ukon e Naito Todatoshi com as respectivas famílias, que foram para Manila; e Júlia Naito e suas irmãs que vieram para Macau20.

Em 1626, mais exilados japoneses vieram para Macau na nau do capitão-mor Luís Pais Pacheco que foi martirizado em Nagasáqui a 3 de Agosto de 164021.

Em 1636, nova leva de 287 mulheres e crian-ças eurasianas de Nagasáqui vieram refugiar-se em Macau22.

Havia aqui tantos japoneses que se nomeou um jesuíta, Pe. Matias da Maia, procurador desses refugia-dos.

Como o Japão fechou as suas portas aos es-trangeiros, estes japoneses e eurasianos nunca mais regressaram à sua pátria. Constituíram, pois, famílias em Macau. Daqui a verdade da asserção de Ljungstedt que os portugueses tomaram japonesas para suas mulheres.

A 27 de Novembro de 1623, o escrivão do Leal Senado, Diogo Caldeira do Rego, informava: «Em número de moradores (Macau) he hoje hua das principais deste oriente avendo nella mais de 400 por-tugueses casados entre os quais alguns fidalgos, mui-tos nobres, e os mais ou quasi todos, de muitos annos de bons serviços de Sua Mag. de nas armadas e guer-ras de todo este Estado, afora muitos casados naturais da terra e de fora e outra muita gente de varias nações que por resão do grande Tratado e marcãcia que ha para muitas partes deste oriente vão e vem e nella residem o mais do anno»23.

Estes 400 portugueses e outros muitos, natu-rais de Macau, com quem casaram? Não havendo em Macau raparigas metropolitanas, casaram naturalmen-te com raparigas orientais — chinesas e de outras raças — que então povoavam Macau.

António Bocarro, na sua Descrição de Macau, feita em 1635, escreve:

«Os cazados que tem esta cidade são oitocen-tos sincoenta portugueses e seus filhos que são muito mais bem despostos, e robustos, que nenhum que aja neste oriente, os quaes todos tem huns e outros seis escravos darmas de que os mais e milhores são cafres e outras nações...

«Alem deste numero de casados Portugueses tem mais esta cidade outros tantos cazados entre naturais da terra, Chinas Christãos que chamão jurubassas de q' são os mais, e outras nações todas xtãos...

«Tem alem disto esta cidade muitos ma-rinheiros pilotos e mes-tres solteiros Portugue-ses os mais delles cazados no Reino, ou-tros solteiros que andão nas viagens de Japão, Manila, Solor, Macassa, Cochinchina, destes mais de cento e sin-coenta, e algus são de groços cabedais de mais de sincoenta mil xarafins que por nenhu modo querem passar a Goa por não lançare mão delles ou as justi-ças de Sua Mag.de e assy tambem muitos mercadores solteiros muito ricos em que melitam as mesmas ra-zões»24.

Peter Mundi aportou a Macau em 5 de Julho de 1637 e aqui se demorou seis meses, vivendo, é certo, a bordo do navio, mas visitando Macau frequentemente e toman-do parte na vida social da cidade. Hospedou-se em casa de António de Oliveira Aranha, que foi capitão--mor da viagem do Japão em 1629 e dele diz:

«A casa do dito Senhor António, com mobília, festas, etc. era semelhante à outra, com a diferença de que fomos servidos por donzelas chinesas da sua pró-pria casa, por ele compradas; cada chefe de família tem aqui muitas delas que são contadas entre os uten-sílios ou propriedade da sua casa; e disseram-me que em toda esta cidade havia apenas uma mulher nascida em Portugal; as esposas são chinesas ou mestiças da mesma raça casadas antes com portugueses»25.

Como se vê, o testemunho de Peter Mundi concorda com o dos jesuítas e de Men-des Pinto: como no sé-culo XVI, os portugue-ses continuaram no sé-culo XVII a casar-se com chinesas e mesti-ças da mesma raça, tanto mais que, em 1637, havia só uma reinol em Macau. O mesmo Peter Mundi refere que havia em Malaca uma mulher in-glesa casada com um português: «Here is also an Englishwoman Married to a Portugal Mestizo of some quality... She was called Judith and now Julia de la Garcia»26. Quer dizer: «Havia também (em Malaca) uma mulher inglesa ca-sada com um mestiço português de certa ca-tegoria... Chamava-se Judite e hoje Júlia de Garcia.>>

Como é que essa inglesa foi parar a Malaca? Ela embarcara em 1620 no navio Union Com do Cap. Carter, que ia ao Japão; Judite ia como criada do carpinteiro Frobisher, que levava a sua esposa consi-go. O navio naufragou na costa de Cochinchina, mas Judite salvou-se e foi recolhida pela Sta. Casa até que um português de Malaca casou com ela e a levou para aquela cidade.

Santa Ana ensinando N" Senhora a ler. Madeira pintada, com cara e mãos em louça de cor natural. Arte sino-portuguesa, provavelmente dos finais do Séc. XIX. (Col. Ma José Remédios de Lima).

Peter Mundi conta ainda que a 5 - 12 - 1637, assistiu na igreja de S. Paulo a uma representação teatral em honra de S. Francisco Xavier, «feita pelas crianças da cidade, sendo os actores mais de 100». «As crianças eram muitas, lindíssimas», instruídas pe-los jesuítas, os quais tinham «a seu cuidado a forma-ção da juventude e da infância desta cidade, especial-mente das classes altas»27.

Essas crianças lindíssimas, que tão bem repre-sentavam a vida de S. Francisco Xavier, pertenciam às classes altas, sendo filhas de portugueses e chine-sas.

O italiano Marco d'Avalo, na sua Descrição da Cidade de Macaou ou Maccauw, feita em 1638 escreve:

«Quando esta cidade foi primi-tivamente fundada, foi governada àmaneira de uma república, ou seja pelos mais velhos conse-lheiros, sem qualquer general ou governador, devido ao facto de o local não ter sido adquirido pela força das ar-mas, mas apenas pela per-missão dos mandarins chi-neses (como foi notado e explicado acima). Os portu-gueses casaram com mulhe-res chinesas e desta forma se tomou gradualmente po-voada»28.

Tem, pois, razão Ljungsted quando assevera que os macaenses são produto do cruzamento dos portugueses com malaias, chinesas, japonesas e outras: «Malay, Chinese, Japanese, and other women became their partners in wedlock, and mothers of a generation the descendants of wich are perhaps still members of the community. Their progeny is distinguished by the denomination of «Mestiços», or mongrels. Next to this class range those whose forefathers were not Poruguese, but either Malays, Chinese or Japanese converts, but they, like the posterity of the Portuguese, are free citizens. »

José Pedro Braga comenta: «Mongrels» applied to the Macaenses is a word possessing neither the merit of truth nor elegance!... Ljungstedt's choice of words is injustifiable, to say the least; his language is as unfortunate as it is offensive. The use of the term «mestiços» — or mongrels» with its malicious implication — and perverted phrases like «unholy stock» and «acontaminated caste» betray a mentality above which Ljungstedt does not appear to be able to rise»29.

Da nossa parte, nos dois períodos de Ljungstedt acima citados nada vemos de ofensivo. Ele chama aos macaenses «mestiços» e «cruzados» por serem o produto de casamento de portugueses com malaias, chinesas, japonesas e outras, que se tor-naram «their partners in wedlock» ou, seja, suas companheiras pelo casa-mento. Onde é que está a ofensa?

Prato chinês brasonado (Séc. XIX). Louça mandarina, conhecida por porcelana de exportação. (Colecção do Museu Luís de Camões).

Mendes Pinto, atrás cita-do, usa exactamente o mesmo vocábulo: «300 casados com mulheres Portuguesas e mistiças».

Peter Mundi até en-volve este vocábulo duma certa ternura, ao falar das «lindas mestiçazinhas Escolástica e Catarina» e suas irmãs tão lindas, tão lindas, «que não se acharia talvez igual no mundo todo, excepto na sua linda figura e compleição».

Ljungstedt não faz mais que repetir o que ha-viam dito antes dele outros historiadores.

O Pe. Arnaiz afirma: «Em 1640 já a população total dos Portugueses, indús, malaios, africanos e so-bretudo chineses, atingira o número de quarenta mil (40 000), dentre os quais oito mil (8 000) eram tropas ou forças marítimo-terrestres de diversa origem raci-al»30.

Os Manchus tomaram Pequim em 1644 e dali seguiram para o sul, tendo tomado Cantão em 1652. Devido à guerra, houve grande fome na China e os refugiados acolheram-se a Macau, aumentando muito a população.

Em 7 de Novembro de 1644, o vereador do Senado Lourenço Mendes Cordeiro, em carta para D. João IV, subscrita pelo escrivão da Câmara Rafael Arias de Morales, pedia ao rei fizesse as pazes com os Holandeses que atacavam os navios de Macau; de contrário, «se perderão mais de corenta mil almas q' nella há»31.

EMBAIXADA DE 1640

Macau mandou ao Japão em 1640 uma embai-xada, que foi martirizada em 3 de Agosto desse ano. Para mostrar a variedade de raças que havia então em Macau, damos a relação desses mártires, extraída da Azia Sinica e Japonica, vol. I, pp. 240 - 244:

PORTUGUESES

1. Luis Paes Pacheco natural da Cidade de Cochim veuvo de 68 anos.

2. Rodrigo Sanches de Paredes natural da Villa de Thomar Arcebispado de Lisboa, cazado nesta Cidade de Macao: sua idade 55 anos.

3. Simão Vaz de Payva natural da Cidade de Lisboa, cazado em Macao: sua idade 53 annos.

4. Gonçalo Monteiro de Carvalho veuvo, natural de Villa de Menjãofrio Bispado do Porto: idade 51 annos. (Estes os quatro Embaixadores).

5. Domingos Franco natural de Lisboa, cazado em Macao: idade 50 annos.

6. Francisco Dias Botto natural de Lisboa, cazado em Goa: idade 55 annos.

7. Manoel Alvares natural de Lisboa cazado em Macao: ida-de 33 annos.

8. Diogo Dias Milhão natural de Barcellos Arcebispado de Braga, cazado em Macao: sua idade 40 annos.

9. Bento de Lima Cardoso natural da Cidade do Porto: soltei-ro de 19 annos.

10. Diogo Fernandes solteiro: natural da Bemposta Bispado de Coimbra, idade 28 anos.

11. Luis Barreto Fialho natural de Ormuz cazado em Macao; idade 25 annos.

12. Manoel Nogueira natural de Lisboa, cazado em Macao: idade 25 annos.

13. Diogo dos Santos natural da Villa de Cascaes, solteiro, idade 35 annos.

14. João Pacheco de Siqueira, natural de Lisboa, cazado em Macao: idade 30 annos.

15. Gaspar Martins solteiro, natural de Vianna de Caminha: idade 35 annos.

16. Damião Francisco natural de S. Olaia junto a Pico de Re-galados Arceb. de Braga, cazado em Macao. Sua idade 50 annos.

HESPANHOEZ

17. Alonço Gallegos natural de Villa Raza em Andaluzia veuvo: idade 45 annos.

18. Pero Peres natural do Reino de Galiza, no termo da Villa de Chantada Bispado de Orencia, solteiro de 45 annos.

19. João Henriques de Carião natural das Ilhas de Manila no Bispado de Cagayam cazado nesta Cidade de Macao: sua idade 30 annos.

CHINAS FILHOS DE MACAO

20. Pedro Vaz cazado em Nagapatão, idade 39 annos.

21. Miguel de Araujo, cazado em Macao: idade 27 annos.

22. Domingos da Cunha, cazado em Macao: idade 30 annos.

23. Domingos Fernandes cazado em Manila, idade 50 annos.

CHINAS NATURAES DO IMPERIO TERRA DENTRO CHRISTÃOS DE MACAO

24. Francisco Leitão cazado em Macao: idade 35 annos.

25. Sebastião da Rocha cazado em Macao: idade 34 annos.

26. José Tavares cazado em Macao: idade 35 annos.

27. Antonio de Moraes cazado em Macao: idade 28 annos.

28. Antonio Carneiro cazado em Macao: idade 30 annos.

29. Antonio, de idade 8 annos.

30. José de idade 19 annos.

31. Francisco, de idade 23 annos.

32. Nicolao, de idade 11 annos.

33. Lazaro, de idade 17 annos.

34. Domingos, de idade 27 annos.

35. Amaro Marim, de idade 30 annos.

36. Manoel, de idade 35 annos.

DE CASTA BENGALAS

37. Paschoal, de idade 36 annos, pouco mais ou menos.

38. João, de idade 50 annos, pouco mais ou menos.

39. Sebastião, de idade 23 annos, pouco mais ou menos.

40. Manoel, de idade 30 annos, pouco mais ou menos.

41. Matheus, de idade 34 annos, pouco mais ou menos.

42. Gonçallo, de idade 34 annnos, pouco mais ou menos.

43. Agostinho Correa cazado em Macao: idade 40 annos.

44. Diogo, de idade 35 annos, pouco mais ou menos.

CASTA MALAVARES

45. Nicolao, casta Balalla, de idade 16 annos, pouco mais ou menos.

46. Antonio, casta Balalla de idade 19 annos.

47. Antonio, de idade 20 annos, pouco mais ou menos.

48. Gonçallo, de idade 20 annos.

49. Thomé de idade 25 annos.

50. João de idade 27 annos, pouco mais ou menos.

51. Jeronimo, de idade 18 annos pouco mais ou menos.

CASTA CAFRES

52. Francisco, cazado em Macao, de idade 50 annos.

53. Alvaro, de idade 40 annos pouco mais ou menos.

54. Antonio, de idade 25 annos, pouco mais ou menos.

VARIAS CASTAS

55. Diogo de Mendonça natural de Chaul com 30 annos de idade, filho de Pay Portugues, e de May India: cazada em Macao.

56. Domingos, casta Malayo, de idade 28 annos.

57. Antonio, casta Solor, de idade 40 annos, pouco mais ou menos.

58. Gaspar Monteiro, casta Solor, de idade 35 annos.

59. João da Guerra de Manila, casta Pampago, de idade 30 annos.

60. Alberto, casta Timor, de idade 17 annos.

61. Manoel, casta Jao, de idade 40 annos: todos pouco mais ou menos.

SÉCULO XVIII

O Pe. Francisco de Sousa, escrevendo nos prin-cípios do século XVIII, dava esta estatística da popula-ção de Macau nessa época: «As famílias portuguesas serão hoje 150; o número de todas as almas cristãs 19 500, das quais 16 000 são mulheres. Vivem dentro da cidade 1 000 gentios, oficiais e comerciantes»32.

Note-se que os chineses, mesmo gentios, vivi-am dentro da cidade. Isto mesmo afirmava em 1743 o mandarim de Heung-Shan: «No lugar de Macau vivem os chinas misturados com os europeus»33.

O autor do Ou-Mun Kei-Leok, escrevendo em 1746, conta assim os inícios de Macau: «[...] Mais tarde, foi-lhes consentido o aforamento anual de terre-nos e desde então, se principiaram a construir casas e residências em Macau, sendo-lhes também concedida a permissão de trazerem as suas mulheres para ali residirem, além de atraírem os homens do povo a quem alugavam o rés-do-chão das suas casas para eles residirem, cobrando-lhes rendas e juros anuais. Presentemente, entre homens e mulheres, encontram-se em Macau mais de 3 500 bárbaros e 2 000 homens do povo, recrutados do interior, entre serviçais, operá-rios e artífices, trabalhando todos, na verdade alegre-mente, e vivendo em sossego».34

No mesmo livro, p. 83 - 84, lê-se: «Nestes últimos anos, quando principiaram a entrar na baía de Hou-Keong (Macau), construíram casas para residir as quais, em menos de um ano, atingiram algumas centenas, sendo de quase mil o número actual.

«E como nos tempos passados, mantêm rela-ções com os chineses, sendo incalculáveis os grossos lucros por eles auferidos em cada estação. Por isso, vêm de todo o seu país, acarretando velhos e arrastan-do os novos, chegando cada vez mais e em rápida sucessão...

Actualmente o número de bárbaros é cerca de dez mil».

Havia casamentos entre portugueses na segun-da metade do século XVIII? Certamente e disso te-mos provas evidentes nos arquivos paroquiais. Esses casamentos não escaparam à observação do mesmo historiador chinês: «Os que se converteram em Ma-cau são os residentes de longa data que, a pouco e pouco, se deixaram influenciar, profundamente, pela linguagem e costumes (dos estranhos) de forma que, a pouco e pouco, se vão transformando em bárbaros.

«Ora desta classe há várias espécies. Uns que mudam de traje para entrar na sua religião; outros que entraram na sua religião com mulheres estrangeiras (Kuai-mui, isto é, filhas dos diabos) e que criam os seus filhos e netos; outros que empregam os seus ca-pitais em negócios; outros que são operários, e outros que são soldados e guardas. Há ainda os que frequen-tam as casas dos bárbaros e os que usam penteado à moda estrangeira, dizendo que são católicos, para mais convenientemente se relacionarem com os bár- baros. »35 No mesmo livro, pág. 114, lê-se: «Nós ave-riguámos, secretamente, que no sítio de Macau, os bárbaros se encontram residindo e negociando, desde os meados da anterior dinastia Meng, tendo já passa-do até agora uns duzentos anos. Nele se reuniram, em número não inferior a três ou quatro mil, sendo todos governados por um procurador36nomeado pelo rei desses bárbaros».

Aqui diz-se que os portugueses eram 3 ou 4 000, quando acima se dizia que eram cerca de dez mil; cremos que nesta última cifra se incluíam também os chinas. Supomos que em 1746, a população total seria cerca de 10 000, sendo os portugueses 3 a 4 000. A 8 de Agosto de 1777, o bispo D. Alexandre da Silva Pedrosa Guimarães dizia que «todos os Christams de Macao assim velhos como mossos e crianças de peito, pretos e brancos de hum e de outro sexo não chegarão a 6 000». Excluindo deste número os cristãos chineses, temos 3 ou 4 000. No último quartel do século XVIII, vieram refugiar-se em Macau vários cristãos da Cochinchina, devido à revolta dos Toyson e à conse-quente perseguição contra a Igreja.

A 14 de Abril de 1790, escrevia o Pe. Longer: «Após a destruição de todos os nossos oratórios, e as guerras quase contínuas que os rebeldes da Cochinchina desencadearam de todos os lados, os nos-sos pobres cristãos sofreram muito e ficaram reduzidos a um pequeno número. Morreu mais de metade dos homens e os restantes foram perseguidos da maneira mais horrível. Acrescente-se que a peste fez grandes estragos. Há cristandades onde este flagelo fez perecer mais de cem pessoas, desde o ano passado»37.

Nos arquivos paroquiais de 1785 a 1793 en-contramos vários casamentos de raparigas da Cochinchina com portugueses de Macau. Natural-mente, só puderam vir refugiar-se a Macau aqueles que tinham dinheiro para a viagem, ou seja as famíli-as mais abastadas. Os outros ficaram lá, ou refugia-ram-se nos países vizinhos.

Sir George Stauton dizia que a população de Macau em 1793 era a seguinte: «A população total eleva-se a cerca de onze mil, sendo mais de metade chineses». Segundo o mesmo autor, os católicos por-tugueses eram «pouco mais de quatro mil»38.

Nos fins de século XVIII, De Guignes calcula-va que a população chinesa de Macau se elevava a 8 000, sendo 12 000 a população total da cidade; mas passado um quarto de século, a população chinesa tinha dobrado, pois, segundo Andrade, havia em Ma-cau 22 500 habitantes, sendo 18 000 chineses39.

SÉCULOS XIX E XX

Na primeira metade de século XIX viveram em Macau muitos comerciantes estrangeiros, tendo as Companhias Inglesa, Holandesa e Francesa estabele-cido aqui as suas feitorias.

Acresce que em Cantão não era permitida a residência a mulheres estrangeiras. Vários destes es-trangeiros — espanhóis, ingleses, americanos, holan-deses, franceses e italianos contraíram matrimónio com macaenses, como se pode ver dos registos paro-quiais. Aparecem também aqui e ali alguns filhos ile-gítimos destes estrangeiros. Com o estabelecimento dos ingleses em Hong Kong em 1841, o comércio estrangeiro passou para esta colónia.

Num ofício de 23 de Maio de 1829, dizia o procurador do Senado, Pedro Feliciano de Oliveira Figueiredo:

«[...] de há 20 anos para cá, a população chinesa, que era de oitocentas almas, cresceu a quarenta mil».40

Destes 40 000, eram cristãos 6 090, segundo afirma Ljungstedt, que então vivia em Macau e nos dá a seguinte estatística:

«No bispado de Macau em 1830 os chinas cristãos computam-se em 6 090.

CHINAS CHRISTÃOS

1

1.Chanti            

 1250

2.Hainan            

 

855

3.Chenchao          

lang=EN-US style='font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 

750

4.Chaoking          

lang=EN-US style='font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 

730

5.Namkai             

lang=EN-US style='font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 1850

6.Namchu            

 

655

                    

 6090

(1833. Macao, Patane)

lang=EN-US style='font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

    

style='font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Monga, Lapa         

lang=EN-US style='font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 7000

                    

13090

style='font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 

Segundo os cálculos de Ljungstedt, a popula-ção chinesa de Macau elevava-se a 30 000 em 1834.

Acerca da população portuguesa, diz Ljungstedt:

«N'uma representação, escripta em 1821, para ser apresentada ao rei constitucional D. João, affírma-se que em 1583 havia em Macau 900 portuguezes, além de mulheres, escravos, e muitas centenas de meninas chinas que tinham sido compradas como tambem muita gente que tinha vindo dos portos portuguezes da Asia; e affirma-se mais que no fim do século décimo sétimo a população de Macau subia a 19300 almas; mas em 1821 estava essa população reduzida a 4 600 consistindo de homens livres, escravos e gente de todas as nações incluindo convertidos chinas, que se vestiam á europeia; a saber, subditos livres acima de quinze annos de idade 604 individuos; abaixo de quinze annos 473; escravos 537 e mulheres 2 692, fazendo um total de 4 307. N'este numero não estavan comprehendidos 186 homens pertencentes ao batalhaão, nem 19 frades e 45 freiras. Em 1830 calculava-se a população de Macau com exclusão dos militares e do clero, em 4 682, a saber, em 1202 homens brancos, 2146 mulheres de differentes castas. Os portuguezes nascidos em Portugal e seus dominios, que 1834 residiam em Macau, não excediam 90 pessoas. Nem elles, nem qualquer outro subdito podiam sahir de Macau sem previo consentimento do governo. »

Mapa da população cristã de Macau, e o número de seus fogos, conforme a Relação dada pelos seus respectivos Párocos, em 1856:

FREGUESIAS

FOGOS

HOMENS

MAYORES

DE 25 ANNOS

MULHERES

MAYLORES

DE 25 ANNOS

MENORES

DE SEXO

MASCULINO

MENORES

DE SEXO

FEMENINO

Sto.António


Sm Lourenço

Totalidade

144

560

608

1312

182

379

371

932

423

650

775

1847

104

413

536

1043

105

413

686

1204

 

Macao 2 de Janeiro de 1857 Esta conforme Maximiano Felix da Roza.

Em 1910, havia em Macau 74 866 habitantes; em 1939, subiam a 245 194. Em 1910, os Portugueses eram 3 526 e os Chineses, 67 732; em 1939, os primeiros eram 4 174 e os últimos, 227 030.

A POPULAÇÃO CRISTÃ DE MACAU41

ANO           CRISTÃOS                                   EXPLICAÇÃO
1553................000........................... Primeiro desembarque
                                                       fortuito em Macau. 
1557............... 400......................... Fundação da Cidade
                                                    do Santo Nome de Deus. 
1561........... 500-600................................................ 
1562............... 800................................................ 
1582.......... 1 000(?).......................... Portugueses sȯmente. 
                                          Havia já convertidos chineses. 
1600.......... 3 500(?)..................... Cálculo muito aproximado. 
1621............. 10000.................................................. 
1635..........25 000(?)...................... Cálculo muito aproximado
                                                        e talvez inferior. 
1644............ 40 000...................... Assim refere o historiador
                                          contemporâneo P. Cardim, S. J. 
1700............ 19 500................................................. 
1777.......... 6 000(?)........ A população pagã era de 22 000(?). 
1818.......... 5 000(?)........................ Certamente este número
                                                 é inferior à verdade. 
1845            4 000(?)            Talvez houvesse menos cristãos entre
                                             portugueses e chineses42. 

Para abundância e maior clarificação do exposto, não será descabido apresentar mais alguns dados históricos em relação directa com as datas e cifras acima apresentadas.

1553 — Foi em 1553 que alguns portugueses abordaram pela primeira vez ao lugar chamado Amagau afim de fazer secar sobre a praia os objectos de seu comércio, molhados por uma tempestade» (P. Cardim). Partiram logo depois.

1557 — Ano histórico, por ser o da fundação oficial. Os novos cidadãos procediam da colónia vizinha de Lampacau. Talvez o seu número fosse maior.

1561 — O número de cristãos é-nos fornecido pelo testemunho ocular do missionário jesuíta P. Baltazar Gago.

D. Alexandre da Silva Pedrosa Guimarães, um dos bispos da história de Macau que mais lutou pela moralização dos costumes.

1562 — A colónia lusitana desenvolve-se cada vez mais. O número de cristãos é-nos ainda fornecido por um outro missionário da Companhia que, de pas-sagem para o Japão, permaneceu durante algum tem-po em Macau. Contudo, o primeiro catequista dos chineses foi o sacerdote secular, P. Gregório Gonçal-ves, português43, que tinha residência permanente em Lampacau.

«Haveria neste tempo na cidade de Macau (900) novecentos Portugueses, além de um número de christãos da terra [...]» (Oriente Conq. I Parte. Conq. IV, Div. II par. 38).

1582 — Este núme-ro não o achei em parte al-guma confirmado, mas foi--me dado como certo.

Admito-o sem repa-ro maior, ainda que se trate somente de portugueses e mestiços, chegados de ma-res e povos mais ocidentais da Ásia. O P. Ruggieri tinha já fundado um catecu-menado permanente em 1579 e os baptismos de chi-neses aumentavam de ano para ano.

1600 — A dedução desta cifra de 3 500 cristãos foi feita por vias indirectas, pois faltam documentos ex-plícitos. Há todavia mais, pois os imigrantes chineses, mareantes uns e comercian-tes outros, iam todos abra-çando a fé católica à medi-da que se estabeleciam na cidade, cuja população, global e cristãos, vinha a con-fundir-se.

Noutros termos, a colónia, aumentando rapida-mente, cristianizava os novos elementos por intermé-dio quase exclusivo dos Padres da Companhia. Este progresso e proporção manteve-se desde o alvorecer da colónia até princípios do século XVIII, ou seja durante século e meio.

1621 — O holandês J. P. Coen escrevia em 1621 que Macau albergava dez mil habitantes (10 000), dentro os quais 700 a 800 eram portugueses e mestiços. (Boi. Ecl. de Macau, 1938, pág. 97). Nes-se mesmo ano o inglês Richard assegura que três quartas partes da população eram chineses. Consta que se contavam também «castelhanos» e japoneses aqui refugiados. Os supraditos navegadores estrangei-ros (holandeses) prepararam, com as suas informa-ções, o desembarque holandês em Macau, em 1622, seguido da vitória portuguesa, considerada por não poucos como o triunfo de Lepanto no Extremo Orien-te contra o poderio protestante.

1635 — O português António Carro,44, aventureiro intrépido e caracterís-tico, fornece-nos em 1635 os seguintes dados sobre Macau: 850 cidadãos por-tugueses, «homens casa-dos», segundo as suas pró-prias palavras, e outros tan-tos chineses, todos cristãos, como os portugueses, mo-ram na cidade. Estes dois dados dão-nos 1 700 lares cristãos como quer dizer o autor em sua linguagem clássica. Dando a cada lar um mínitno de quinze pes-soas cristãs, incluindo os guerreiros e os escravos de muitas dessas famílias por-tuguesas, temos pouco mais ou menos 25 000 fi-éis. Que não sejam errados esses cálculos demonstra-o o Pe. Cardim, S. J., em seus preciosos informes so-bre Macau.

1644 — Aqui é o próprio Pe. Cardim que fala como testemunha ocular. Uns 40 000 católicos, repar-tidos por umas mil famílias portuguesas e por outras tantas chinesas, todas cristãs. O mesmo historiador assegura-nos que cada família ou lar contava uma média de 20 cristãos, incluídos os soldados, mosqueteiros e escravos que viviam nos ditos lares.

Macau contava nessa altura uns oito mil (8000) marinheiros e gente de armas. Havia chegado ao zénite do seu poder militar e económico, que não muito depois paulatinamente começou a entrar em decadência, motivada tanto pela perda do comércio com o Japão, cujo micado começava agora a martiri-zar os missionários e os embaixadores de Macau, como pela queda da dinastia dos Ming, favorecida pelas armas dos portugueses de Macau, e sua substi-tuição por uma dinastia manchu, hostil ao comércio português.

Somente a glória missionária se manteve e não cessou de progredir ainda durante mais de um século, até à supressão da Companhia de Jesus nos domínios dos Monarcas Fidelíssimos, em 1760. Muito contri-buiu para esse esplendor missionário, o contributo de outras ordens e congregações religiosas, que através de Macau enviaram numerosas e sucessivas falanges apostólicas para outras terras de missões.

1700 — Para falar com verdade esta data po-dia ser 1708, pouco mais ou menos, uma vez que o testemunho do Jesuíta P. F. Sousa no seu Oriente Conquistado deve quadrar com o fim da sua obra em 1708. Refere ele que os cristãos chegam a 19 500, ao passo que os gentios atingem apenas um milhar. Por conseguinte a população global subia a 20 500.

1777 — É o próprio bispo de Macau D. Ale-xandre da Silva Pedrosa Guimarães, que, em docu-mento, assegura ao Leal Senado não serem os cris-tãos, qualquer que seja a sua procedência e cor, mais que 6000, ao passo que os gentios chegavam a 22 000. No documento mencionado procura ainda eximir-se de certos cargos administrativos na ordem civil. Em consequência disso parece que diminui a população católica e exagera a pagã. Não sou apenas eu que tenho essa opinião. Que já então Macau tenha perdido aquela sua maioria e quase a totalidade cristã, não se pode pôr em dúvida. O régio padroado tinha, com efeito, sofrido um mal imenso e prejuízos incal-culáveis com a supressão e sucessiva extinção da Companhia de Jesus, cujos missionários trabalhavam na heróica gesta da conversão da China e cristianização da Nobre Cidade.

1818 — O número de 5 000 cristãos em Ma-cau no ano de 1818 parece-nos inferior à verdade. Somente fora dos muros da cidade no bairro dito de S. Lázaro, contavam-se noventa e oito (98) casas ou famílias cristãs chinesas, que nos dão uma média de mil fiéis extramuros.

1845 — A população de Macau encontrou em meados do século passado duas vias pelas quais podia fazer face à asfixia económica com que os mandarins e vice-reis de Cantão pretendiam, havia já um século, destruir a colónia lusitana. A Grã-Bretanha abrira, com efeito, uma colónia em Hong Kong no ano de 1841 e de suas baías surgia rapidamente a cidade bri-tânica de Hong Kong, mais propriamente chamada Vitória. Este porto não recebia já somente capitais chineses e comércio de Cantão, mas também a popu-lação católica de Macau, quer portuguesa quer chine-sa, que nesse empório encontrava desafogada coloca-ção e empregos lucrativos, à sombra da bandeira de Inglaterra.

De igual modo abria-se entre a população portu-guesa uma nova corrente de emigração para Cantão, onde pretendia comerciar e arranjar para si uma vida de maiores lucros. Em meados já do século XIX, Xangai acolheu uma outra corrente de emigração portuguesa, bem como outros portos da China e alguns do Império do Sol Nascente, se bem que em menor escala.

FRAGILIDADE FEMININA

Havia em Macau escravas chinesas, cafres e timorenses, de maneira que certas casas ricas seme-lhavam conventos, não de virgens prudentes, mas de pobres filhas de Eva, que eram pau para toda a colher. Os bispos procuraram cortar o mal pela raiz, quer desterrando estas ovelhas desgarradas, quer recolhen-do-as no Recolhimento de Sta. Maria Madalena, quer fulminando penas eclesiásticas contra os recalcitran-tes; mas pouco conseguiram. Em 1667. frei Miguel dos Anjos, O. E. S. A., Governador do Bispado de Macau, desterrou 30 ou 40 timorenses para a sua ter-ra. segundo informa o Pe. Luís da Gama no seu Diá-rio. «Esta nao de Timor se foi aprestando para em Dezembro (1666) ou Jan.ro (1667) se fazer a vela p.a Timor, como de facto partio (e nella por capitão Jeronymo de Abreu e o Pe. Mathias da Maia foi no mesmo barco p.a de Timor ir logo a Larantuca a cap-tar (?) em meu lugar a Resid.a (?) de Macassar: no mesmo barco forão 30 ou 40 mulheres desterradas pela... do S.or G.or do Bispado para Timor aos 11 de Janeiro de 667 e foi obrigado a partir tão cedo n'este dia, mais depressa do q' cuidava»45. A razão é porque haviam chegado de Cantão a Macau, aos 10 de Janei-ro, alguns mandarinetes para oprimir a cidade já tão desolada pelo bloqueio dos manchus, que proibiam todo o comércio aos portugueses. O Pe. José Tissanier, em carta do Sião, aos 30 de Outubro de 1667, relata o fim trágico da nau de Jerónimo de Abreu em que pereceu o P. Maia: «Não obstante a proibição que eles (os portugueses) têm de traficar, partiu secretamente no mês de Janeiro último um na-vio de Macau para ir à ilha de Timor, onde haviam embarcado uma quantidade de mulheres para sair dum lugar esfaimado; mas foi-se quebrar à vista da Cochinchina; de cerca de duzentas pessoas que fazi-am esta viagem, apenas metade teve a felicidade de escapar do naufrágio... Se Deus não acode com o seu braço, as Missões deste Oriente estão em perigo ex-tremo de se ver inteiramente arruinadas».

O Cap. Alexandre Hamilton relata que a popu-lação portuguesa de Macau baixou muito em consequência das guerras com Timor:

«Essa guerra (de Timor) com a cidade de Ma-cau durou cerca de 15 anos. Começou cerca do ano de 1688 e não tinha terminado de todo em 1703, e Ma-cau, por fim, ficou arruinada com ela, pois exauriu o seu material quer de homens quer de dinheiro em tal grau que de 1 000 cidadãos que tinha a cidade antes da guerra, dificilmente restavam 50 no fim dela, e de quarenta barcos de marinha mercante, restavam só cinco, de maneira que em toda a cidade e nas fortale-zas calcula-se que há cerca de 200 leigos, 600 pa-dres46 e cerca de 500 mulheres, sendo muitas delas muito prolíficas, pois dão filhos à luz sem maridos que lhe dêem o seu nome»47.

C. R. Boxer comenta: «A propósito desta rude acusação, um relatório holandês sobre Macau no Dagu-Register de Batávia para 1681, informa-nos que havia então uma guarnição de 150 soldados, e uns dois ou três mil cidadãos, «providos com umas boas 12 000 mulheres»48.

No século seguinte, uma escritora americana fala-nos duma macaísta, «de olhar impudente». Essa escritora é uma jovem americana, Harriet Low, nasci-da a 18 de Maio de 1809, em Salem, Massachussets, e falecida em 1877. Viveu em Macau de 1829 a 1833 e registou os factos que aqui presenciou num Diário, que foi publicado por sua filha Katherine Hillard, e que se compõe de sete livros em ordem cronológica.

O retrato desta americana foi pintado pelo fa-moso artista Chinnery, que então vivia em Macau e aqui faleceu.

No respeitante a Macau, Harriet Low regista no seu Diário a vida social do seu tempo. Menciona a chegada dos navios, a Gruta de Camões, onde campeia o busto do poeta, dizendo que a gruta é um local selvagem e delicioso. Vai à ópera, chamada Os Italianos em Algiers, em que os vestidos eram ricos e muitos dos caracteres bem representados, sendo mui-to divertida; o salão estava à cunha, estando ali toda a beleza e moda de Macau. Com o seu snobismo carac-terístico, escandaliza-se ao ver entrar uma macaísta, viúva dum inglês «coberta de diamantes, na cabeça, pescoço e orelhas e com um olhar tão impudente quanto possível, com um criado atrás dela»49.

Além dos escravos, os portugueses tinham as suas escravas; os primeiros eram os moços cafres, as segundas, as «bichas» chinesas; e estas eram de vida fácil e fecunda. Dava-se-lhes o nome de «criação»; recebiam no baptismo os apelidos dos seus donos e realmente criavam muitos filhos próprios e alheios.

Exagero?

Ora vejamos. O comandante da fragata N. Sra. da Penha de França, Nicolau Fernandes da Fonseca, que veio de Lisboa a Macau e fez um relatório da sua viagem, escrevia acerca das mulheres de Macau, em Janeiro de 1776:

«Quanto às mulheres as mais principais, são bastantemente recatadas e quando saem fora é dentro de seus palanquins. O seu trajo é ridículo, à excepção de algumas que se vestem à europeia com saia e man-to. A sua condição é de serem soberbas e preguiçosas, porque, além dos filhos, nada mais fazem.

«[...] As ordinárias que são chinas resgatadas ou filhas de escravas, como não têm estímulo de hon-ra e também as domina a preguiça, são prontas ase facilitarem, principalmente com os estrangeiros, em razão do dinheiro e fatos que lhes dão [...]» (Jan. de 1776). (Arq. Hist. Col.). O Dr. Soares, que cita isto, continua50:

«Sobretudo a peculiaridade do lar não podia ser, de facto, condição de importância menor.

«A par dos escravos para os serviços grossei-ros e pesados — «os moços cafres», sinónimo de afri-canos, de portas a dentro havia sempre inúmeras cria-das — umas, escravas indianas ou principalmente malaias — «bem dispostas, proporcionadas e pela maior parte formosas» — já assim as classificara Diogo do Couto (Décadas); outras, as «bichas», rapa-rigas chinesas, tidas como resgatadas, pelo eufemis-mo de primeiro as baptizarem, todo este pessoal a aumentar, à medida que os filhos do casal nasciam, tudo englobado no termo genérico de «criação».

O Padre Jesuíta Francisco de Sousa (Oriente Conquistado — ob. cit.), também a propósito dessas escravas, comentaria: «compram os portugueses esta «droga» em várias províncias do Oriente, com o pre-texto de as fazerem cristãs e depois as trazem aos nossos portos, onde são de pouca utilidade à bolsa dos seus senhores e não sei se de maior perigo às suas almas. Apenas têm hoje um pão para comer e cada um sustenta em sua casa um convento de mulheres, com o título de tangedoras de música e outros mais ofícios todos escusados... Muito melhor fora casá-las no seu país e não virem infeccionar a Índia com esta peste que, se muda de clima, nem por isso muda de procedimento[...]»

Pelo casamento a noiva levava consigo essas suas «aias» ou amas, entre elas a mais íntima, não raro da mesma idade e a sua confidente, ou habitual agente de ligação para o meio exterior; à «menina família» com hábitos de reclusa não ficava bem tentar sair ou sequer mostrar-se muito sabedora dos aconte-cimentos mundanos.

Das possíveis e, talvez, mesmo inevitáveis in-fluências que esse pessoal menor viesse a exercer so-bre as patroas e em particular quanto ao delicado pro-blema daí originado, o Bispo D. Alexandre Pedrosa informaria El-Rei:

«Já o meu antecessor D. Frei Hilário declamou contra o indecoroso trajo das mulheres nesta terra, que consiste quase geralmente em se embrulharem numa «saraça» e colocarem outra dobrada na cabeça de modo que como cai, se descompõem indecorosa-mente nos lugares mais modestos e tapam ainda todo o rosto, para não serem conhecidas, pelo que se afoitam mais a sair e a entrar pela casa dos solteiros para usos pecaminosos...

«Na verdade é coisa indecente e gastarão me-nos se mudarem de sistema, porque as «saraças» cus-tam mais. Algumas, ainda que poucas, quais são as principais, usam de manto, mas as mais não querem, porque precisam sempre de muitas escravas para o seu acompanhamento.

«V.a Majestade que acabou com o luxo dos coches a mais de um tiro nas carruagens, pode preve-nir este negócio, mandando que não usem mais de 2 criadas para o seu acompanhamento, que tragam sai-as, mantos ou mantilhas curtas, à moda do Porto, qual mais quiserem e assim se desterrar este abuso culpá-vel...

«Além disso falam uma linguagem, que é mis-tura de todos os idiomas e gírias, imperceptível aos que não são criados no país, por culpa dos maridos e pais de família, que há dois séculos não cuidaram em introduzir o idioma português correcto, sobre o que vou trabalhando, por ser esta coisa aquela em que cuidam todas as nações em seus domínios.

«[...] Finalmente tenho de expor a V. a Majes-tade., que depois que vieram os estrangeiros residir em Macau, tem entrado muito o luxo no fato e nas mesas, porque eles tiram grandes somas das Compa-nhias e fazem despesas excessivas. Os mais que as não podem fazer continuamente, por força as fazem nos casamentos, nos anos e nos baptizados de seus filhos, empenhando-se quando não podem para isso, porque só em vinho de todas as castas é um gasto extraordinário e isto, também, concorre para se arrui-narem os Moradores. Eles o conhecem e desejam evitá-lo, mas reparam no costume e estimariam as leis, como as de 2 de Abril e 5 de Maio de 762.

«Só V.a Majestade pode remediar este dano e ao mesmo tempo evitará, em serviço de Deus, muitos pecados da gente e da ebriedade... Se V.a Majestade achar que convêm os remédios destes danos mandará o que for servido[...]»

Em diplomas legais de 1755 e 1758 haviam já tentado regularizar alguns desses assuntos, mais em particular, na questão das «bichas» libertando-as do que não passava, afinal, de escravatura disfarçada, mas os resultados nada tiveram de animador, confor-me, também para El-Rei, o mesmo Bispo comenta-ria:

«Saíram (as bichas) logo das casas dos Senho-res e não tendo de que se sustentarem, aplicando-se a um ócio inexplicável e incrível, foram expostas a ví-cios e pecados, de sorte que o número destas mulhe-res é incompreensível.

«Elas foram atraindo e prevaricando outras na-turais do país, pela liberdade com que os estrangeiros despendem. Vão às suas casas a toda a hora, com o título de pedirem esmola e lá ficam dias e meses ou algumas vezes vivendo descaradamente como se fos-sem casadas...

«Escrevi ao Governador desta cidade, para em conformidade com as leis e decretos mandar publicar que nenhum pedisse sem aquelas circunstâncias (ser cego, aleijado ou impossibilitado de trabalhar).

«Fiz um édito proibindo que as mulheres que fossem menores de 25 anos e indo daí até aos 40 anos se abstivessem de andar a pedir pelas portas, pelos pecados que por isso iam cometer.

«E escrevi à Mesa da Santa Casa de Misericór-dia rogando que não dessem sua esmola de um tostão duma só vez, porque me constou que mais se valiam de suas parentes, comadres, conhecidas, amigas ben-feitoras para lhes emprestarem as bichas e criadas, as quais levavam consigo a tomarem esta esmola por sua utilidade.

«Além disso alugavam meninas chinas para as levarem consigo, ou ao colo, para receberem a dita esmola e o mais é que fingiam vultos e levavam ani-mais, debaixo das «saraças» ou panos pretos, para dizerem que eram crianças a tomarem a esmola para eles. Nesse mesmo número se introduziam atais, que são chinas, mas do género masculino, que iam vesti-dos de mulher contra a lei, a receberem a esmola por utilidade daqueles que os levavam na sua companhia, porque em todo o tempo trazem o rosto muito tapado e só se descobrem estas coisas por descuido, como tudo aconteceu[...]»

(Arq. Hist. Col.).

O Governador António Carneiro de Alcáçova, quando provedor da Misericórdia fizera, do mesmo modo, chegar ao Senado a sua voz queixosa:

«Agora a pobreza e a ociosidade têm enfermado quase mortalmente o elemento feminino desta cidade. É tempo mais próprio de se reparar não se difunda esse pestilencial veneno da desonestidade, consequência daquela premissa e oxalá não tiveramos motivo para chorar com lágrimas de sangue o muito que nos escandalizamos neste particular[...]».

Outro Governador e capitão-geral Diogo Fernandes Salema de Saldanha em resposta ao Bispo D. Alexandre sobre esse «mal», que considerava «ainda remediável», escreveria:

«Com grande mágoa e sentimento me tem chegado à notícia a maior parte das escandalosas desor-dens que se notam na mocidade feminina desta cida-de...

«Para de algum modo as evitar com terror e castigos, tenho mandado para Timor em duas sucessi-vas monções algumas pessoas de ambos os sexos, que com perversidade de seus péssimos costumes, ou fa-ziam públicos exemplares de todas as maldades, ou com diabólicas persuasões pervertiam por seus inte-resses as que viviam honestamente.

«Alguma emenda resultou desta resolução... porém, como é grande o número de mulheres pobres que há, e maior a miséria ou a indigência que as oprime, sempre as mesmas desordens se observam continuamente.

«[...] Já o ano próximo passado, por saber, com certeza que, de empenharem as mulheres neces-sitadas, ou na ausência de seus maridos, ou na viuvez e desamparo, os seus trastes e jóias com o penoso ganho de 36% e o tirano ajuste de tudo perderem faltando à satisfação da dívida no termo, parece, que de 3 anos, seguindo-se destas vexações o sujeitarem-se elas com violência aos gentios, com desdouro da nossa Santa Religião, fiz com o Senado desse a dois Moradores abonados a quantia de 4 000 taéis a 5%, para que eles fossem obrigados com penhor, só com o lucro dos mesmos 5%, proibindo com pena de prisão por um édito o levar penhores às ditas casas e boticas chinas.

«São estes os meios únicos que pude descobrir, para ao menos os males não serem tantos[...]».

(Arq. da Câm. Ecl. — Macau).

AS MUITSAI

Peter Mundy escreve: «A classe mais pobre dos chineses vende as crianças para pagar as suas dívidas ou para se sustentarem a si mesmos (o que, segundo parece, é algum tanto tolerado aqui), mas com a condi-ção de as alugar ou guardar como criadas até aos 30,40 e 50 anos, e depois restituir-lhes a liberdade. Algumas vendem-nas sem condição alguma, trazendo-as embru-lhadas num pano secretamente durante a noite, e dei-xam-nas por 2 ou 4 taéis por peça. »51

Tais raparigas eram as muitsai.

O Pai dos Cristãos, que era o protector dos cristãos chineses, interferiu em 1715 neste negócio das muitsai, soltando algumas. O Senado queixou-se ao vice-rei da Índia e este censurou o padre.

C. R. Boxer relata: «Como o escândalo conti-nuava rompante, El-Rei D. João V ordenou ao vice--rei da Índia em 1715 que proibisse os capitães de navios de embarcar muitsai em Macau para outros portos, quer Goa ou outros portos, sob pena de seve-ros castigos. O Vice-rei replicou que ele cumpriria as ordens; mas ele ousava advertir que estas raparigas eram de duas categorias. Aquelas que eram naturais de Macau seriam certamen-te proibidas de sair de lá; mas não estava tão certo acerca daquelas que havi-am nascido na província de Kwantung, que eram com-pradas quando tinham ape-nas um ano ou oito meses de idade a pais sem um avo, que de contrário as matariam como crianças indesejáveis. Acrescentava que em teoria concordava em que estas crianças não deveriam depois ser trata-das ou vendidas como es-cravas, mas notava que se não se permitisse este ele-mento de lucro, não have-ria quem comprasse estas almas que assim se perderi-am. Concluía admitindo que o problema era demasi-ado melindroso para ele de-cidir e pedia ao rei que re-flectisse nele mais madura-mente e tomasse uma deci-são. »52

O vice-rei Vasco Fernandes César de Meneses ordenou que se não embarcasse para fora de Macau moça ou menina china. O seu sucessor D. Luís de Meneses, Conde de Ericeira, renovou essa proibição, «não se entendendo com as meninas moças que não passarem de sete a oito anos». Não era, pois, proibido levar para fora de Macau meninas até 8 anos de idade.

Além destas raparigas chinesas, havia também as timorenses e indianas que eram compradas nas suas terras, trazidas para Macau e aqui entregues à prostituição. D. Frei Hilário de Sta. Rosa, bispo de Macau (1739 - 1752), numa representação dirigida ao rei em 1747, lamenta53:

O arrábido Frei Hilário de Santa Rosa, bispo de Macau que mais se notabilizou no combate em prol da condição das mulheres menores.

«— Sr. — Representa a v. mag... o bispo de Macau, que estando prelado naquela diocese ha 6 anos e achando-a como mata brava conciliou com a brandura toda a actividade do seu zelo por ver se podia subordinar as menos indomitas e reduzir ao ca-minho de Deos os mal morigerados... Observando nas visitas annuais a nimia dis-solução e perdição de mu-lheres, das quais como a cidade só sua está cheia a de Macau, sabendo que por Timor e outras nações indianas entrava naquela terra esta peste igualmente comunicada a pessoas cris-tãs e gentias, tomando pri-meiro parecer de pessoas antigas e reputadas por graves em a terra, se resol-veu com os olhos em Deus e no bem comum a expedir uma pastoral proibindo, com pena d'excomunhão que pessoa alguma sem aprovação e licença sua trouxesse timoras ou ou-tras mulheres de fora para a dita cidade cheia delas, o que no primeiro ano se to-lerou, mas no segundo se lhes (oppôs?) o senado da camara tomando-lhe satis-fação disto por uma carta preguntando-lhe se tinha alguma ordem de v. mag. para o poder fazer; ao que respondeu que quando v. mag. o elegera bispo e o papa o confirmara, ambos lhe deram autoridade e poder pôr leis e reformar os seus subditos, no que entendesse conduzia para o seu bem espiritual, como fazia na dita proibição, não só por evitar de algum modo tantos pecados de miseria, mas por estorvar outros momentos de malicia, com terriveis consequencias de restituições a que estavam ligados, trazendo Timores furtados enganados, com-prados e trocados por fazendas, fazendo-os escravos e a seus descendentes por autoridade propria toda a vida, vendendo-os em praça publica contra as leis e decretos, sendo pessoas livres por natureza... da r. co-roa de v. mag. e não ocorrendo caso algum em que as leis apontam se possa fazer algum escravo. Quase da mesma sorte tem procedimento (sic) a gente de Ma-cau com as chinas suas naturais, comprando-as em pequenas por limitado preço (dizem que para as fazer christãs), e depois de baptizadas e adultas as cativam e reputam suas escravas por 40 anos sem lei que per-mita, comprando-as, vendendo-as e dando-lhes (ainda com ferros como escravas) bárbaros castigos, preci-sando-as a fugir para o gentilismo ficando herejes: ao que acudindo o prelado como pai e pastor ou protector das pessoas miseráveis, tirando-as para outras casas ou depositando-as lh'o não querem consentir, e porque nas ditas matérias as apresentam a v. mag. (junta) com mais clareza duas propostas. Pede que mandando exa-minar essas propostas, v. mag. resolva. »

A carta régia de 20 de Março de 1758 declarou que o bispo de Macau não tinha competência para proibir a entrada na cidade de mulheres timorenses.

D. Bartolomeu Manuel Mendes dos Reis, bis-po de Macau (1752 - 1772), que sucedeu a D. Frei Hilário de Sta. Rosa, dirigiu também uma representa-ção ao rei acerca das raparigas chinesas e timorenses. O rei respondeu assim a 30 de Março de 1757:

«Juiz, Vereadores da Camara de Macáo. Eu ElRey vos envio muito saudar. O Bispo dessa Diocese me reprezentou o injusto cativeiro que padecião os chinas, e Timores; a oppozição, com que vos intentasteis sustentar a introdução das mulheres das mesmas Naçoens nessa cidade contra a prohibição de huma sua Pastoral; e as escandalosas vexaçõens, que algumas pessoas fazião às escravas impedindo-lhes o uzo livre dos Sacramentos da Igre-ja, permittindo-lhes somente em certos dias a seu arbitrio. E dezejando Eu evitar as perniciozas consequencias, que poderão rezultar desses procedi-mentos: sou servido ordenarvos que, sendo-vos re-querido pelo Bispo dessa Cidade o meu Real auxilio, para castigar aos que obstinadamente impedirem às escravas a observancia dos preceitos Divinos, e Ecclesiasticos e o frequente uzo dos Sacramentos da Igreja, lhe deis todo o auxilio, que as circunstancias dos cazos requererem. Quanto porem á escravidão, e introdução das Chinas, e Timores sou outro sim servi-do, que emquanto Eu não der a competente rezolução, se conservem no mesmo estado, em que se achavão antes da publicação da Pastoral do mesmo Bispo. Tende-o assim entendido, e cumpri-o exactamente. Escrito em Belem aos 30 de Março de 1758 — Rey».

D. Alexandre da Silva Pedrosa Guima-rães, bispo de Macau (1772 — 1789), que suce-deu a D. Bartolomeu dos Reis, diz que durante o seu governo, castigou os raptadores de donzelas com pretexto de casamentos, com o que segurou a honestidade das casas54.

D. Marcelino José da Silva, bispo de Macau (1789 - 1803), continuou a luta contra a dissolução, como ele conta em ofício de Janeiro de 1793 ao go-verno da Índia:

«Confesso a v. e. que me tenho enchido de horror vendo homens menos sensiveis que os mesmos brutos e sem temor das leis divinas e humanas, que fazem contracto de suas proprias mulheres alugando--as a varios estrangeiros que aqui residem, e a outras pessoas que dellas se queiram servir e abusar. O mes-mo praticam muitos pais e mães com suas filhas e criações (chamam assim as raparigas que tomam da misericordia ou compram aos chinas em tempo de fome e carestia); os tios e irmãos com suas irmãs e sobrinhas, e isto com tanto descoco e descaramento que já houve marido que chegou a tirar a espada e a querer brigar com um estrangeiro, porque uma noite lhe não quiz aceitar a mulher que ele tinha ido offerecer... Eu tenho procurado evitar todos estes escandalos e desordenados procedimentos por meios brandos e suaves, pregando e mandando pregar contra tão abominaveis vicios e desordens, fazendo admoes-tações e correcções gerais e particulares, para o que com ajuda de algumas pessoas pias e zelosas da honra de Deus e da nação portg, aluguei umas casas (Reco-lhimento de S. Maria Madalena) nas quaes tenho mandado recolher algumas destas mulheres mais fa-mosas e publicamente escandalosas, para ali as admo-estar, corrigir e ensinar-lhes a doutrina christã, o que algumas vezes tenho feito por mim mesmo, e o faço um dia de cada semana pelo r. p. m. Vila55, e com efei-to algum fructo tenho colhido, se bem que não é tanto quanto eu desejava e pudera ser, se não houvera al-guns obstaculos que me tem embaraçado o recolher na dita casa, todas aquellas que o merecem e proceder na forma que determinam os s. canones e as nossas ordenações, contra os sujeitos que fomentam e patro-cinam semelhantes desordens e prostituições»... Enu-mera depois o bispo os obstáculos que se lhe antolhavam, dizendo que, como as casas dos estran-geiros se reputavam isentas e sagradas, eram verda-deiros alcouces, aonde se não podia penetrar; as mancebas deles saíam de lá nos sábados à tarde para ouvirem missa no domingo de manhã, recolhendo-se de tarde aos mesmos alcouces. Ao verem, porém, que o bispo as mandava prender e meter no Recolhimento de S. Maria Madalena, essas amásias não se atreve-ram a sair mais. Entre os militares havia também al-guns bastante desbragados, citando, entre outros, um José Soriano e um Joaquim Machado, capitães e co-mandantes de duas fortalezas, infames proxenetas em negócios prostibulares; estes mesmos e todos os mais oficiais da guarnição, à excepção dos 2 sargentos--mores, o tenente José António Roldão e Cristóvão José Morais, reputavam-se isentos como os estrangei-ros, prometendo espancar e até matar os oficiais da justiça eclesiástica, caso tentassem prendê-los, o que aconteceu com o furriel João dos Remédios, que re-sistiu a esses oficiais, quando lhe iam prender a sua irmã e uma sua manceba, ambas públicas meretrizes; ao ver isto, o Comandante da Fortaleza de S. Francis-co, João da Costa Brito, casado, readmitiu em sua casa uma mulher alheia e também casada, com a qual já escandalosamente vivera e que lançara fora com medo das ameaças do prelado. O bispo pedia, pois, providências.

Como se vê, as reclamações do zeloso prelado só em parte foram atendidas, ordenando-se-lhe ainda que desistisse do Recolhimento de Sta. Maria Madalena. O bispo ainda recorreu para o Governo de Lisboa, mas foi indeferido o seu recurso, dando-se razão ao Ouvidor da cidade de Macau Lázaro da Silva Ferreira, que alegava que o bispo não podia recolher na casa de correcção pessoa alguma sem lhe remeter os autos da culpa. Em face disto, o bispo só tinha um caminho a seguir: — retirar-se, uma vez que as auto-ridades civis se opunham à obra que ele criara para a reforma dos costumes.

A dissolução continuou por muitos anos. Uma das causas era a vida ociosa que levavam alguns mo-radores de Macau que, para viver, prostituíam as pró prias filhas e mulheres sobretudo com os ricos comer-ciantes estrangeiros. Por isso, o príncipe Regente pro-mulgou o seguinte alvará, aos 26 de Março de 1803:

«8. ° Como, porém, na dita cidade ha muitos vadios e pessoas ociosas que não embarcam; e, des-prezando os meios honestos, para poderem viver, se entregam desordenadamente a jogos prohibidos, per-dendo n'elles o que não têem, vivem amancebados e praticam outros vicios detestaveis de lenocinio, perdi-ção das proprias filhas e mulheres: manda que n'este caso proceda o ouvidor a prisão e summario de teste-munhas ex-officio, ou por denuncias que lhe sejam da-das, e ouvidos os réos em termos breves os sentenceie em junta e faça executar logo as ditas sentenças.

«Mas, sendo os réus moradores, dos que têem esse privilegio na dita cidade, por serem da governança d'ella, lhes dará livramento em fórma ordinaria para depois serem sentenciados na dita jun-ta, como for direito, tendo o mesmo ouvidor a necessaria consideração no caso de achar comprehendidos alguns dos estrangeiros das compa-nhias ingleza e hollandeza, que se toleram, em regular de modo o seu procedimento com elles, que nem se comprometta o governo, nem se arrisque a gravidade e respeito que devem ter a justiça e a observancia das leis estabelecidas n'aquella colonia — Dado em Lis-boa aos 26 de Março de 1893 — (assignado) O principe regente. »

RECOLHIMENTO DE STA. MARIA MADALENA

Vejamos como o protestante Ljungstedt se re-fere ao Recolhimento de Sta. Maria Madalena com a sua costumada língua viperina no Historical Sketch:

«Baseando-se em antigos documentos, um Vigario Geral Antonio Joze Nogueira julgou que ti-nha direito de encarcerar todas as mulheres que elle julgava, escandalozas, por sua conducta. A idea foi seguida (1791) pelo bispo D. Marcelino Joze da Silva.

«Calumnias de inimigos invejosos, ou denun-ciantes, avarentos, erão attendidas. O carcere episco-pal, com o titulo de Asylo de Sta. Maria Magdalena, encerrou muitas mulheres, cujos crimes nunca foram provados e só «ad libitum» do Diocesano. Os bens das recluzas forão mal administrados. De ordinário não se fazia inventario; ninguem se fazia responsavel com ordem a evitar os males, e a servir os bens p. a entregar às que sahissem da prizão. Esta negligencia indesculpavel deixava, as que erão soltas, por arre-pendimento, contrição, ou fervor sem os meios de vida, e obrigava muitas das pobres creaturas a subme-ter-se a hum modo de vida, que havião aprendido a odiar. As encerradas vivião sob a inspecção espiritual do Vigario de S. Lourenço, e nas cazas domesticas sob a direcção de huma mulher que lhes ensinava a fiar, cozer.

«O Producto do seu trabalho sendo insuficiente para a manutenção das recluzas, enchia-se o deficit, com contribuições gratuitas de outros cidadãos.

«Este imperium in imperio continuou até 12 de Março de 1800, em que o Principe Regente o dissolveo por huma Provizão».

O embaixador inglês Sir George Staunton, que visitou Macau em 1793, refere-se da seguinte maneira ao bispo D. Marcelino, que ele conheceu pessoalmente:

«O bispo, prelado digno mas com preconcei-tos, tem influência no governo; e pelas suas medidas e exemplo, contribuiu para dar um tom de devoção e observância religiosa à grande maioria do povo, cujas preocupações são unicamente materiais.

«Há três mosteiros e um convento de cerca de quarenta freiras56. O mesmo número mais ou menos de mulheres de vida fácil vivem internadas57, e só podem sair de lá para se casar. Nota-se um contraste impressionante entre a indústria azafamada e inces-sante dos chineses e a indolência dos portugueses, passeando pelo largo do Senado no intervalo das matinas até às vésperas»58.

O PAI DOS CRISTÃOS59

Tinha este nome o missionário incumbido dos chineses que se convertiam; este tomava paternal ca-rinho por estes conversos. Todos os cristãos chineses ficavam assim debaixo da jurisdição e vigilância deste padre, que defendia os seus interesses espirituais e até materiais. Como os jesuítas se incumbiam da conver-são dos chineses, o «pai dos cristãos» era um jesuíta. A acção do pai dos cristãos exerceu-se, sobretudo, con-tra a escravatura, que em Macau se começou a prati-car logo após a sua fundação.

De Macau, exportavam-se para Manila, Malaca e Goa escravos japoneses e chineses; as escra-vas chinesas eram conhecidas pelo nome de muitsai60.

Relatando os labores apostólicos dos jesuítas em Macau em 1562, o Pe. Francisco de Sousa escre-ve: «Embarcaram-se para a India mais de quatrocen-tas escravas de preço; e na ultima nao que partiu para Malaca, se embarcaram ainda duzentas»61.

Couto refere-se ao desaforo dos mercadores que vão de Macau para Manila e Goa, «carregados de moças alvas, e fermosas, com quem estão muitos annos amancebados. »62

Já em 1520, D. Manuel proibira que se levas-sem para a Europa escravos de qualquer sexo.

Legislando para as três dioceses portuguesas do Oriente (Goa, Cochim e Malaca), o primeiro Con-cílio Provincial de Goa, celebrado em 1567, decretou na «Acção Segunda» que «nenhum infiel possa ter escravo fiel»; e que, se algum escravo de qualquer infiel se fizer Cristão, da mesma maneira fica forro. Este Concílio não fazia mais que confirmar um decre-to régio datado de 1533.

Na «Acção Quarta», o mesmo Concílio decre-tava: «Por se ter informação que algumas pessoas com pouco temor de Deus vendem os moços da terra forros que lhe dão para se servirem delles, ordena o Concílio que o pay dos Christãos tenha hum livro em que escreva os nomes dos taes moços, e das pessoas a quem se dão, e o tempo em que lhe foram dados, para sempre se saber delles; e manda a toda a pessoa que souber quem comette este delicto, o denuncie ao pre-lado para nisso prover, e reserva aos ordinários, a absolvição deste pecado. »

Em Março de 1571, D. Sebastião proibiu a aquisição de escravos japoneses, sob pena de confis-cação dos bens dos culpados. O vice-rei de Goa, Matias de Albuquerque, por alvará de Março de 1595, disse que tendo-se os chineses queixado de que os portugueses de Macau raptavam ou compravam chi-neses, quer para criados de servir quer para os expor-tar como escravos, proibia, sob pena de 1000 cruza-dos, tal prática; além da multa, os culpados seriam encarcerados por dois anos na fortaleza de Damão. Este decreto deveria ser promulgado em Goa, Malaca e Macau. Outro alvará de Janeiro de 1599 proibia, sob severas penas, infligir torturas aos escravos.

O quinto Concílio de Goa, celebrado em 1606 sob a presidência de D. Frei Aleixo de Meneses, le- gislava na «Acção Quarta» que, sob pena de excomunhão, que ninguém podia «açoutar escravo al-gum com rota, ou costura de sola crua ou com artificio algum de fogo, ou ferro abrasado, ou pingos de qualquer materia».

Em 1725, o arcebispo de Goa, D. Inácio de Sta. Teresa, queixava-se amargamente da crueldade dos senhores para com seus escravos...

O Ouvidor de Macau, Manuel Luís Coelho, queixou-se ao rei de que o bispo dominicano de Ma-cau, D. Frei João Pinto da Piedade, o molestara «com palavras e censuras, por proibir que se enviassem por veniaga a Manila moços e moças furtadas em Cantão, dizendo que com lhe impedir a venda d'esta gente, lhe proibiu o sacramento do baptismo»63.

Se é verdade o que afirma o Ouvidor, este pre-lado foi uma excepção, pois que todos os bispos de Macau se insurgiram contra a escravatura. Nesta luta distinguiram-se sobretudo os jesuítas, que são respon-sáveis pela lei de Fevereiro de 1624 proibindo que, sob nenhum pretexto, se fizessem os chineses escra-vos.

Em 1715, o Pai dos Cristãos intrometeu-se neste negócio, promulgando que «nenhuma pessoa dahi em diamte pudefse comprar escravos chinas, fem fe fazerem perante o mesmo Pe. Pay dos Christaons clarifssimas diligencias». O Ouvidor da cidade escre-veu ao rei em 22 de Janeiro de 1716 contra esta inter-venção; e o rei D. João V escreveu ao vice-rei da Índia, dizendo: «Não concintais fe intrometa o d.o Pe. Pay dos Christaons, na liberdad.e dos Chinas»64.

Apesar desta reprimenda contra o Pai dos Cris-tãos, o mesmo rei ordenava ao vice-rei em 1715 que, sob severas penas, proibisse aos capitães de navios embarcar em Macau as muitsai para Goa ou qualquer outro lugar.

C. R. Boxer diz com razão: «Os campeões mais eficazes das muitsai eram ainda os jesuítas. Um missionário português, de longa permanência na china, chamado Caetano Lopes, procurador da Mis-são em Roma aí por 1730, redigiu um apelo desapai-xonado em favor delas, que parece ter produzido al-gum efeito. Não quer isto dizer que os jesuítas esti-vessem sós nesta obra humanitária, pois um dos mais proeminentes a condenar este vicioso sistema na sua raiz e nas suas ramificações foi o bispo franciscano de Macau, D. Frei Hilário de Sta. Rosa, que governou esta diocese de 1742 a 1750. »65

Em 1747, este prelado informava o rei de que ele proibira, sob pena de excomunhão, «que pessoa alguma sem aprovação e licença sua trouxesse Timores ou outras mulheres» para Macau. O Senado opôs-se a esta medida; e a carta régia de 20 de Março de 1758 declarou que o «bispo de Macau não tinha competência para proibir a entrada na cidade de mu-lheres timores»66. Mas, na mesma data, D. José I pu-blicava um decreto abolindo a escravatura e o cargo de Pai dos Cristãos; as atribuições deste eram transferidas para a autoridade civil; e todas as muitsai deviam ser soltas dentro de 24 horas.

O ministro responsável por este decreto verda-deiramente libertador foi o marquês de Pombal que, pouco depois, expulsava de Portugal e de todos os seus domínios os beneméritos filhos de Sto. Inácio.

OS CHINAS EM MACAU

Percorrendo os Arquivos do Senado, aparecem ali frequentes referências aos chinas em Macau.

A3 de Junho de 1690, o procurador expôs que o mandarim de Heung-Shan remetera uma chapa dos mandarins de Cantão, ordenando que «os Cabeças da Rua dessem p.r lista todos os Chinas assistentes nesta Cid.e em Challes, Boticas, e Gudoens dos Moradores, e q' de cada dez pessoas nomeasse hum, q' fosse Cabeça, p.a dar conta dos mais todas as vezes, q' lhe pedissem e q. se dessemos nomes de todos os nossos moradores, q' em seus Gudoens recolhem Chinas, p. a darem conta delles».

Os oficiais do Senado, para evitar questões, resolveram que se dessem as listas dos chinas das lojas e que os portugueses expulsassem de suas casas aqueles que lá viviam67.

A 6 de Fevereiro de 1692, determinou-se que qualquer china ou escravo que andar pela Cidade sem lanterna depois do toque do sino da Câmara, será pre-so; qualquer china, que estiver na cidade, sem o seu nome estar registado no livro que se fez em 1691, «será prezo, e entregue a seus Mandarins p..r gente roim». Nenhum morador de Macau poderá alugar as suas boticas a chinas, cujos nomes não estejam registados no dito livro. Quanto a cúlis só ficarão 30 na cidade para serviço68.

A 21 - 6 - 1798: o procurador Filipe Fróis de Quadros comprara e baptizara um mocinho chinês; mas os mandarins exigiram que este fosse entregue a seus pais e assim se fez69.

A 1 - 4 - 1703, para evitar questões com os mandarins, o Senado resolveu que se vendesse por 21 patacas uma criada chinesa que ficou em Macau por morte do seu patrão, Diogo de Melo70.

A 14 - 7 - 1703, impôs-se a multa de 100 taéis de prata a quem quer que vendesse para fora de Ma-cau criadas ou criados chineses.

A 21 - 5 - 1703: trata-se de saber como evitar o dano que há «p.r causa de multidão dos chinas, que entre nós vivem nesta d.a cidade, derramados p.r mui-tas casas, chales, e boticas, sendo a assistencia delles conhecidamente p.r tão damnoza». Deram-se poderes ao Senado para expulsar os chinas conforme enten-desse71.

O Vice-rei da Índia dirigiu ao Senado várias cartas sobre os Chinas em Macau:

Carta V. R. 29 - 4 - 1711: Para evitar os chinas na cidade de Macau, «lhe não consinta com-prem nelle cazas».

6-5-1714: Cuidado com os chinas «sobre ficar essa Cid.e livre da multidão delles».

Dezembro de 1718: há ordem de não vender casas aos chinas e cumprir-se-á, mas é difícil resgatar as que foram vendidas. O Senado propõe-se regastá--las ele próprio72.

A 17 - 6 - 1717: O Senado propõe queixar-se ao Vice-Rei de Cantão que os mandarins se intrometi-am no Governo de Macau, «como he o probirem o lançar-se os Chinas das boticas fora, que supomos serem prejudiciaes nesta Cid.e, com os roubos, que commetem»73.

A 7 - 5 - 1718, o Vice-rei da Índia proibe se vendam casas aos chinas; as que eles tiverem compra-do, procurem os portugueses rehavê-las.

Igual ordem recebera o Senado repetidas ve-zes, mas não tinha força para a executar. Em 1713, respondeu o Senado ao V. R. que não podia evitar «a multidão dos Chinas q' há nesta Cidade... em razão da grande fome q' geralmente padeceo toda esta Chi-na, occazião em q' se não pode com tal gente bolir p.r serem taes, q' se matao p.a q' seus filhos, e parentes tenhão q' comer».

Em 1743, o mandarim de Heung-Shan, escre-via: «No lugar de Macau vivem os chinas misturados com os europeus...

«Achei que ali habitavam há 200 anos, do tem-po de outros Imperadores e serão homens e mulheres 3 para 4 mil pessoas, todos debaixo de governo do Procurador de Macau, o qual os castiga, segundo as leis da Europa, com esta diferença, que se o crime é grave põem o réu em cima dum pau alto e dando fogo a uma peça de artilharia o lançam ao mar. »74

Em 1752, foi tal a avalanche de refugiados em Macau que o Senado se viu em sérios apuros para sustentar tanta gente, como se vê do seguinte termo do Conselho Geral de 6 - 5 -1752:

«Pretendendo este Senado acudir, e remediar de algum modo a urgente necessid.e, q' padecem nes-ta Cid.e tantas mil almas, sem terem as mais dellas com q'. passem ainda mizeravelm.te a sua vida; e como se veja impossibilitado, como a todos he notorio, pois se acha empenhado em vinte e tantos mil taeis, ao m.mo tempo que ha poucas esperanças de se poder dezempenhar, se Deos N. Senhor não applacar a sua Divina ira contra esta atenuada Cid.e; e sabendo todos q' não pode haver meio mais eficaz, e obra mais meritoria, e de agrado p.a com o m.mo Se-nhor, do q' he socorrer os pobres dezemparados, p.a q' estes não acabem a sua vida p.r causa do sustento cotidiano... de nenhum modo convinhão em q' se pusesse pensão de foro sobre cazas, chales e Boticas... deo o Sr. Govd. or e Cap. m João M.el de Mello 30 taeis, e o Senado 50 taeis, o Rd.o Pe. Luis de Sequeira V. Prov.74 da China o menos 50 taeis, e os mais Rd.os Prellados ficarão de dar a resposta de q.to poderião dar, e Simão Vict.e Roza 100 taeis, e o Vereador do mez (Bernardo Nogueira Carvalho da Fonseca) 20 taeis, e nenhum dos mais deo coiza alguma».

1 - 10 - 1773: Carta do Capitão Geral de Ma-cau, Diogo Fernandes Salema de Saldanha para o Se-nado cumprir com as ordens superiores de resgatar as casas hipotecadas por alguns moradores aos chinas, e para notificar aos prelados dos conventos para não continuarem a aforar terrenos aos chinas que fazem neles casas75.

12 - 9 - 1773: Carta do mesmo para o Senado informar se citou os donos das casas hipotecadas aos chinas para as resgatar em tempo determinado.

20 -11 - 1773: Carta do mesmo pedindo uma lista dos eclesiásticos e seculares que têm aforado ter-renos aos chinas e o prazo que lhes marcou para os mesmos registarem as casas que foram construídas neles pelos chinas.

7 - 1 - 1774: Carta do mesmo insistindo na lista dos eclesiásticos e seculares, cujos terrenos este-jam aforados aos chinas.

14 - 9 - 1774: Carta do mesmo sobre o mesmo assunto.

No Conselho Geral do Senado de 9 - 1 - 1773, relata-se que um mandarim de Heung-Shan veio a Macau em busca dum inglês, que assassinara um china. O Senado consente nessa busca e diz «que a poderia fazer p.r aquelles chinas que ficão p.r aquellas bandas do Mato da Penha, principalm.te por aquelles que morão nas cazas que forão do P. Joze Gonsalves».

Mais uma vez se mostra que os chinas moravam dentro da cidade.

A 9 - 8 - 1777, assentou-se dar cumprimento à ordem do governador da Índia «que mandou para remir as cazas dos Portuguezes alienadas aos Chinas».

Em 8 de Agosto de 1777, o bispo governador de Macau D. Alexandre da Silva Pedrosa Guima-rães escrevia:

«... É o terceiro não poder-mos resistir com força a qualquer ordem, que se houver de não cum-prir, porque os Chinas nesta Cida-de são perto de 22 000 e todos os cristãos assim velhos como moços e crianças de peito, pretos e brancos, dum e doutro sexo, não chegarão a 6 000 e muitos fracos.

«O Imperador num instante meterá nesta Cidade, de improviso, tantos Chinas, que lançando cada um neste rio só um sa-pato, fariam entupir a barra»76.

21 - 8 - 1778: Carta do Gover-nador sobre desfazerem em termos há-beis as vendas de casas aos chinas e não consentir que eles edifiquem as novas, chales ou boticas77.

Nas Cartas escriptas da India e da China, 2.a edição, Lisboa, 1847, dizia José Inácio de Andrade que em Macau não havia pedreiro, carpinteiro, etc., que não fosse chi-nês: «Accresce a isto, não haver n'esta cidade padejo, mercearia, ou taberna, que não seja dos chinezes: os donos, e os artistas, ao verem anexar um edital em nome do imperador, para que deixem a cidade, bastam vinte e quatro horas, para de 18 000 chinezes não ficar um em Macau.

«Que fará n'este caso o capitão geral? Onde irá buscar alimento, para quatro mil e quinhentas pessoas? »

Citamos este trecho apenas para mostrar que, 70 anos mais tarde (1777 - 1847), a popu-lação de Macau pouca diferença fazia da do tempo de D. Alexandre78.

PADRES DESCENDENTES DOS CHINESES

Como os Arquivos da Câmara Eclesiástica não vão além do século XVIII, não podemos avançar muito. Mas note-se que vários destes padres nasce-ram na 1.a metade do século XVIII, sendo chineses os seus avós, o que mostra que no século XVII havia cruzamentos luso-chi-neses. Tiramos estes dados dos processos das ordenações dos eclesiásticos.

1. Chantre Francisco Vaz, n. entre 1690 e 1700, filho de José Vaz e de Inácia de Mesquita, de Macau, n. p. de André Vaz, de Goa, e de Maria do Rosá-rio, chinesa.

2. Pe. Francisco da Rosa, n. a 3 -10 - 1698, filho de Pascoal da Rosa, natural do Pico, e de Maria Soares, de Macau, neto paterno de Manuel de Ma-tos e de Isabel da Rosa, e materno de pais incógnitos. Estes pais incógnitos devem ser chinas gentios.

Imagem de Nossa Senhora da Conceição, em madeira policromada. Trabalho sino-português, do século XVIII (?). (Col. Pe. Albino P. Borges).

3. Pe. Inácio Pereira, n. a 31 3 - 1701, filho de Urbano Pereira e de Natália Nunes, neto paterno de Jor-ge Nunes e de Susana Rodrigues, ambos chinas e materno de avós chinas gentios.

4. Pe. José de Almeida, n. a 10 - 7 - 1702, filho de António Almeida e de Ana Pereira, n. p. de Mateus de Sousa, natural da China, e m. de Camilo Pinto e de Regina Pereira, naturais da China.

5. Pe. António Fróis, n. a7-7-1711, filho de Felício Fróis e de Inácia Caldeira, n. p. e m. de chinas gentios.

6. Pe. Inácio de Macedo, n. a 9 - 1 - 1724, filho de Miguel de Macedo e de Florentina de Sousa, chineses.

7. Pe. Vicente Ferreira, n. a 11 - 5 - 1726, filho de Carlos de Abreu, da China, e de Martinho de Barros, de Macau, n. p. de chinas gentios, e m. de Filipe de Araújo e de Fulcina de Araújo, de Macau.

8. Pe. Francisco da Serra, n. a 24 - 9 - 1727, filho de Pedro da Serra e de Tomásia da Rosa, n. p. de Francisco da Serra e de Luísa de Valgonera e m. de Gaspar Monteiro e de Catarina Taveira, todos chinas gentios.

9. Cón. Luís Vicente Baptista, n. a 23 - 6 -1729, filho de João Baptista de Azevedo e de Joana Correa, n. p. de Baltazar de Azevedo e de Maria Ferreira, e materno de chinas gentios. Joana viera da Sta. Casa, onde os pais chineses a tinham deixado; foi criada por Inês Correia, que lhe deu o seu apelido, sendo baptizada na Sé, a 6 - 11 - 1749, com 3 anos de idade.

10. Cón. João Simões de Carvalho, n. a 22 -12 - 1731, filho de Sebastião Simões de Carvalho, e de Esperança Rebela, n. p. de João Simões de Carva-lho e de Antónia da Rosa e materno de José Rebelo e de Luísa de Aguiar, ambos chineses.

O Pe. João Simões de Carvalho tinha um ir-mão, sacerdote jesuíta, que faleceu antes de 1759.

11. Pe. José Pinto, n. a 2 - 1 - 1733, filho de João Pinto, n. a 22 - 5 - 1695, e de Maria Coelho (casados a 8 - 2 - 1724), n. p. de avós chinas gentios, e m. de Júlio da Silva e de Luísa Pinto.

12. Chantre Joaquim Soares, n. a 26 - 5 -1755, filho de Matias Soares, viúvo de Feliciana Cor-reia (que era viúva de Apolinário Ricardo), n. p. de João Soares e de Domingas Amburgo e materno de avós chinas gentios. Feliciana Correa era chinesa, cria-ção de Natália Correia que lhe deu o seu apelido; foi baptizada com 4 anos, em Sto. António, a 9 - 2 -1727 e casou na mesma igreja, a 31 - 1 - 1753, com Matias Soares, natural de Malaca, filho de João Soa-res e de Domingas Amburgo, neto materno de Fran-cisco Amburgo e duma malaia.

Francisco Amburgo era filho duma malaia, es-crava dum holandês. Foi Francisco Amburgo que doou à Missão Portuguesa de Malaca o terreno de Bunga Raya, onde foi construída a igreja de S. Pedro antes de 1710. Esta igreja é a paroquial da Missão Portuguesa de Malaca há mais de dois séculos e meio.

É interessante notar que um descendente deste benfeitor da Missão Portuguesa veio a ser Chantre da Sé de Macau.

13. Pe. Lourenço do Rosário da Cunha, n. a 9 8 - 1735, filho de Estêvão do Rosário da Cunha, n. a 9 - 8 - 1735, e de Josefa da Cunha, n. p. de Nicolau do Rosário e de Teresa Maria e m. de João Correa e de Francisca da Cunha, todos chinas.

14. Pe. Francisco de Lima, n. a 12 - 2 - 1737, filho de António de Lima e de Ursula Ribeiro, n. p. de avós gentios e m. de Silvestre de Carvalho e de Madalena Ribeiro.

15. Pe. Joaquim Lopes, n. a 17 - 8 - 1740, filho de Domingos Lopes e de Paula Lopes (casados a 28 - 11 - 1744), n. p. de João André, natural do Alentejo, e de Ursula Lopes, de Macau, e m. de chinas gentios.

16. Pe. José de Morais, n. a 6 - 11 - 1740, filho de Manuel de Morais e de Teresa Gonçalves, n. p. de Bernardo de Morais e de Antónia Rodrigues e materno de avós chinas gentios.

17. Pe. Manuel do Rosário, n. a 17 - 12 -1742, filho de Simão do Rosário, n. a 3 - 3 - 1706, e de Feliciana de Sá, n. p. de Domingos do Rosário e de Antónia de Afonseca, chineses, e materno de chinas gentios. Feliciana de Sá, chinesa, foi baptizada com 6 ou 7 anos de idade, na Igreja de N. Senhora do Ampa-ro, a 26 - 12 - 1717, pelo Pe. Manuel Quintão, S. J., recebendo o nome de Feliciana Casina de Betlina Barbosa, sendo padrinhos Pedro Leitão e Josefa Bar-bosa. Daqui se vê que os chinas recebiam os apelidos dos seus padrinhos.

18. Cón. Narciso Firmiano, n. a 26 - 9 - 1746, filho de João Molinou e de Caetana de Abreu, ambos chineses gentios. Foi este cónego que deu o nome à «Rua do Pe. Narciso».

19. Cón. Manuel da Graça, irmão do Cón. Nar-ciso Firmiano.

20. Pe. João Xavier, n. a 1 - 7 - 1747, filho de Luís Xavier e de Maria da Gama, n. a 24 - 8 - 1726, neto paterno de chinas gentios e materno de Luís da Gama e de Catarina Sarmento.

21. Pe. Francisco Esteves, n. a4- 10- 1751, filho de Mateus Esteves e de Ursula do Rosário, n. p. de Estêvão Raimundo, chinês, e de Gracia Esteves, de Macau, e m. de Domingos do Rosário, chinês, e de Rosa Fonseca, de Macau.

22. Cón. Joaquim de Morais, n. a 8 - 9 - 1754, filho de Manuel de Morais, n. a 16 - 7 - 1713, e de Teresa Gonçalves, naturais de Macau, n. p. de Bernardo de Morais, natural de Vila Flor, da freguesia de S. Pedro, e de Antónia Rodrigues, natural de Ma-cau, e materno de chinas gentios.

23. Pe. José Nicolau Ferreira Pegado, n. a 9 - 9 - 1754, filho de Francisco José Ferreira da Costa, natural de Torres Novas, e de Maria de Morais Pega-do, de Macau (casados na Sé a 13 -10- 1754), n. p. de Manuel Lopes Ferreira e de Ana Maria da Silva, de Torres Vedras, e materno de Pedro de Gouvea Pegado, de Lisboa, e de Catarina de Morais Coutinho, de Macau.

Catarina de Morais Coutinho, aliás Catarina Correa, era filha de Diogo Correa de Almeida e de Atanásia de Morais, n. mat. de Paulo de Campos e de Atanásia. Esta última Atanásia era japonesa ou chine-sa e viveu em Macau antes de 1640, o que mostra que no século XVII havia casamentos entre as duas raças.

24. Cón. Francisco José António, n. a 14 - 5 -1756, chinês, filho de José de Sto. António e de Antónia do Rosário, n. p. de avós incógnitos e m. de chinas gentios. Antónia do Rosário, chinesa, era cria-ção de Domingos Lopes; José de Sto. António era cria-ção de Regina do Rosário; casaram a 23-11-1751.

25. Pe. João Vieira Ribeiro, n. a 24 - 6 - 1758, filho de Inácio Ribeiro, chinês, e de Caetana Simões, neto paterno de Tomás Vieira, chinês, e de Clara de Lacerda e materno de Domingos Simões e de Coleta de Abreu, chineses.

Este Tomás Vieira Ribeiro, que deu o seu nome à Rua Tomás Vieira, era chinês e nasceu a 17 de Abril de 1704, sendo baptizado em casa, em perigo de vida, pelo Pe. João da Gama, coadjutor da fregue-sia de S. Lourenço.

Coleta de Abreu, criação de Nicolau Fiumes, era também chinesa, e casou em S. Lourenço, a 2 de Fevereiro de 1733 com Domingos Simões, chinês, criação de João Simões.

26. Cón. Inácio Taveira de Lemos, n. a 3 - 2 -1759, filho de Vitorino Taveira de Lemos e de Isabel Alvares, n. a 27 - 6 - 1728 (casados a 1 - 10 - 1741), neto paterno de Manuel Taveira de Lemos e de Catarina de Sequeira e materno de Francisco Álvares e de Maria Jorge. Esta Maria Jorge era filha de chinas gentios e casou em S. Lourenço a 5 - 3 - 1715, com Francisco Álvares.

27. Pe. António Barreto, n. a 14 - 3 - 1764, filho de Luís Barreto e de Ana Maria, ambos chine-ses, n. p. de João Barreto e de Mariana do Rosário e m. de Manuel de Grilo e de Esperança de Sá.

28. Pe. António dos Anjos Xavier, n. a 1 - 8 -1766, filho de Cipriano Xavier e Faustina Varela (ca-sados a 16 - 10 - 1765), n. p. de Francisco Xavier e Domingas de Abreu e materno de chinas gentios.

29. Cón. Filipe Néri de Sá, baptizado em Sto. António em 1767, filho de José de Sá e de Esperança Simões (casados a 27 - 9 - 1752), neto paterno de José de Sá e de Sabina da Conceição e materno de João Simões e de Josefa Simões, todos chineses.

31. Pe. Francisco Xavier Calado, nasceu à roda de 1770, filho de José da Costa Calado e de Maria Rosa, n. p. de Timóteo Xavier Calado e de Rosa Francisca de Viterbo, naturais de Lisboa, e materno de Luís de Moura e de Petronila Gonçalves, ambos chineses.

32. Chantre Vítor Rodrigues, n. a 18 - 7 -1827, filho de Manuel Joaquim Rodrigues e de Ana Maria Rodrigues (casados a 5 - 10 - 1810), neto paterno e materno de avós chinas gentios.

ARQUIVOS PAROQUIAIS DE MACAU

Como os arquivos de Sto. António arderam no tufão de 1874, restam-nos apenas os da Sé e de S. Lou-renço.

Seria inútil e enfadonho referir todos os casa-mentos entre portugueses e chineses registados nesses arquivos. Mas, como ultimamente se vem afirmando que estes casamentos só se realizaram a partir do princípio do século XX, vamos mostrar pelos própri-os registos a falsidade desta asserção.

O mais antigo termo de registo de baptismos da Sé tem a data de 19 - 8 - 1802. Muitas crianças ali baptizadas descendem de pais ou de avós chineses:

BAPTISMOS DE 1802-1831 NA SÉ

Rita Margarida

 

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>NOME

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>NASCIDO

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>BAPTIZADOa

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>PAIS

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt;font-family:宋体'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>AVÓS PATERNOS

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>AVÓS 

MATERNOS

Rita Margarida

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>2-6-1803

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>-

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>Francisco Ant.o

dos Remédios e Josefa da Costa.

chinas gentios.

Inácio da Costa e

  

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>Maria Rodrigues.

Ana Ant.a

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>22-8-1804

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>-

pais chinas.

Idem.

Idem.

Vicência

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>20-2-1809

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>-

Idem.

Idem.

Idem.

Francisco António

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>36 anos.

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>7-8-1803

pais chinas.

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

Rosa Maria

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>-

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>23-8-1803

   

>>   

>>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

Lucas e Francisco

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>-

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>18-10-1803

   

>>   

>>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Antónia Juliana

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>-

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>2-7-1804

   

>>   

>>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Galdino

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>-

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>16-7-1804

António do Rosário china e mãe china.

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Benvinda Rosa

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>-

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>5-8-1804

pais chinas.

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Joaquim Matias

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>-

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>21-9-1804

Pedro e Francisco nat. de Cantão.

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Manuel

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>-

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>4-11-1804

 

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Maria Isabel

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>-

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>12-11-1804

Cipriano e Marta, chinas.

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Gonçalo

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>-

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>15-11-1804

João António e Maria, chinas.

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Esmeralda Margarida

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>4 anos.

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>6-5-1805

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Guilherme

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>25-6-1804

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>2-7-1805

Lourenço Joaquim do Rosário e Isabel Maria da Cruz.

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>Jacinto José do Rosário

e Narciza

 chinas.

 

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

 Pereira de Campos.

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Rosa Angelina

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>-

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>-

chinas.

chinas.

chinas.

Ant.o Joaquim

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>7-10-1813

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>-

Idem.

Idem.

Idem.

Mateus

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>-

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>21-9-1805

pais chinas.

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

Rita Maria

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>(6 meses).

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>30-10-1805

   

>>   

>>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

Severina Ant. a

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>-

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>4-13-1805

   

>>   

>>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Lucinda Maria

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>(2 meses).

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>12-12-1805

  

style="mso-spacerun: yes"> >>    >>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Hoey João

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>-

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>16-12-1805

   

>>   

>>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Poenciana

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>(6 meses).

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>29-12-1805

   

>>   

>>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Yu Manuel

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>(33 anos).

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>5-1-1806

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Antónia

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>(16 anos).

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>8-1-1806

pais chinas.

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Florentina Rosa

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>(6 meses).

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>15-1-1806

   

>>   

>>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Petronila Antónia

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>-

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>15-1-1806

da <<Sta. Casa>>.

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Maria

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>-

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>26-1-1806

pais chinas.

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Cipriana

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>(55 anos)

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>31-1-1806

   

>>   

>>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Domingas Antónia

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>-

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>l-2-1806

    >>

style="mso-spacerun: yes">   >>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Clara

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>-

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>4-2-1806

   

>>   

>>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

João

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>-

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>4-2-1806

   

>>   

>>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Lung Manuel

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>(28 anos).

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>21-2-1806

   

>>   

>>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Josefa

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>-

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>1-4-1806

   

>>   

>>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Maria

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>(l ano).

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>21-4-1806

   

>>   

>>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Jorge Manuel

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>(19 anos).

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>23-4-1806

   

>>   

>>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

António Jorge

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>(17 anos).

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>23-4-1806

   

>>   

>>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Rafael

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>(15 anos).

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>22-5-1806

   

>>   

>>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

José

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>(13 anos)

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>24-5-1806

   

>>   

>>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Agapito

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>(59 anos).

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>19-6-1806

   

>>   

>>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Ambrósio

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>(3 anos).

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>21-6-1806

   

>>   

>>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Leocádia

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>(7 anos).

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>21-6-1806

   

>>   

>>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Ly Fulgêncio

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>(13 anos).

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>28-6-1806

   

>>   

>>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

José de Sta. Rita

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>(5 dias).

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>2-7-1806

   

>>   

>>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Ana Antónia Rosa

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>(20 anos).

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>16-7-1806

   

>>   

>>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Paula

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>(31 anos).

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>31-7-1806

   

>>   

>>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Lourenço

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>(23 dias).

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>7-8-1806

   

>>   

>>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

João Baptista

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>(10-12 d.)

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>7-8-1806

   

>>   

>>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Ana Antónia

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>(13-13 a.)

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>21-9-1806

   

>>   

>>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Ana Rita

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>(2 anos).

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>27-10-1806

   

>>   

>>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Albino

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>27-10-1806

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>-

João Baptista do Rosário e Rosa do Rosário.

 chinas gentios.

 chinas gentios.

Florêncio Clementino

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>7-11-1806

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>-

pais chinas.

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Maria

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>-

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>27-11-1806

   

>>   

>>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Ana

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>-

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>28-11-1806

   

>>   

>>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Anastásia

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>-

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>28-11-1806

   

>>   

>>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Felix

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>(28 anos.)

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>28-11-1806

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Peregrina

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>-

Vicente José Xavier e Mariana Vicência da

Joaquim Xavier Maria da

chinas gentios.

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>7-5-1807

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>Incarnação.

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

Pascal António

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>-

Inocêncio Vicente do Rosário e Ant.a Baptista.

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

António e Francisca nat. de

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>17-5-1807

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>Tunquim.

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Ana Isabel

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>-

Joaquim José de Pina e Isabel Maria.

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Joaquim José de Pina e Ant. a da

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>22-5-1807

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>Silva.

    >>

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Quintiliano António

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>29-4-1811

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>-

Manuel António da Costa e Bibiana.

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

José Francisco e Maria da Silva.

    >>

Joaquim Maria

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>26-6-1813

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>-

chinas.

chinas.

    >>

Alexandrina Josefa

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>4-  -1811

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>-

Pedro José do Rosário e Luzia Correa.

Jacinto José do Rosário e Narcisa

-

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

 Pereira.

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

António José

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>3-11-1812

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>-

Manuel José da Luz e Joana Simoa da Luz.

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Manuel José da Luz Vieira e M.a

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

-

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>Rodrigues.

-

Florêncio

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>20-6-1813

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>-

Vicente de Paulo Marques e Maria da SSma. Trindade.

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

António Marques e Luísa da Silva.

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

António Maria

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>4-9-1813

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>-

António Vicente de Noronha e Maria Quitéria.

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

José Joaquim de Noronha e Petronila

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

-

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>de Barros.

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

Constantino

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>17-10-1813

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>-

José da Costa e Inácia da Silva.

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Bartolomeu da Costa Antónia da

-

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>Silva.

-

Faustina

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>20-9-1814

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>-

João dos Remédios e Francisca dos Remédios.

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

dro e Maria (chinas).

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

António José da Silva

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

 

-

 Carvalho

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>14-4-1827

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>-

José Agostinho da Silva Carvalho e Maria Rita da Silva.

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

José da Silva e Castro e Ursula

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

Honório Joaquim

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 Baptista.

-

 Carneiro

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>23-9-1831

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>-

Joaquim Vicente Carneiro e Josefa Benedicta do Carmo.

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Vicente José Carneiro e Rita

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

 

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

 Joaquina Pereira.

-

Pe. José de Almeida

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>-

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>-

António de Almeida e Ana Pereira.

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Mateus de Sousa, chinês.

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:7.5pt'>

 

CASAMENTOS DE 1777-1784 NA SÉ

DATA

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:10.0pt'>DATA

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:10.0pt'>NUBENTES

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:10.0pt;font-family:宋体'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:10.0pt'>PAIS

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:10.0pt;font-family:宋体'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>AVÓS PATERNOS

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>AVÓS MATERNOS

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

22-9-1777

Quitéria Xavier e

Luiz Xavier e Maria Gomes

chinas gentios

Luiz Gama e Catarina Sarmenta.

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 

Vicente de Serra.

José da Serra e Maria do Rosário.

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Pedro da Serra e Tomásia da Rosa.

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

ApolÍnário Ricardo e Feticiana

 

 

 

 

Correa, nat.

30-9-1777

Mariana Pereira e

Carlos dos Remédios e Inácia Pereira.

chinas gentios.

incógnitos.

 

 

 

 

 

 

Manuel Xavier.

Crispim Xavier e Teodora da Silva.

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Vidal Xavier e Josefa Rodrigues.

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Domingos da Silva e Inácia 

de

 

 

 

 

Maia, nat. de Macau.

30-9-1777

Petronila de Barros e

chinas gentios.

chinas gentios.

chinas gentios.

 

José Joaquim de Noronha.

João de Noronha e Percila Queiroz.

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Baltazar de Noronha e Petronita de

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

incógnitos.

 

 

 

Noronha

 

22-10-1777

Ana Maria de Sequeira e

António de Sequeira e Ant.a Caldeira.

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Ant. o de Sequeira e Cristina

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Manuel Caldeira de Gouveia e

 

 

 

Lamprea.

Andreza de Sousa.

 

Manuel Carvalhães.

Matias Carvalhães e Isabel Pinheira.

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Bento de Canto e Maria da Rosa.

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

chinas gentios.

29-10-1777

Isabel do Rosário e

chinas gentios.

chinas gentios.

chinas gentios.

 

Amaro Fernandes, nat. de Goa.

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Luiz Fernandes e Ant. a de Andrade.

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Caetano Fernandes e Ana de Sousa.

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Gonçalo de Sá e Catarina 

de

 

 

 

 

Sequeira, moradores em Macau.

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

31-10-1777

Rosa de Sousa e

Criação ? de Cristina de Sousa,

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

chinas gentios.

chinas gentios.

 

 

fa. de chinas gentios.

 

 

 

Vicente Pereira, viúvo de Agostinha

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 

 

 

 

Rodrigues.

chinas gentios.

chinas gentios.

chinas gentios.

12-11-1777

Agostinha Xavier e

chinas gentios.

chinas gentios.

chinas gentios.

 

Inácio da Silva.

António da Silva e Josefa do

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

chinas gentios.

Simão de Paiva e Isabel do

 

 

Rosário.

 

Rosário.

2-3-1778

Ana da Rosa Dias, viúva de Ant.o de

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 

 

 

 

Sousa

 

 

 

 

e José Pires Viana.

chinas gentios.

chinas gentios.

chinas gentios.

29-10-1778

Ana Sequeira.

Domingos de Noronha e Catarina

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Inácio de Noronha e Clara de

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

chinas gentios.

 

 

Sequeira.

Macedo.

 

25-1-1779

Clara Francisca Soares e

Matias Soares e Feliciana Correa.

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

João Soares e Domingas de

 

 

 

 

Amburgo.

 

 

Anastácio do Rosário.

Simão do Rosário e Agueda de

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Mateus do Rosário Maria Josefa do

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

chinas gentios.

 

 

Jesus.

Rosário.

 

6-5-1779

Joana da Costa e

chinas gentios, criação de Rosa da

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 

 

 

Tomé do Rosário, chinês.

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Costa.

 

 

13-10-1779

Margarida da Silva e

chinas gentios.

chinas gentios.

chinas gentios.

 

José do Rosário.

Sebastião do Rosário e

chinas gentios.

chinas gentios.

 

 

Josefa da Serra.

 

 

3-11-1779

Isabel Rodrigues da Costa e

chinas gentios.

chinas gentios.

chinas gentios.

 

Inácio de Bomsossego.

incógnitos.

 

 

 

Eufrásia de Pina e

Manuel de Pina Rita do Rosário.

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Domingos de Pina Petronilla

 

 

 

 

Godinho.

 

24-11-1779

Ant. o Alvares de Araújo.

Francisco Alvares de Araújo e

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Ant. o Alvares de Araújo e Francisca

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

chinas gentios.

 

 

Josefa Queiroz.

da Silva.

 

3-2-1780

Ana Peixotta e

chinas gentios, criação de Maria

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

chinas gentios.

chinas gentios.

 

 

Peixotta e de Matias da Cruz.

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 

 

 

Simão do Espírito Santo, viúvo de.

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>-

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>-

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 

Rosa Taveira

chinas gentios.

 

 

9-10-1781

Micaela Rodrigues e

Manuel António e Maria do

 

 

 

Francisco António.

Rosário.

chinas gentios.

incógnitos.

 

 

chinas gentios.

 

 

16-3-1782

Inácia da Veiga e

 

 

 

 

José dos Remédios, viúvo de Pascoela

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 

 

 

 

dos Remédios.

chinas gentios, criação de Maria do

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 

 

3-2-1784

Benedicta de Andrade e

Rosário.

 

 

 

 

Ant.o Varela.

 

 

 

Zacarias Varela.

Ant. o Varela.

 

 

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:12.0pt;font-family:宋体;display:none;mso-hide:all;

mso-font-kerning:0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:12.0pt;font-family:宋体;display:none;mso-hide:all;

mso-font-kerning:0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:12.0pt;font-family:宋体;display:none;mso-hide:all;

mso-font-kerning:0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:12.0pt;font-family:宋体;display:none;mso-hide:all;

mso-font-kerning:0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:12.0pt;font-family:宋体;display:none;mso-hide:all;

mso-font-kerning:0pt'>

 

BAPTISMOS EM S. LOURENÇO DE 1807 A 1813

Nos livros de registo de baptismo de S. Lourenço, do século XIX, vemos que os pais ou avós de muitas crianças ali baptizadas haviam sido chineses.

 

mso-cellspacing:0cm;margin-left:-.4pt;mso-padding-alt:0cm 0cm 0cm 0cm' 0cm? 0cm

mso-padding-alt:0cm .5pt; windowtext .5pt;mso-border-right-alt:solid

mso-border-bottom-alt:solid

border-collapse:collapse;border:none;mso-border-top-alt:solid>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'> 

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>NASCIDOS

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>BAPTIZADO

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>PAIS

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>AVÓS PATERNOS

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>AVÓS MATERNOS

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 1. João Joaquim

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>27 - 1 - 1807

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>3 - 2 - 1807

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

António dos Remédios e Rita de Sousa Peres.

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 Chinas gentios.

João de Sousa Peres e Maria 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 2. Maria 

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>de 3 anos.

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>18 - 2 -1807

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Filha natural de mãe china. 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 

Baptista. 

 3. Porcina Maria 

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>23 - 4 - 1807

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>31 - 3 - 1807

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

José, china, e Vicência Antónia da Cruz.

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 

 

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 4. António Fidelis 

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>24 - 4 - 1807

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>1 - 5 - 1807

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Manuel António, português, e Bibiana

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 Avós portugueses.

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Chinas gentios. 

 

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Antónia da Costa. 

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 

 

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 5. Delfma Maria

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>9 - 9 - 1807

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>16 - 9 - 1807

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

José Manuel e Maria Josefa. 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 Mónica.

Chinas gentios

 6. Januário José 

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>19 - 9 - 1807

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>-

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Constantino José Lopes e Ana Joaquim

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 Cap. Constantino José Lopes e Caetana

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Jerónimo Heitor e Rita da 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 7. Micaela Maria 

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>22 - 9 - 1807

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>29 - 9 - 1807

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Manuel de Sousa e Inácia de Salem, ambos

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 da Luz, chinesa. 

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Conceição.

 

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

chinas. 

 

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 8. Filipa Amónia 

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>I - 5 - 1809

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>8 - 5 - 1809

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

João Baptista, português, e Catarina Iria da

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 Avós portugueses.

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Chinas gentios. 

 

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Rosa. 

 

 

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 9. José Pedro

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>28 - 6 - 1809

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>5 - 7 - 1809

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Silvestre Carlos e Maria Inácia.

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 António Rodrigues. 

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Chinas gentios. 

 10.Vicência Maria

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>20 - 7 - 1809

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>27 - 7 - 1809

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Domingos António, português, e Vicência 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 Avós portugueses.

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Chinas gentios. 

 

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Joana Carneiro. 

 

 

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 11.Bartolomeu

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>17 - 8 - 1809

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>24 - 8 - 1809

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

António de Sousa e Agostinha do Espírito

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 Veríssimo de Sousa e Paula da Silva. 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Chinas gentios. 

 

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Santo.

 

 

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 12.Feliz 

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>14 - 1 - 1810

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>21 - 1 - 1810

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Joaquim Francisco e Vicência Xavier.

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 Avós gentios da Conchinchina.

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Felício Xavier e Ana Joaquim

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 

 

dos Reis

 13.Maria Joaquina

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>6 - 10 - 1811

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>14 - 10 - 1811

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

João Fernandes e Maria Bebela.

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 Manuel Lourenço e Ana Fernandes. 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Chinas gentios. 

 14.João Joaquim

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>27 - 12 - 1811

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>3 - 1 - 1812

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

António de Sousa e Agostinha do Espírito

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 Veríssimo de Sousa e Paula Silva.

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Chinas gentios. 

 

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Santo.

 

 

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 15.António Maria 

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>17 - 3 - 18I2

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>25 - 2 - 1812

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Fermiano António de Pina e Maria dos

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 Joaquim de Pina e Antónia da Silva.

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Chinas gentios. 

 

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Remédios. 

 

 

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 16.Boaventura

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>16 - 7 - 1812

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>23 - 7 - 1812

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Agostinho Francisco da Silva e Joana Rosa.

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 Joaquim da Silva e Maria da Costa. 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Chinas gentios. 

 17.Silvano José

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>23 - 11 - 1812

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>30 - 11 - 1812

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Joaquim Francisco e Ana Vicência Xavier.

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 Chinas gentios.

Felix Xavier e Ana dos Reis.

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 18.Tomásia Amónia

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>22 - 12 - 1812

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>29 - 12 - 1812

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Agostinho Francisco do Rosário e Emília 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 Chinas gentios.

 

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Maria Gomes.

 

 

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 19.Antónia Rita

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>21 - 5 - 1813

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>28 - 5 - 1813

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

António Ferreira Batalha e Inês dos 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 Manuel Ferreira Batalha e Angelina 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Chinas gentios. 

 

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Remédios. 

 Maria, nat. da Batalha.

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 20.Antónia Isabel

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>25 - 6 - 1813

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>2 - 7 - 1813

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Pio da Silveira e Ana Catarina de Gamboa. 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 Chinas gentios.

 

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 21.Sabino Ferreira 

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>30 - 8 - 1813

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>6 - 9 - 1803

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Joaquim José de Pina e Isabel Maria.

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 Joaquim de Pina e António da Silva.

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Chinas gentios. 

 22.Maximiano António 

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>12 - 9 - 1813

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>19 - 9 - 1813

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Fernando Rodrigues e Ana Catarina dos 

 Manuel Rodrigues e Clara das Novas.

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Chinas gentios. 

 

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 

lang=EN-US style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

Remédios

 

 

style='font-size:9.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:宋体'>

 

lang=EN-US style='font-size:12.0pt;font-family:宋体;display:none;mso-hide:all;

mso-font-kerning:0pt'>

style='display:none;mso-hide:all'> 

style='font-size:12.0pt;font-family:宋体;display:none;mso-hide:all;mso-font-kerning:

0pt'>

style='display:none;mso-hide:all'> 

style='font-size:12.0pt;font-family:宋体;display:none;mso-hide:all;mso-font-kerning:

0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:12.0pt;font-family:宋体;display:none;mso-hide:all;

mso-font-kerning:0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:12.0pt;font-family:宋体;display:none;mso-hide:all;

mso-font-kerning:0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:12.0pt;font-family:宋体;display:none;mso-hide:all;

mso-font-kerning:0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:12.0pt;font-family:宋体;display:none;mso-hide:all;

mso-font-kerning:0pt'>

style='display:none;mso-hide:all'> 

style='font-size:12.0pt;font-family:宋体;display:none;mso-hide:all;mso-font-kerning:

0pt'>

style='display:none;mso-hide:all'> 

style='font-size:12.0pt;font-family:宋体;display:none;mso-hide:all;mso-font-kerning:

0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:12.0pt;font-family:宋体;display:none;mso-hide:all;

mso-font-kerning:0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:12.0pt;font-family:宋体;display:none;mso-hide:all;

mso-font-kerning:0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:12.0pt;font-family:宋体;display:none;mso-hide:all;

mso-font-kerning:0pt'>

 

CASAMENTOS DE PORTUGUESES COM COCHINCHINAS DE 1777-1784 NA SÉ

style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>DATA

style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>NUBENTES

style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>PAIS

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>12-8-1822

Joana Maria.china

e

Inácio João Guerreiro,de Manila

 

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>Antónia Isabel da Silveira.

e

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>António João

de Sequeira

Pio da Silveira e Ana Catarina.chinesa


José Pereira e Rita de Sequeira

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>5-5-1824

Ana Josefa dos Remédios

e

Agostinho Vicente Portaria da Cruz

Gentios


Vicente da Cruze Rita Vicência

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>24-1-1825

Francisca Rosa dos Remédios

e

Peregrino Ant.åmp;oda Portaria

Chinas gentios


Felisbino Ant.åmp;ode Portaria.Ana Catarina

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>26-4-1825

Josefa Nunes

e

José Vitorino Pereira

Crioulo de Ant.åmp;oJoão


Manuel Pereira e Mariana Correa

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>5-10-1825

Ana Joaquina do Rosário

e

Martinho Vicente dos Remédios

Crioula de Joaquim Manuel Jorge


Ant.åmp;odos Remédios e Rita M.Gonçalves

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>28-6-1826

Joana Teresa de Jesus

e

João Lourenço

Crioula de Ana Maria do Rosário


Mariano Vitorino e Vitoriana da França

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>16-2-1828

Juliana da Costa

e

Francisco Ant.åmp;odo Rosário

Crioula de Julião da Costa


Caetano do Rosario e Esperança de Sousa Peres

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>1-7-1829

Ana Maria do Rosário

e

Ant.åmp;oJoão Sequeira

Chinas gentios


José Pereira e Rita Sequeira

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>4-9-1835

Vicente Nicolau de Mesquita.herói do Passaleão,

e

Balbina Maria da Silveira



Pio da Silveira e Ana Maria Correia,ambos chineses

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>15-9-1835

Rosa Micaela Rosário dos Remédios

e

Vicente Manuel Fernandes

Gentios


Joaquim António Fernandes e Antónia Maria de

Sousa Peres

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>22-9-1835

Filipa Maria

e

Francisco Ant.åmp;oXavier

Chinas gentios


Camilo Xavier e Agostinha Xavier

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>31-10-1837

Maria Francisca dos Remédios

e

José Lobo

Chinas


José Maria Lobo e Rufina Melão Lobo,nat.da cidade de

Conceição,América do Sul Chinas

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>22-10-1837

Carlota Antónia dos Remédios

e

Jerónimo Ant.åmp;ode Barros

João Baptista de Barros e Joana Francisca de Barros


Chinas

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>31-10-1838

Leopoldina Maria da Luz

e

Luís da França

António da Luz


Chinas

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>5-11-1838

Mariana Machado

e

Ant.åmp;oJoaquim Cardoso

Chinas


Joaquim Ant.åmp;oCardoso e Maria do Carmo,nat.de Lisboa

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>28-7-1839

Maria Inocência do Carmo

e

Fortunato Cardoso

Gentios


Manuel Ferreira e Francisca Rosa,nat.de Guimarães

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>29-9-1839

Maria Ant.ada Rosa

e

Vicente Paulo do Rosário e Fonseca

Chinas


João Pedro da Fonseca e Ana Severina da Fonseca

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>13-5-1840

Joana Francisca dos Remédios

e

Miguel Pedro da Luz

Chinas


Pedro João da Luz e Rosa da Luz

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>31-5-1840

Maria Antónia dos Remédios

e

José Miguel Rodrigues

Chinas


Domingos Rodrigues e Ant.aFrancisca da Rosa

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>24-5-1840

Rosa Maria dos Rem~'dios

e

Filipe Vicente

Chinas


Francisco Benedito e Maria Francisca,de Manila

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>21-11-1841

Anastácia Antónia dos Remédios

e

Flix António Lopes

Chinas


Marcelino Lopes e Catarina Lopes dos Remédios

 

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Domingas Caetana

e

Valério António dos Remédios,n.a22-12-1812

Gentios


Ant.åmp;odos Remédiose Rita de Sousa Peres

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

style='mso-special-character:line-break'>


Josefa Maria Porcina,viúva de João Baptista

e

Bento José Baptista de Miranda e Lima,n.10-11-1780

Chinas gentios


José dos Santos Baptista e Lima,nat.da Vilade Alpedriz,

bispado de Leiria,e Ana Pereira de Miranda,de Macau

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>2-8-1843

Ana Maria da Graça

e

Firmino Ant.åmp;oMachado de Mendonça

Chinas


João Machado de Mendonça e Ana Maria Machado

de Mendonça

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>5-11-1843

Rita Vitória Pereira

e

Vitorino José da Silveira e Sousa

Chinas


José da Silveira e Sousa e Maria do Carmo,da

Ilha Terceira

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>13-2-1844

Rosa Maria do Rosário

e

Francisco João de Freitas

Crioula de Rosa Josefa Fernandes


Ant.åmp;oJoão de Freitas e Luísa Genoveva de Freitas,

da Madeira

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>20-9-1844

Teresa Vicência de Jesus

e

Conrado Francisco dos Santos

Chinas


Ant.åmp;odos Santos e Rosa Xavier

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>20-10-1846

style='mso-special-character:line-break'>


Ana Francisca do Rosário

e

José Rodrigues,português,viúvo de

Maria Domingas da Graça.

style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>Chinas


lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>4-7-1847

Arcina Esperança Salomão

e

Pedro dos Reis

Crioula de João Salomão


Bartolomeu Ludivico e Maria da Trindade,de Camarines

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>1-12-1849

Bárba raAntónia

e

José Maria Lopes

Gentios


António Lopes e ApolinaDias,do México

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>23-1-1851

Amália Ant.ado Carmo

e

Eduardo V~'tor Pereira

Gentios


Rita Vitória Pereira

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>23-11-1852

Caetana Antónia

e

Ant.åmp;oManuel de Sousa,soldado

Gentios


Paulo de Sousa e Lisola Fernandes,de Bardez

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>1-2-1852

Ana Ant.ada Luz

e

José dos Santos

Crioula de Clara da Luz


João dos Santos e Josefa Maria dos Remédios,deS.

João de Areias,Vizeu

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>31-3-1853

Rosa Maria da Silva

e

Vicente do Rosário,de Penam

style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>Crioula de Marta Merop

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>26-7-1853

Domingas Caetana Vieira

e

Valério Ant.åmp;odos Remédios

Crioula de Justiniano Vieira e Mariana Vieira


Ant.åmp;oRemédios e Rita de Sousa Peres

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>17-10-1854

Hermenegildo da Cruz

e

Firmino Ant.åmp;oTavares

Gentios


João Ant.åmp;oe Maria Quitéria Tavares

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>17-2-1859

Helena da Luz

e

Silva José do Rosário

Gentios


Joaquim Francisco do Rosário e Ana Vicência Xavier

style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>14-10-1861


20-9-1862

Ana Vivência do Rosário

e

António Joaquim Martins,de S.Pedro da

Torre,Portugal

style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>Chinas

style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>


7-7-1863

Isménia Francisca

e

Caetano Ant.åmp;odo Rosário

Chinas


Inácio José do Rosário e Maria Josefa das Dores

style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>


20-1-1864

Guilhermina Maria dos Remédios

e

Florêncio João do Rosário

Chinas


Alexandrino Maria do Rosário e Petronila Maria

do Rosário

style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>


16-2-1867

Hermelina Josefa das Dores

e

António Maria Tavares

style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>Chinas

style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>30-9-1869


30-9-1869

Isidora da Conceição

e

Isidoro Ramos,de Manila

style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>Gentios

style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>


31-5-1870

Francisca Ant.ada Luz

e

Jeremias José Ant.åmp;oNunes

style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>Chinas

 

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Virgínia Maria de Jesus

e

Domingos Miguel da Cruz

Chinas


Turíbio Francisco da Cruz e Prudência Francisca da Cruz

 

CASAMENTOS DE 1822 A 1870

Passemos à freguesia de S. Lourenço e abramos os livros de registo de casamentos dos princípios do séc. XIX:

style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>DATA

style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>NUBENTES

style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>PAIS

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>12-8-1822

Joana Maria.china

e

Inácio João Guerreiro,de Manila

 

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

 

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>Antónia Isabel da Silveira.

e

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>António João

de Sequeira

Pio da Silveira e Ana Catarina.chinesa


José Pereira e Rita de Sequeira

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>5-5-1824

Ana Josefa dos Remédios

e

Agostinho Vicente Portaria da Cruz

Gentios


Vicente da Cruze Rita Vicência

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>24-1-1825

Francisca Rosa dos Remédios

e

Peregrino Ant.åmp;oda Portaria

Chinas gentios


Felisbino Ant.åmp;ode Portaria.Ana Catarina

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>26-4-1825

Josefa Nunes

e

José Vitorino Pereira

Crioulo de Ant.åmp;oJoão


Manuel Pereira e Mariana Correa

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>5-10-1825

Ana Joaquina do Rosário

e

Martinho Vicente dos Remédios

Crioula de Joaquim Manuel Jorge


Ant.åmp;odos Remédios e Rita M.Gonçalves

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>28-6-1826

Joana Teresa de Jesus

e

João Lourenço

Crioula de Ana Maria do Rosário


Mariano Vitorino e Vitoriana da França

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>16-2-1828

Juliana da Costa

e

Francisco Ant.åmp;odo Rosário

Crioula de Julião da Costa


Caetano do Rosario e Esperança de Sousa Peres

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>1-7-1829

Ana Maria do Rosário

e

Ant.åmp;oJoão Sequeira

Chinas gentios


José Pereira e Rita Sequeira

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>4-9-1835

Vicente Nicolau de Mesquita.herói do Passaleão,

e

Balbina Maria da Silveira



Pio da Silveira e Ana Maria Correia,ambos chineses

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>15-9-1835

Rosa Micaela Rosário dos Remédios

e

Vicente Manuel Fernandes

Gentios


Joaquim António Fernandes e Antónia Maria de

Sousa Peres

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>22-9-1835

Filipa Maria

e

Francisco Ant.åmp;oXavier

Chinas gentios


Camilo Xavier e Agostinha Xavier

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>31-10-1837

Maria Francisca dos Remédios

e

José Lobo

Chinas


José Maria Lobo e Rufina Melão Lobo,nat.da cidade de

Conceição,América do Sul Chinas

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>22-10-1837

Carlota Antónia dos Remédios

e

Jerónimo Ant.åmp;ode Barros

João Baptista de Barros e Joana Francisca de Barros


Chinas

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>31-10-1838

Leopoldina Maria da Luz

e

Luís da França

António da Luz


Chinas

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>5-11-1838

Mariana Machado

e

Ant.åmp;oJoaquim Cardoso

Chinas


Joaquim Ant.åmp;oCardoso e Maria do Carmo,nat.de Lisboa

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>28-7-1839

Maria Inocência do Carmo

e

Fortunato Cardoso

Gentios


Manuel Ferreira e Francisca Rosa,nat.de Guimarães

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>29-9-1839

Maria Ant.ada Rosa

e

Vicente Paulo do Rosário e Fonseca

Chinas


João Pedro da Fonseca e Ana Severina da Fonseca

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>13-5-1840

Joana Francisca dos Remédios

e

Miguel Pedro da Luz

Chinas


Pedro João da Luz e Rosa da Luz

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>31-5-1840

Maria Antónia dos Remédios

e

José Miguel Rodrigues

Chinas


Domingos Rodrigues e Ant.aFrancisca da Rosa

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>24-5-1840

Rosa Maria dos Rem~'dios

e

Filipe Vicente

Chinas


Francisco Benedito e Maria Francisca,de Manila

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>21-11-1841

Anastácia Antónia dos Remédios

e

Flix António Lopes

Chinas


Marcelino Lopes e Catarina Lopes dos Remédios

 

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Domingas Caetana

e

Valério António dos Remédios,n.a22-12-1812

Gentios


Ant.åmp;odos Remédiose Rita de Sousa Peres

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

style='mso-special-character:line-break'>


Josefa Maria Porcina,viúva de João Baptista

e

Bento José Baptista de Miranda e Lima,n.10-11-1780

Chinas gentios


José dos Santos Baptista e Lima,nat.da Vilade Alpedriz,

bispado de Leiria,e Ana Pereira de Miranda,de Macau

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>2-8-1843

Ana Maria da Graça

e

Firmino Ant.åmp;oMachado de Mendonça

Chinas


João Machado de Mendonça e Ana Maria Machado

de Mendonça

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>5-11-1843

Rita Vitória Pereira

e

Vitorino José da Silveira e Sousa

Chinas


José da Silveira e Sousa e Maria do Carmo,da

Ilha Terceira

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>13-2-1844

Rosa Maria do Rosário

e

Francisco João de Freitas

Crioula de Rosa Josefa Fernandes


Ant.åmp;oJoão de Freitas e Luísa Genoveva de Freitas,

da Madeira

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>20-9-1844

Teresa Vicência de Jesus

e

Conrado Francisco dos Santos

Chinas


Ant.åmp;odos Santos e Rosa Xavier

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>20-10-1846

style='mso-special-character:line-break'>


Ana Francisca do Rosário

e

José Rodrigues,português,viúvo de

Maria Domingas da Graça.

style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>Chinas


lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>4-7-1847

Arcina Esperança Salomão

e

Pedro dos Reis

Crioula de João Salomão


Bartolomeu Ludivico e Maria da Trindade,de Camarines

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>1-12-1849

Bárba raAntónia

e

José Maria Lopes

Gentios


António Lopes e ApolinaDias,do México

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>23-1-1851

Amália Ant.ado Carmo

e

Eduardo V~'tor Pereira

Gentios


Rita Vitória Pereira

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>23-11-1852

Caetana Antónia

e

Ant.åmp;oManuel de Sousa,soldado

Gentios


Paulo de Sousa e Lisola Fernandes,de Bardez

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>1-2-1852

Ana Ant.ada Luz

e

José dos Santos

Crioula de Clara da Luz


João dos Santos e Josefa Maria dos Remédios,deS.

João de Areias,Vizeu

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>31-3-1853

Rosa Maria da Silva

e

Vicente do Rosário,de Penam

style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>Crioula de Marta Merop

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>26-7-1853

Domingas Caetana Vieira

e

Valério Ant.åmp;odos Remédios

Crioula de Justiniano Vieira e Mariana Vieira


Ant.åmp;oRemédios e Rita de Sousa Peres

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>17-10-1854

Hermenegildo da Cruz

e

Firmino Ant.åmp;oTavares

Gentios


João Ant.åmp;oe Maria Quitéria Tavares

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>17-2-1859

Helena da Luz

e

Silva José do Rosário

Gentios


Joaquim Francisco do Rosário e Ana Vicência Xavier

style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>14-10-1861


20-9-1862

Ana Vivência do Rosário

e

António Joaquim Martins,de S.Pedro da

Torre,Portugal

style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>Chinas

style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>


7-7-1863

Isménia Francisca

e

Caetano Ant.åmp;odo Rosário

Chinas


Inácio José do Rosário e Maria Josefa das Dores

style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>


20-1-1864

Guilhermina Maria dos Remédios

e

Florêncio João do Rosário

Chinas


Alexandrino Maria do Rosário e Petronila Maria

do Rosário

style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>


16-2-1867

Hermelina Josefa das Dores

e

António Maria Tavares

style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>Chinas

style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>30-9-1869


30-9-1869

Isidora da Conceição

e

Isidoro Ramos,de Manila

style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>Gentios

style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>


31-5-1870

Francisca Ant.ada Luz

e

Jeremias José Ant.åmp;oNunes

style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>Chinas

 

lang=EN-US style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt'>

Virgínia Maria de Jesus

e

Domingos Miguel da Cruz

Chinas


Turíbio Francisco da Cruz e Prudência Francisca da Cruz

 

NOTA DA REDACÇÃO

Com ligeiras correcções e adaptações, o texto aqui publicado é a reedição integral do trabalho homónimo do Pe. Manuel Teixeira — Os Macaenses. Centro de Informação e Turismo, Macau, Imprensa Nacional, 1965.

BIBLIOGRAFIA

1 — DOCUMENTAÇÃO MANUSCRITA

a) Arquivo do Leal Senado.

b) Arquivo da Câmara Eclesiástica.

c) Arquivo Paroquial da Sé.

d) Arquivo Paroquial de S. Lourenço.

2— OBRAS IMPRESSAS

ARNAIZ (Pe. Eusébio)— Macau, Mãe das Missões no Extremo Oriente, Macau. 1956.

Arquivos de Macau. 1.ḁ série (1929 - 31); 2.ḁ série (1941); 3.ḁ série (1964 até hoje).

AVALO (Marco d') — Descrição da Cidade de Macau, ed. por C.

R. Boxer em Macau na época da Restauração, Macau, 1942.

BERNARD (Henri) —Aux Portes de la Chine, Tientsin, 1933.

BOCARRO (António) — Descrição de Macau, editada por C. R.

Boxer em Macau na época da Restauração, Macau, 1942.

BOXER (C. R.) — Azia Sinica e Japonica, por Frei José de Jesus

Maria, Macau, 1941 e 1950, 2 vols.

BOXER (C. R.) — Fidalgos in the Far East, The Hague, 1948.

BOXER (C. R.) — The Great Ship from Amacon, Lisboa, 1959.

BOXER (C. R.) — Escavações Históricas, no Boletim Eclesiástico de Macau, 1937-38.

BRAGA (J. P.) — The Portuguese in Hong Kong and China, separata da revista Renascimento, Macau, 1945.

BRASÃO (Eduardo) — Macau, Cidade do Nome de Deus na China — Não há outra mais Leal. Lisboa, 1957.

CARDIM (A. F.) — Batalha da Companhia de Jesus, Lisboa, 1894.

COUTO (Diogo do) — Décadas.

FRANÇA (Bento da) — Macau e os seus habitantes, Lisboa, 1897.

UAUNAY, M. E. P. (Adrien)— Histoire Générale de la Societé des Missions Etrangères, 3 vols., Paris, 1894.

LAURES, S. J. (P. Joannes) — The Catholic Church in Japan, Tokyo,1954.

LJUNGSTEDT (Sir Andrew) — Esboço histórico dos Estabeleci-mentos Portugueses na China, publi-cado no Echo Macaense, Ma-cau, 1893- 1896.

LUZ (Francisco Paulo Mendes da) — O Conselho da Índia, Lisboa, 1952.

MACHADO (Alvaro de Melo) — Coisas de Macau, Lisboa, 1913. MARQUES PEREIRA (J. F.) —Ta-Ssi-Yang-Kuo, Lisboa, 1899 —1902, 4 vols.

MARTINS (Rocha) — Histórias das Colónias Portuguesas.

MONTALTO DE JESUS (C. A.) — Historic Macao, Macau, 1927. Ou Mun-Kei-Leok: Monografia de Macau (traduzida do chinês por Luís G. Gomes), Macau, 1950.

PASTELLS — Catalogo de los documentos relativos a las islas Filipinas existentes en el Archivo de Indias de Sevilla, Barcellona, 1925- 1932, vol. 3.

PINTO (Fernão Mendes) — Peregrinação, Porto, 1930 -31. REGO (Francisco de Carvalho e) — Macau, 1950.

SOARES (Dr. José Caetano) — Macau e a Assistência, Lisboa, 1950.

SOUSA (Pe. Francisco de) — Oriente Conquistado a Jesus Cristo pelos Padres da Companhia de Jesus, Bombaim, 1881.

STAUNTON (Sir George) — An Authentic account an Embassy from the King of Great Britain to the Emperor of China, London,1797.

TEIXEIRA (Pe. Manuel) — Macau e a sua Diocese, 6 vols.

TEIXEIRA (Pe. Manuel) — Camões em Macau, 1940.

TEIXEIRA (Pe. Manuel) — Missionários Jesuítas no Vietnão, Macau, 1965.

As creoulas eram chinas criadas dos portugueses; tomaram o apelido dos patrões.

NOTAS

1Macau, por Francisco de Carvalho e Rego, Macau. Imprensa Nacional, 1950, pp.31 -38.

2Macau e os seus habitantes, p. 197.

3Coisas de Macau, p. 65.

4Macau, Cidade do Nome de Deus na China—Não hã outra mais Leal, Lisboa, Agência-Geral do Ultramar, 1957, p. 71, nota 50.

5Noticias de Macau, 6 - 4 - 1952.

6Os bárbaros eram os portugueses ou estrangeiros.

7Ou-Mun Kei-Leok (Monografia de Macau) por Tcheong-U-Lâm e lan-Kuong-Iâm, tradução do chinês por Luís G. Gomes, Macau. Imprensa Nacional. 1950, p. 103.

8Azia Sinica e Japonica, de José de Jesus Maria, editada por C. R. Boxer, vol. I, p. 68.

9Cit. em Camões em Macau, pelo Pe. M. Teixeira, p. 21.

10Peregrinação, cap. 221.

11Ibidem.

12Henri Bernard, Aux Portes de la Chine. Tientsin, 1933, p. 75.

13Macau e a sua Diocese, III, 136.

14Ib. p. 137, nota 1.

15Carta reproduzida pelo Pe. Benjamim Videira, S. J. no Boletim E. da Diocese de Macau. Dez. 1964, p. 766. O Pe. Francisco Perez. em carta do mesmo mês fala de 6 600 ou 700, mas o Pe. Videira crê «que o primeiro» 6 é erro, devendo ler-se «600 ou 700».

16Ib., p. 137; Il. Bernard, ob. cit., pp. 76-77: Oriente Conquistado, I Pt., Conq. IV, Div. 11; Pastells, Catalogo de los documentos relativos a Ias islas Filipinas, Barcelona, 1925. t. 3. LIX.

17H. Bernard, p. 77, citandoRamúsio, Vol. 1, p. 108. e Pastells, t. 3, LIX.

18Boletim E. da D. de Macau, Out. - Nov. 1964, p. 801.

19Pastells, III, LIX.

20Joannes Laures, S. J., The Catholic Church in Japan, Tokyo, 1954, p.166.

21C. R. Boxer, The Great Ship from Amacon, Lisboa, 1959, p. 113.

22Kirishito-ki und Sayo-Yoroku. Tokyo, 1940.

23Vid. Francisco Paulo Mendes da Luz: O Conselho da India, Lisboa, 1952, p. 606 e seg. O próprio secretário da Câmara Diogo Caldeira do Rego era um dos casados em Macau, onde deixou descendência. Em 1700, um seu descendente, José Caldeira do Rego, era almotacel do Senado, casado com Antónia Gomes, de quem teve Luisa Caldeira do Rego; esta casou em S. Lourenço, a 30 - 11 - 1717, com Matias de Vargas da Silva, filho de Cristóvão da Silva Ferrão e de Catarina de Vargas. Catarina de Vargas possuía uma estância na Lapa, da qual pagava o foro de 50 taéis como se vê do termo do Senado de 19 - 7 - 1760 (Vid. Macau e a sua Diocese, III, p. 545).

24Macau na época da Restauração, por C. R. Boxer, pp. 28 - 29. Deve haver certo exagero na cifra de 850 portugueses casados dada por Bocarro em 1635; e a razão é que o escrivão da Câmara de Macau, Diogo Caldeira do Rego, a 27 de Novembro de 1623 dava apenas metade desta cifra: «avendo nella mais de 400 portugueses casados».

25Macau na época da Restauração, por C. R. Boxer, Macau, Imprensa Nacional, 1942, p. 64. A tradução supra é da nossa lavra, pois que a versão portuguesa do texto inglês deste livro de Boxer apresenta deslizes imperdoáveis. Apenas dois exemplos: pág. 70: List of all an Anticke, Wherin one of them, que quer dizer: «Por último representou-se uma farsa, onde um deles», etc. A versão, que vem no livro, diz: No fim de tudo um deles, omitindo-se a farsa.

Na pág. 74: The general of Macao... revileth us in most base terms, que quer dizer: «O (Capitão) Geral de Macau insultou-nos nos mais baixos termos». A versão do livro diz: «O general de Macau... revelou-se nos mais ásperos termos... » Traduttore, traditore...

26Macau e a sua Diocese, III, 228, nota 1.

27C. R. Boxer, Escavações Históricas, no Boletim E. da D. de Macau, Set - Out. 1937, p. 185.

28C. R. Boxer, Macau na época da Restauração, p. 84.

29J. P. Braga, The Portuguese in Hong Kong and China, pp. 70-71.

30Pe. Eusébio Arnaiz, Macau, Mãe das Missões no Extremo Oriente, Macau, 1956, p. 34.

31C. R. Boxer, Escavações Históricas, no Boletim E. D. de Macau, Set.- Out. de 1937, p. 185.

32O Oriente Conquistado, II Pt., Conq. IV, d. II.

33Arquivos de Macau, 1930, vol. II, n. ° 2.

34Ou-Mun Kei-Leok, p. 93.

35Ib., p. 103.

36Não se chamava procurador, mas ouvidor a pessoa nomeada pelo rei. O procurador era um vereador do Senado; os senadores eram eleitos por 3 anos pelos chefes das famílias; o historiador chinês deve referir-se ao procurador do Senado.

37Launay, Histoire Generale de la Societé des Missions Etrangères, vol. II, p. 253.

38An authentic account of an Embassy from the King of Great Britain to the Emperor of China, vol. II, p. 9.

39Montalto de Jesus, Historic Macao, p. 261.

40Rocha Martins, História das Colónias Portuguesas, p. 371.

41Este capítulo sobre a população cristã reproduzimo-lo dolivro do Pe. Eusébio Arnaiz, Macau, Mãe das Missões no Extremo Oriente, pp. 36 - 41.

42Se em 1830 só os católicos chineses eram 6 090 e em 1856 a população cristã se calculava em 5 026, certamente que em 1845 seriam mais de 4 000.

43Note-se que o Pe. Gregório Gonzales não era português, mas espanhol, como o mesmo Pe. Amaiz.

44Note-se que o nome deste cronista é António Bocarro e não Carro.

45Cf. Pe. M. Teixeira, Missionários Jesuítas no Vietnão, pp. 25 - 26.

48C. R. Boxer, ob. cit., p. 203.

46Este número é exagerado; cremos que leva um zero a mais.

47Captain Alexander Hamilton' s A New Account of the East Indies (Edimburg 1727), cit. por C. R. Boxer, Fidalgos in the Far East, pp.187 e 203.

49Vid. Macao through the eyes of Harriet Low, by J. M. Braga in Religião e Pátria, 15 - 4 - 1965.

50Dr. J. C. Soares, Macau e a Assistência, Lisboa, 1950, pp. 232 --236.

51Mundy escreve: 2 or 4 Rialls of eightt a piece. Este rial-of-eight era um peso de prata que no Extremo Oriente oscilava entre 7 e 9 mazes e na Índia valia 2 rupias.

52C. R. Boxer, Fidalgos in the Far East, p. 237.

53Este e os seguintes documentos dos Bispos de Macau são reproduzidos da nossa obra Macau e a sua Diocese, vol. II.

54Macau e a sua Diocese, II, 267.

55Pe. João Agostinho Vila, C. M. (Cf. Macau e a sua Diocese, III, pp. 668 e segs).

56S. Domingos, Sto. Agostinho, S. Francisco, o Colégio dos Jesuítas de S. Paulo e Sta. Clara.

57Recolhimento de Sta. Maria Madalena.

58An authentic account of an Embassy from the King of Great Britain to the Emperor of China, by Sir George Staunton, London, 1797, vol. III, pp. 437.

59Reproduzido de Macau e a sua Diocese, III, 237 - 240.

60Muitsai ou mui-tsai designava os escravos domésticos de ambos os sexos, mas sobretudo as raparigas; os moços chamavam-se atais.

61Oriente Conquistado, Conq. III, p. 447.

62Déc: XII, cap. XIV, p. 364.

63Macau e a sua Diocese, vol. II, p. 92.

64Ibidem, p. 172-3.

65Fidalgos in the Far East, p. 238.

66Macau e a sua Diocese, vol. II, p. 232.

67Arquivos de Macau, Fev. 1964, p. 39 - 40.

68Arq. de Macau, Março 1964, p. 83.

69Id. Maio, 1964, p. 213.

70Arquivos de Macau, Julho, 1964, p. 43.

71Id. p.44.

72Todas estas cartas se encontram nos Arq. do Senado: Copiador dos ofícios expedidos desde 26-12-1711a23-12-1731, Fls. 53 e segs.

73Arquivos de Macau, Nov. 1964, p. 266.

74Arq. de Macau, 1930, vol. II, n. ° 2. Refere-se o mandarim ao modo como o governador de Macau António Siqueira de Noronha, executou, em 1712, um escravo de João Soares de Almeida, por ter matado um china: foi colocado na boca duma peça de artilharia e voou pelos ares.

75Estas cinco cartas encontram-se no «Livro de Registo das Cartas dos Governadores e das mais pessoas particulares desde 7 de Outubro de 1768 a 25 de Agosto de 1791», fls. 42; 42 v; 48v; 51 v; 53.

76Arquivos de Macau, cit. pelo Dr. Soares, Macau e a Assistência, p.272.

77Livro de Registo das Cartas dos Gov., fl. 124.

78Se em 1847 havia em Macau 4 500 pessoas além dos 18 000 chinas, a população cristã em 1845, incluindo a chinesa, era certamente superior à cifra de 4 000, que nos deu atrás o Pe. Arnaiz.

*Historiador de Macau, da presença portuguesa e da Igreja no Oriente, com mais de uma centena de títulos publicados. Membro de várias instuições internacionais, v. g. a Associação Internacional dos Historiadores da Ásia. Grande Colar e Sócio da Academia Portuguesa de História.

desde a p. 61
até a p.