Espectáculo de Encerramento
Macbeth

Third World Bunfight (África do Sul)

28,29/5|Sábado, Domingo|20:00     Centro Cultural de Macau - Grande Auditório     Bilhetes: MOP 380, 300, 250, 120

15 Owen Metsileng as Macbeth - photo by Nicky Newman 15 Owen Metsileng as Macbeth - photo by Nicky Newman

Conceito, Design e Encenação: Brett Bailey
Música: Fabrizio Cassol (segundo Verdi)
Maestro: Premil Petrovic
Desenho de Luzes: Felice Ross
Coreografia: Natalie Fisher

Artistas

Macbeth

Owen Metsileng

Lady Macbeth  Nobulumko Mngxekeza
Banquo Otto Maidi

Nesta abordagem radical a Macbeth de Verdi, a história de cobiça, tirania e remorso de Shakespeare passa-se nas províncias orientais da República Democrática do Congo (RDC), entre as guerras e a exploração impiedosa que dilaceram aquele invisível canto do mundo. Nos últimos 20 anos tem havido mais mortes no leste da RDC do que em qualquer conflito desde a II Guerra Mundial e, no entanto, a crise mal se vê nos meios de comunicação globais. O custo de uma grande parte dos telefones móveis, consolas de jogos, computadores e jóias por que ansiamos e consumimos são o morticínio e a miséria que sobrevêm nas sombras projectadas pelas luzes brilhantes do Primeiro Mundo.

No seio de um meio de fraudes multinacionais, conflito étnico, milícia implacável, “minerais de sangue” e importações chinesas reluzentes, um senhor da guerra congolês, o General Macbeth e a sua ambiciosa mulher, assassinam o rei e dão livre curso a atrocidades sobre a província em desintegração de que se apoderam.  

As obras idiossincráticas e iconoclastas do dramaturgo sul-africano, designer, encenador e director artístico de Third World Bunfight, Brett Bailey, focam uma lente penetrante sobre o mundo em que vivemos, em particular na paisagem pós-colonial de África e nas relações históricas e contemporâneas entre a África e o Ocidente.

Nesta espantosa apropriação a não perder de Macbeth de Verdi, a partitura de Verdi foi rescrita e adaptada para 12 músicos em palco pelo compositor belga Fabrizio Cassol, executada por um agrupamento de 10 cantores de ópera sul-africanos e pela célebre “No Borders Orchestra” trans-balcã, dirigida pelo maestro sérvio, Premil Petrovic. 

Interpretado em Italiano, com legendas em Chinês, Português e Inglês
Duração: aproximadamente 1 hora e 40 minutos, sem intervalo

A Conversa Pós-espectáculo é no dia 29 de Maio de 2016.