Com o objectivo de reforçar o sentido de segurança dos responsáveis dos templos de Macau na gestão da queima de incensos e uso de energia eléctrica durante o período, antes e depois, da passagem do Ano Novo Chinês, que corresponde a um pico no número de visitas do público, o Instituto Cultural (IC), em associação com o Corpo de Bombeiros (CB) e o Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), convidou, recentemente (20 de Janeiro), os gestores de todos os templos de Macau a participarem na “Reunião sobre a Gestão da Prevenção de Incêndios nos Templos” de 2022, apelando especialmente aos representantes presentes para que, durante o período em questão, assegurem o controlo do fluxo de visitantes e alertem os mesmos sobre a necessidade de fazerem uso do Código QR exclusivo para estabelecimentos, devidamente afixado nos locais, a fim de colaborarem de forma activa com os trabalhos de prevenção e controle da pandemia desenvolvidos pelo Governo.
Durante a reunião, o IC começou por agradecer aos gestores dos templos o apoio e a colaboração prestados ao longo dos anos, que, sob a forma de reuniões conjuntas regularmente realizadas nos últimos anos, permitiram, nomeadamente, o estabelecimento de mecanismos sistemáticos de inspecção, comunicação e assistência, organização contínua de acções de formação e exercícios de simulação sobre segurança contra incêndios e a implementação efectiva de várias directrizes de segurança contra incêndios e medidas de gestão, contribuindo assim para elevar o nível geral de protecção dos templos de Macau. Com base nos resultados de inspecção ao sistema eléctrico de todos os templos da região, o IC procedeu, no ano passado, à optimização dos dispositivos precários em mais de vinte templos. Em aditamento, e ainda relativamente a este mesmo assunto, o IC solicitou que os gestores realizem, por iniciativa própria, inspecções regulares ao sistema eléctrico dos seus espaços e desenvolvam hábitos correctos no uso de energia eléctrica. Por fim, ao partilhar e analisar as causas mais comuns que provocam acidentes de incêndio nos templos, o IC apelou também ao fortalecimento do nível geral de gestão segura nesses espaços, sobretudo em épocas festivas e feriados, uma vez que se tratam de períodos com maior movimentação de visitantes. Na sua intervenção, os representantes do CB, além de apresentarem o plano dos seus trabalhos durante o Ano Novo Chinês, chamaram também a atenção dos gestores dos templos para o facto de, tratando-se de edifícios mais antigos, os templos deverem ser alvo de um cuidado especial no que diz respeito ao uso de energia eléctrica e não deverem armazenar demasiados utensílios e objectos inflamáveis, ao passo que os equipamentos de combate de incêndios devem ser sujeitos a acções regulares de inspecção e manutenção. Já os representantes do CPSP alertaram também para a necessidade de haver autorizações, obtidas junto das autoridades competentes, antes de qualquer actividade de queima e lançamento de panchões em Macau, sob pena de se infringir a lei. Segundo a previsão do CPSP, o facto de os residentes decidirem permanecer em Macau para celebrar o Ano Novo Chinês irá contribuir para um maior fluxo de visitantes nos templos neste ano, pelo que os seus gestores devem tomar as devidas providências no âmbito do cumprimento das medidas e instruções de prevenção pandémica implementadas pelos Serviços de Saúde, nomeadamente, a afixação do Código QR exclusivo para estabelecimentos, a reserva de um espaço adequado para a leitura do código nas zonas de entrada e a solicitação da apresentação do código de saúde aos visitantes, contribuindo em conjunto para a redução do risco de contágio do vírus nos bairros comunitários de Macau.
Ao longo do período do Ano Novo Chinês, o IC irá enviar pessoal a todos os templos de Macau, com vista à inspecção das suas condições de segurança, e irá colaborar com os seus responsáveis e com a sociedade em geral para assegurar a implementação das acções de resposta que garantam a segurança contra incêndios nos templos, durante as épocas festivas, por forma a salvaguardar a segurança tanto da população como dos templos, que são considerados património histórico e cultural de Macau. A reunião em questão foi presidida em conjunto pelo: chefe do Departamento do Património Cultural do IC, Choi Kin Long, chefe da Divisão de Salvaguarda do Património Cultural do IC, Ho Cheok Fong, chefe substituto da Divisão de Operações e de Ambulâncias de Macau do CB, Lao Song Wai, chefes assistentes do CB, Tam Kin Meng e Wan Ka Hou, chefe da Divisão de Operações e Comunicações do CPSP, Ma Chio Hong, chefe da Divisão Policial das Zonas Norte e Este do CPSP, Chan Pou Tong, e subcomissários do CPSP, Lao Chi Chio e Ho Ka Kit.
