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AS CRIANÇAS NA EXPANSÃO PORTUGUESA

Beatriz Basto da Silva*

Aideia de escrever sobre este tema surgiu-me quando, há uns bons anos, tive ocasião de conhecer um interessante livro de Mário Martins com o título de Teatro Quinhentista Nas Naus Da Índia. Já que de Teatro aí se fala, não admira que o ambiente evocado se tomasse, para a minha imaginação, cenário fecundo de outras cenas, vidas, enfim, situações não descritas, mas possíveis.

Comecei a prestar atenção a obras que, de algum modo, contribuíssem para alimentar a busca sobre o papel das crianças na expansão portuguesa.

"Chegada da Nau ao Japão. Desembarque e Cortejo dos Namban-jin"Biombo Namban de Kano Naizen, Escola de Kano, 1603-1610 (?), in Biombos Namban, Maria Helena M. PINTO, I. P. P. C., Lisboa, 1988, p.50.

Encontrei, sobretudo em gravuras referentes aos séculos XVI e XVII, elementos valiosos, mas de verdade a minha alegria foi maior quando descobri, em 1993, o excelente estudo de Juan Ruiz de Medina The Role of Children in the Early Japanese Church, apresentado numa Conferência Internacional em que ambos participámos, no Japão. Além da temática coincidente, embora circunscrita em termos geográficos, a bibliografia especiali-zada avisou-me do muito caminho a percorrer. O trabalho agora apresentado é apenas um apontamento das reflexões feitas até ao momento, para partilha com outros investiga-dores, eventualmente interessados em explorar e ajudar-me a funda-mentar as hipóteses ora postas sobre um tema tão rico como pouco conhecido do grande público.

A minha con-vivência de quase 30 anos com o Oriente Extremo serve-me para acrescentar algumas ilacções, resultantes da observação de usos e costumes que se me tornaram familiares.

O mundo das crianças, a que sempre prestei muita atenção, permitiu o armazenamento de experiências que a matéria em apreço veio acordar.

Tentando visualizar o porto de Lisboa, a Casa da Índia, talvez sugestionada pela biografia de Beatriz da Luna (século XVI), tão apaixonadamente descrita por Catherine Clément no livro A Senhora, a cena surge-me nítida:

Aparelham-se as naus da Índia. Correm caixotes de mão em mão, retesam-se cordames, passam fardos de mercadoria sem cessar. Bem curioso será observar, nos pormenorizados biombos «namban», e em operação inversa, a chegada dos navios ao Japão. Ele são pipas de vinho e azeite, azeitonas, sacos de carne seca, embalagens de biscoito que, mergulhado no vinho, irá acalentar a marinhagem e os passageiros de tão tormentosa como apetecida viagem. Até galinhas e cabras passam em caravana. Mantimentos, agasalhos, apetrechos de navegação são transportados numa azáfama de carreiro de formigas, dos armazéns para os barcos.

Homens tisnados do sol, possantes, habituados ao ofício de estivador, não dão tréguas ao trabalho, cientes de que, uma vez surta a armada, vão ter tempo de sobejo para se fartarem de inactividade até surgiram outros navios a chegar ou a partir.

A clientela do cais, entre grupos de saltimbancos entregues às suas habilidades e de ciganos oferecendo bugigangas de última hora, de tão ocupada, não dá conta de uma ou outra criança que se esgueira para dentro do porão, escondendo-se com uma magra merenda por detrás da carga empilhada. Só a fome os fará aparecer, já no mar alto, no meio da tripulação. É de imaginar a fase do espanto, se é que não se tornou um hábito, as admoestações às incautas e atrevidas crianças, a sova a que são poupadas por algum velho lobo do mar que se lembra dos netos, ou pelo missionário que sempre viaja junto e, finalmente, a pena generalizada pelo seu estado de fadiga e fome.

É impensável enfrentar os custos de voltar atrás. O melhor é descobrir algo de produtivo nas sempre variadas tarefas de bordo, para que, ao menos, os intrusos mereçam a sua parte da ração. Naquela noite, reunida a grande família do pequeno mundo flutuante, no convés, não há as habituais cantorias e desgarradas; o centro de atenção é, forçosamente, o relato da odisseia infantil, explicado pelo próprio, quase transformado em herói e já aceite pelos demais.

Quase sempre se trata de órfãos de marinheiros, pescadores, gente do mar. São garotos entre os 7 e os 15 anos, desde a mais tenra idade despertos para a magia de paragens longínquas e ávidos de experimentar as aventuras que os homens contam nas tavernas e botequins, nos largos e praças, à lareira em casa.

Fernão Mendes Pinto terá sido uma dessas crianças sequiosas de aventura, e que aventuras não viveu, de verdade!

A determinação de seguir a vida do pai desaparecido, de procurar o que se lhe ouviu contar de mares, terras e gentes desvairadas, e talvez a fuga aos tabefes de algum padrasto violento, frequentes em casa onde não há pão e os poucos cobres são para o vinho, eis os condimentos necessários para quem, nada tendo a perder, se lança na grande aventura da sua vida.

A história, mais ou menos comum a todos os casos, é ouvida com compreensão. Afinal o pequeno recorda àqueles portugueses endurecidos a sua própria infância, quando avistavam as velas a chegar e corriam esbaforidos ao cais, num despique de quem chega primeiro, para ver e ouvir mais e melhor, extasiando-se com as estranhas gentes que vêm de longe, com as aves e animais exóticos, com o perfume das especiarias, e respirando a planos pulmões o infinito para lá do mar!

O ânimo exaltado do pequeno narrador seria assim como uma senha para entrar no coração dos homens de bordo; em breve o adoptavam como mascote. Estava resolvido: seria acarinhado e preparado para a vida do mar.

Fruto do acaso, de pirataria, de raptos ou outros acidentes de percurso os jovens passageiros iam-se somando a bordo, cada vez que se lançava âncora à vista de terra habitada.

As crianças nestas condições nem sempre tinham trabalho à sua medida e, se houvesse calmaria, a inactividade forçada era mesmo colectiva. Em tais circunstâncias é de crer que os missionários -- e é aqui que me ajuda o Teatro Quinhentista Nas Naus da Índia do jesuíta Mário Martins -- os missionários, dizia, aproveitassem para improvisar a bordo uma espécie de escola. Aos poucos iam ensinando aos meninos o latim escrito e falado, o canto gregoriano e outras artes. Entre noções de catequese contavam-lhes as vidas edificantes dos santos, por vezes recorrendo a dramatizações em que os «neófitos» se iniciavam como actores. Os mestres ensinavam tudo o mais que entendiam com a sua mente esclarecida, desde que o aluno assimilasse e progredisse, Iriam servir-se destes auxiliares por eles formados nas representações, cortejos alegóricos e teatro litúrgico de que há notícia em Goa, Macau, Japão...

Estando na idade própria para o aprendizado, providos de curiosidade e sede de saber, disponíveis e até carentes de espaço para jogos de ar livre, as crianças entregavam-se a esse passatempo que lhes abria horizontes novos e chegavam ao destino com uma preparação bastante sólida em relação à sua idade.

Habituados ao recente e continuado convívio com gente educada, era-lhes permitido acompanhar os cumprimentos e trocas de cortesia nos lugares de desembarque.

Em breve se iniciaram nos trâmites da diplomacia, começando como assistentes e chegando ao importante papel de intérpretes, já que é extremamente fácil para as crianças apanhar línguas novas.

Em Macau, onde vivo, as senhoras europeias socorrem-se, bem pouco tempo depois de chegarem, dos filhos pequenos para comunicarem em chinês com os fornecedores de serviços vários, os vendedores do mercado, e em todo e qualquer contacto, desde que os tenham à mão.

Por isso acredito que, aliada à desinibição infantil (e ao treino do que deve ser transmitido, ou calado), esta capacidade linguística tenha sido extremamente útil perante povos com quem os portugueses contactavam pela primeira vez. A desconfiança natural, entre indivíduos não só desconhecidos como em tudo diferentes, não tem a mesma dimensão nas crianças que são, com frequência, agentes pioneiros de aproximação, não só entre si, mas mesmo com os adultos.

Os missionários souberam rentabilizar essa empatia infantil, acolhendo as crianças nativas com bondade que elas relatariam sem qualquer desvio de mensagem ao reunir-se aos pais, à sua sociedade. No dia seguinte voltavam. Às vezes ostentavam pequenas escoriações que lhes eram lavadas e tratadas, o que inspirava familiaridade e entrega.

Reunidas para brincar, as crianças circulavam alegre e livremente de um grupo social para outro, visitando juntas os navios acostados ou as habitações nativas sem preocupação de conveniências, sem fronteiras, com naturalidade. (Isto para não falar na evidente ligação ditada pela «Política de Albuquerque», que teve como fruto os primeiros luso-descendentes do oriente; este assunto tem sido abordado pelos estudiosos, por exemplo por Almerindo Lessa).

Poderá parecer que evoco apenas o que o senso comum dita, só que nem sempre damos relevo ao precioso papel destes promotores de relacionamento, tão importantes. Vamos ver um deles, de 11 anos, na mesma linha, embora numa situação palaciana, a acompanhar como pagem a embaixada de Lord Macartney ao Império do Meio, em 1792-93. Trata-se de Thomas, filho do ministro George Stauton, que dominava já o francês e o latim, além da sua própria língua. Quanto ao idioma chinês, usou-o com mestria a ponto de cair nas graças do imperador Qianlong que, deslumbrado pelo seu discurso fluente, o presenteou. (cfr. Alain Peyrefitte, op. cit., pp. 17, 18, 29, 51 e 96).

"Comerciantes Portugueses em Nagasaki"Biombo Namban atribuído a Kano Mitsunobu, Escola de Kano, in "Revista de Cultura", ed. inglesa, n°17,2a série, Macau, Out.-Dez. 1993, p.94.

Curioso neste caso é ainda analisar a espontaneidade de um adolescente ao registar o que observa, no seu Diário, já que não se verga a motes oficiais, nem a conveniências, nem a preconceitos (cfr. Alain Peyrefitte, op. cit., p. 12, nota 17).

Sem dúvida ter-se-ão multiplicado oportunidades e situações paralelas com as crianças que circularam nas naus portuguesas São até conhecidos casos de adolescentes orientais viajando em sentido inverso, como é a missão de quatro príncipes (entre os 13 e 14 anos)japoneses, à Europa, em 1587, de tão importantes resultados (cfr. De Messione, op. cit., e Matsuda, op. cit., p. 23). Os depoimentos dos jesuítas não têm sido muito explorados quanto ao tema em epígrafe mas são uma fonte rica, inestimável. Quanto aos restantes passageiros e tripulação, duvida-se que fossem dados à escrita, já que a sua preocupação era mais náutica, económica e militar.

O certo é que as crianças vindas de Portugal, com novos amigos embarcados por aqui e por ali, ofereciam sem qualquer preconceito a sua disponibilidade para as mais variadas missões, algumas envolvendo grande risco. Vamos encontrá-los, por ex., entre os infelizes componentes da Embaixada Mártir enviada de Macau ao Japão em 1640 (cfr. B. B. Silva op. cit., 1. ° vol., pp. 70, 121), tentando reatar o valioso comércio que os holandeses tinham feito interromper (cfr. Pires S. J., Benjamim, op. cit., pp. 53 a 117) ou o martírio infligido por ordem de Toyotomo Hideyoshi, o Taikosama, em 1597, (cfr. Teixeira, Fr. Manuel, op. cit., p. 20 e "Revista Cultura", n. ° 17. Out.-Dez., 1993, ed. inglesa, p. 143), contando-se neste último, crianças com 15, 13, 12 anos.

Em empresas de tanto risco a sua presença foi justificada, com certeza, por uma razão ponderosa, uma acção em que seriam especialmente hábeis. Aliás basta consultar de novo Juan Ruiz de Medina, em The Catholic Church In Korea, para encontrar pequenitos entre os mártires de outras razias nipónicas (ibidem, pp. 189, 278, 283, 312, 319). São filhos, nesse caso, de cristãos da igreja novíssima daquelas paragens -- os 1.200 exemplares do catecismo de Miguel Ruggieri, em chinês, publicado em Macau, 1584, terão atingido a Coreia entre 1585 e 1592 (vésperas da ocupação japonesa 1592-1599).

Em 1588 é impressa em Macau, já com caracteres móveis e aproveitando o parque tipográfico que estacionara nesta cidade, vindo da Europa a caminho do Japão, outro catecismo dirigido a crianças e adolescentes, de Ioanne Bonifacio -- Christiani Pueri Institutio Adolescentiaeque Perfugium.

Macau, a China, a Coreia e o Japão estavam intimamente ligados no plano missionário e o veículo do cristianismo foi frequentemente uma réplica de Vicente, o primeiro adulto da igreja católica da Coreia. Em 1592, com 12 anos, o então gentio Kaun (cfr. The Catholic Church..., pp. 75, 108, 298) quis acompanhar um destacamento militar que se deslocava da Coreia para o Japão; em Shiki, onde foi baptizado com o nome de Vicente, veio a frequentar o Seminário da Companhia de Jesus. Foi catequista e acabou por morrer mártir (1626).

Outras duas crianças de que há notícia foram recebidas com 12 anos nos franciscanos do Japão, corria o ano de 1606, por acção de uma jovem neófita coreana, Ota Julia, dama da corte no palácio Edo, em Tóquio (ibidem, p. 186).

São, enfim, incontáveis os meninos e meninas «grão» de fermento que haviam de multiplicar a acção civilizadora e missionária, uma das forças motoras dos descobrimentos portugueses (ibidem, pp. 77 e 278).

Por isso mesmo, entre 188 mártires do Japão cujo processo de beatificação está a decorrer, encontram-se 24 menores, entre os O e os 14 anos de idade; nos martírios entre 1597 e 1632 contam-se 147 inocentes que não ultrapassam os 14 anos. Dois foram já canonizados e outros seis beatificados (cfr. Medina -- The Role of Children... op. cit., pp. 45, 46).

Segundo cartas de S. Francisco Xavier referentes à Índia, Malaca e Japão, as crianças são muito importantes, porque são naturalmente receptivas, podem ser facilmente educadas e instruídas em seminários ou conventos femininos e preparar-se de raíz, para a missão, seja como leigos -- intérpretes ou músicos (cfr. Matsuda, op. cit., pp. 91, 92) -- seja como eclesiásticos (cfr. Medina -- The Role of Children..., p. 33).

Por isso e a pedido de Xavier, desde 1542 existia em Goa, a cargo do jesuíta italiano Paulo de Camerino, uma escola para educação de crianças. Em 1546 foi criada uma unidade para crianças e adolescentes de vários pontos da Ásia e África, alguns deles órfãos (situação que tem continuidade até hoje nos pontos de missão) e abertas três escolas primárias em Malaca, Kolam e Ormuz. Em 1551 são aceites, na missão aberta no Japão (em 1549) algumas crianças e jovens que passaram a viver em comum com os missionários. O êxito é comprovado pela chegada ao Japão, em 1556, de um grupo de órfãos vindos de Lisboa, acompanhados pelo P.e Melchior Nunes Barreto, que os escolheu dada a sua natureza dócil e capacidade de aprender doutrina, belas-artes, música, ciências e línguas, que tudo era preciso no destino. Constituíam a promessa de fácil acesso às crianças japonesas e um veículo para a sua conversão (cfr. The Role of Children..., op. cit. p. 32).

Mais uma vez, e a quantas mais não nos conduziria a reflexão, sobressai o importante desempenho que estes «pequenos-grandes» agentes tiveram na epopeia dos descobrimentos e acção civilizadora dos portugueses, aqui tomados apenas para o sub-continente Indiano e Ásia.

As Actas do Congresso «O Rosto Feminino da Expansão Portuguesa» fazem uma boa e complementar abordagem sobre as pequenas passageiras, «as noivas d'el-rei», etc, pelo que me socorro da simples citação da peça, que reputo essencial e valiosa.

Por tudo quanto fica por dizer me penitencio. A intenção é entusiasmar para um estudo fundamentado em mais fontes, abrangente, e que devolva à Criança, nesta matéria, o lugar que lhe cabe e a que tem direito.

É, da minha parte, uma homenagem a vidas que, muitas vezes sendo curtas, foram tão ricas em desinteressada doação e generosidade, um exemplo, enfim.

Texto já publicado na "Vértice", n° 77,

Mar.-Abr. 1997, pp. 33-37 - N. E.

Revisão final de texto de Fátima Gomes.

BIBLIOGRAFIA

1 Actas do Congresso «O Rosto Feminino Da Expansão Portuguesa», 2 volumes. Cadernos Condição Feminina, Ed. C. I. D. M., Presidência do Conselho de Ministros, Lisboa, 1995.

2 CLÉMENT, Catherine, A Senhora, trad. de Maria do Rosário Mendes, Ed. Asa Literatura, 3.a edição, Lisboa, 1994.

3 MALATESTA, S. J., Edward J. and GAO, Zhiyu, ed. Departed, Yet Present. Zhalan -- The Oldest Christian Cemetery In Beijing, ICM, Ricci Institute, University of San Francisco, 1995.

4 MARTINS S. J., Mário, Teatro Quinhentista Nas Naus Da Índia, Ed. Brotéria, Lisboa, 1973.

5 MATSUDA, Kiichi, The Relations Between Portugal andJapan, J. I. U. e C. E. H. U., Lisboa, 1965.

6 MEDINA S. J., Juan Ruiz de, The Catholic Church In Korea. Its orígins - 1566-1784. Transl, by John Bridges S. J., Instituto Storico S. I.-Roma, 1991.

7 PEYREFFITTE, Alain, O Império Imóvel ou o Choque dos Mundos, Trad. de Miguel Serras Pereira, Ed. Gradiva/ICM, Lisboa, 1995.

8 PIRES, S. J., Benjamim, A Embaixada Mártir, 2.a ed., ICM, Macau, 1988.

9 Portuguese Voyages To Asia And Japan In The Renaissance Period --Proceedings of the International Conference, Sophie University, Tokyo,24-26 de Setembro, 1993, p. 30-50: The Role of Children in the Early Japanese Church, by Juan Ruiz de Medina.

10 "Revista Cultura", Ed. inglesa, n. ° 17,2.a Série, Macau, Out.-Dez., 1993.

11 SILVA, Beatriz Basto da, Cronologia da História de Macau, Vol. I, Ed. Direcção dos Serviços de Educação, Macau, 1992.

12 TEIXEIRA, Fr. Manuel, The Japanese In Macau, transl, by Marie Imelda MacLeod, ICM, Macau,1990.

13 The Missione Legatorum laponensium ad Romanam Curiam, rebusg; in Europa ac toto itinere animaduersis Dialogus... In Macaensi portu Sinici regni in domo Societatis Iesu cum facultate Ordinarij, & Superioriorum. Anno 1590. Ed. facsimilada, Tokyo, 1935.

*Licenciada em História (Coimbra); investigadora da História de Macau e da presença portuguesa no Oriente, com vários trabalhos publicados.

desde a p. 73
até a p.