Música Portuguesa dos sécs. XVII e XX

Coro Gulbenkian (Portugal)

16/10;Quinta-feira;20:00     Centro Cultural de Macau - Grande Auditório     Bilhetes: MOP 250, 180, 120

Maestro: Jorge Matta
Sérgio Silva, Organista

PROGRAMA
Vilancicos Negros Anónimos de Santa Cruz de Coimbra: Sá qui turo zente pleta, Ola plimo Bacião, Quando a la corriente,e outros
F. Lopes Graça: Três Esconjuros
C. Bochmann: Canções brasileiras
E. Carrapatoso: Pequeno poemário de Pessanha (*Encomenda da Fundação Calouste Gulbenkian | estreia mundial)/ Ciclo de Canções de Angola e Moçambique: O que me diz o vento tropical

As influências musicais e culturais portuguesas estendiam-se do Brasil e Angola às costas belas de Macau! Trazido até si pela indisputada elegância artística do Coro Gulbenkian, sob a direcção distinta de Jorge Matta, o concerto Música Portuguesa dos sécs. XVII e XX apresenta um emocionante diálogo musical entre coloridos repertórios históricos e obras de compositores portugueses contemporâneos. O Mosteiro de Santa Cruz na cidade de Coimbra foi um dos principais centros musicais portugueses nos sécs. XVII e XVIII. Um grande número dos seus altamente cultos monges absorveu na sua linguagem musical o cadinho cultural em que a sociedade portuguesa se estava a transformar com a chegada das expedições marítimas de todas as partes do mundo, incluindo de um número cada vez maior de escravos africanos e ocasionalmente ameríndios. Entre as canções populares mais na moda contava-se uma forma poética e musical denominada “vilancico”. Estas canções populares sacras celebrando o nascimento de Cristo eram cantadas numa variedade de línguas e tornaram-se exemplos magníficos do intercâmbio cultural entre Portugal e as suas colónias. Este concerto inclui ainda os excepcionalmente ricos encantamentos musicais de Fernando Lopes-Graça, e estimulantes impressões do Brasil, musicalmente codificadas por Christopher Bochmann. Não esqueçamos a música de Eurico Carrapatoso, composta para poemas de Camilo Pessanha, um simbolista português que fez de Macau a sua casa. Em conjunto com a brisa tropical de Angola e Moçambique, este programa promete ser um ponto alto do XXVIII FIMM!

Duração: aproximadamente 1 hora e 5 minutos, incluindo um intervalo