26 Eram tijolos de grandes dimensões, medindo 14"x 41/2"+3". Os tijolos castanho pálido, secos ao sol, são raramente usados.
As paredes totalmente de pedra eram pouco usuais nas casas de habitação. A maioria das vezes, eram uma combinação de pedra e tijolo, pedra na parte inferior da fundação e tijolo na parte superior. O mármore é geralmente reservado para os interiores.

Colunas de madeira, pavilhão na Avenida Horta e Costa, 7.
O Iong Sam Tong no Jardim Lou Lim Ieoc. Todo o edifício está construído acima do nível do chão com um alicerce em pedra. As colunas de madeira são ligadas por vigas de madeira, também. Na extremidade inferior, o pedestal de pedra impede a entrada de humidade na madeira.

As colunas ou pilares de tijolo geralmente suportavam o peso dos arcos. São, na maioria das vezes, encontrados nas varandas ou nas galerias à volta dos pátios. No interior das casas, o arco segmentado usa-se para ligar grandes espaços abertos, tais como o da entrada até à sala principal, situada depois do pátio central. Os arcos de tijolo e os pilares são invariavelmente decorados à maneira clássica. Os trabalhos em pedra ou em tijolo são raramente usados para os arcos, que na maioria das vezes são rebocados e pintados, com as molduras em branco.

Arcadas à volta do pátio interior, numa residência na Rua da Praia Grande, 47.
Este tipo de arcos tem características ocidentais e era muito usado na arquitectura de Macau. Os arcos no exterior dos prédios são geralmente de forma semicircular, apoiados em pesadas colunas de secção rectangular. As molduras à volta dos arcos são, por vezes, reforçadas com canas de bambu.


Pilares de tijolo nas arcadas de uma fachada, numa residência no Largo de S. Paulo.
O parapeito e as molduras dão grande ênfase à horizontalidade competindo com as linhas verticais dos pilares. O trabalho em pedra da fundação, actua como base estética do edifício, contrastando com as superfícies rebocadas das fachadas.

Telhados
Antes do aparecimento do betão armado em Macau, a maioria dos telhados tinham dois níveis de inclinação, com a madeira usada como material principal para a sua estrutura. Quando as varandas em arcadas são utilizadas, aparecem, muitas vezes, encimadas por um telhado plano. Depois de 1900, os telhados planos tornaram-se cada vez mais comuns. Eram geralmente construídos em betão, e suportados por paredes ou colunas de tijolo. O telhado plano oferece espaço adicional para secagem ou para recreio, e torna-se, rapidamente, muito popular.

Disposição das telhas num telhado chinês, Rua da Praia Grande, 83. As telhas estão colocadas em duas camadas, com respiradouros colocados a intervalos regulares. A argamassa de cobertura dá protecção adicional aos lados das telhas quadradas.


Seminário de S. José. Vigas de madeira com as extremidades expostas por cima da empena.

Uma estrutura de telhado tipicamente chinesa.
Residência na Rua da Praia Grande, 83. Os vigamentos redondos assentam nas empenas. Os tectos muitas vezes não existem, ficando a parte debaixo do telhado exposta ao interior, com as madeiras pintadas de preto.

Quase todos os telhados inclinados, em Macau, são de construção chinesa. A estrutura é constituída por terças de varas de madeira dispostasà volta, abrangendo a parede de um lado ao outro. Quando não existem grandes vãos, são usadas treliças como suportes intermédios. A limitação relativamente ao comprimento da madeira existente, restringe o vão até 20 pés, na maioria dos casos. Este vão determina a posição das paredes.
No cimo das terças existem vigas em ripa fina, suportando a camada dupla de telhas de barro. As telhas são dispostas alternadamente em cumeeira e entalhos, formando uma série contínua de canais ao longo da inclinação do telhado. A camada inferior é composta por peças finas e quadradas, dispostas lado a lado, em fileiras ascendentes com os bordos sobrepostos. Os bordos das telhas são cobertos por outras semicirculares que ficam presas e são cobertas com argamassa. São feitos respiradouros para o espaço entre as duas camadas, em intervalos regulares. Não existem caleiras, quando os beirais são projectados para fora da parede exterior. Quando o telhado termina em parapeito existe um rego atrás do parapeito que conduz a água da chuva até aos tubos de drenagem.
As chaminés não são geralmente usadas em Macau. As cozinhas são muitas vezes construídas num edifício separado, no quintal, e não há geralmente lareiras nestas casas.
A predominância da influência chinesa na construção do telhado é devida à disponibilidade de materiais, e à qualidade aliada à sua aplicação. É preciso notar que muitos edifícios em Macau têm uma fachada inteiramente ao estilo ocidental, escondendo um telhado chinês por detrás.
Não é raro encontrar-se, em Macau, um edifício cujo exterior seja chinês enquanto o interior tenha características ocidentais. Isto, não é só verdade no que diz respeito à decoração, mas também na construção do edifício. Os exemplos apresentados provam isto. O telhado do edifício, juntamente com as colunas de madeira do átrio em frente da casa, são tipicamente chineses. Contudo, as armações para suporte que se encontram no interior, apoiando-o em pontos intermédios, são ocidentais. A construção é uma mistura de métodos portugueses e chineses. O peso do telhado é suportado pela fila de colunas de um dos lados e por uma parede estrutural do outro.

Pavilhão na Avenida Horta e Costa, 7. A fachada do pavilhão.

Pavilhão na Avenida Horta e Costa. A estrutura do telhado exposta ao interior.
Parapeitos
Os parapeitos são vulgarmente usados em Macau. Aqui, segue-se o modelo ocidental. Está associado tanto aos telhados inclinados como aos planos. Visualmente dá ênfase à horizontalidade como fronteira entre o edifício e o céu. Actua como remate de todas as linhas verticais do edifício. Nas casas chinesas de um só piso, o telhado, com cumeeira e beiral, tinha a mesma função. Contudo, nas construções de vários pisos, a cumeeira dos telhados inclinados não se vê da rua. Nestes casos, o parapeito, juntamente com os ornatos nas cornijas, daria a ênfase à horizontalidade para compensar as linhas verticais do edifício, que vêm sobretudo das grandes aberturas das janelas. Assim, a utilização desta característica ocidental realça a beleza do edifício, e quando encontrado numa fileira de casas ao longo duma rua, ajuda a dar um caracter uniforme à paisagem urbana.
O parapeito ocidental é, por vezes, utilizado em conjunto com características chinesas, tal como a decoração dos beirais nos telhados chineses, ou as obras em gesso nas decorações chinesas.

Pavilhão de residência na rua Horta e Costa, 7. O parapeito ocidental, é usado com motivos decorativos chineses, os beirais virados para cima, em porcelana. As colunas parecem ocidentais, enquanto o gradeamento de madeira é chinês. O jardim circundante é de desenho chinês.


Residência na Rua do Bazar. Um típico beiral chinês em talha, com cores brilhantes, encimado por um parapeito ao gosto ocidental, usando tijolos vidrados, de forma quadrada, para as almofadas das janelas.

Residência na Avenida de Ouvidor Arriaga. O parapeito ocidental está decorado com trigramas chineses no frontispício.
PORTAS
Nos edifícios onde a principal área de habitação fica no rés-do-chão, a entrada principal está equipada com dois ou três conjuntos de portas. O externo, que abre para fora, é uma porta de duas folhas, à altura dos olhos, para proteger a privacidade. A intermédia, é uma porta de correr, gradeada com barras de madeira de secção redonda, por uma questão de segurança, enquanto mantém a ventilação e ilumina o interior da casa. Na parte interior, é de construção sólida, abrindo para dentro da casa e está sempre fechada durante a noite. Em algumas casas, o conjunto exterior era suprimido.
A entrada está alguns degraus acima do nível da rua, e recuada da linha do beiral, de modo a formar um átrio na fachada da casa.
Nestes edifícios onde o piso principal fica no andar superior, para onde se sobe por uma escada exterior situada no pátio, as portas da entrada principal são de desenho mais simples. É apenas usado um conjunto de portas.


Residência na Rua Central. Quando o parapeito não é usado, o beiral é prolongado para além das paredes exteriores, dando protecção ao topo da parede.

Portas de entrada principal, na Rua da Praia Grande, 47. Notar que o conjunto interior de portas é de desenho ocidental, enquanto que os outros dois são tipicamente chineses.


No interior, a parte de cima das portas, tem bandeiras que permitem a entrada de ar e luz. Por vezes, são usados dois conjuntos de portas, sendo o de fora tipo persiana, e o de dentro de construção sólida.
As portas são invariavelmente feitas de madeira. A teca é usada para as melhores e a san cheung para as mais vulgares. O madeiramento é normalmente pintado, as portas exteriores de cores escuras, castanho ou preto, as interiores de creme. O vidro das bandeiras é, por vezes, em vitral de cores brilhantes. Quando a porta se abre numa parede mestra, esta é rematada por um arco ou por um caixilho. Para as portas exteriores é muito usada a moldura de madeira, a contrastar com a superfície estucada da parede.

Residência na Rua Formosa. Uma entrada tipicamente chinesa, ligeiramente recuada para trás da linha do beiral, e um degrau acima do nível da rua.

Entrada de um beco comunitário. A abertura é construída em pedra.
A parte superior da entrada está protegida por telhas chinesas.


Portão de entrada no pátio de uma casa portuguesa.
O frontão ao estilo ocidental é aqui empregue juntamente com motivos chineses no topo do muro.

Escada exterior de material resistente que conduz a um átrio de entrada.
Tipicamente português.


Portas ao longo de corredor, Seminário de S. José
JANELAS
As janelas exteriores dos edifícios em Macau podem ser, grosseiramente, divididas em dois tipos: as do rés-do-chão e as dos andares superiores.
As do rés-do-chão têm geralmente moldura em pedra, protegidas com fortes barras de ferro, como segurança. Nos edifícios mais antigos, não há janelas colocadas nas aberturas, já que o rés-do-chão não é para habitação, mas sim para arrecadação. Nas casas de construção mais recente, as janelas têm persianas ajustadas.
As janelas dos andares superiores são altas, indo quase do tecto ao chão. A abertura está dividida em dois conjuntos de janelas, estando o mais baixo à altura da cintura.

Portas no Templo de Kun Yam.
São portas tipicamente chinesas, de vaivém.
São usadas finas lâminas de concha de ostra como substituto do vidro, usado em todos os edifícios dos primeiros tempos de Macau.

Porta da passagem à volta do pátio interior, Templo de Kun Yam.

Janelas do rés-do-chão de uma casa portuguesa.

As janelas são invariavelmente feitas de madeira. Antigamente, eram usadas finas lâminas de concha de ostra em vez de vidro. Permitem a entrada de luz suave para o interior das casas. As persianas de madeira são encontradas em quase todos os edifícios de Macau. Como as persianas são ajustáveis, servem para regular em ângulos diferentes, de acordo com a posição do sol. São geralmente pintadas de castanho ou verde escuro.
A abertura da janela é muitas vezes encimada por um lintel de pedra ou madeira. Por vezes, existe um arco em tijolos. A moldura de pedra não tem qualquer tipo de acabamento e contrasta com a superfície rebocada da parede. Por cima da janela, uma pequena cornija oferece a protecção necessária.
As janelas são amplamente espaçadas, para dar ritmo à verticalidade do edifício, um método muito usado em Portugal, no desenho de alçado. As fortes linhas verticais oferecidas pelas grandes aberturas das janelas, competem com a pequena cornija e o parapeito no topo do alçado, para obter equilíbrio.


Janelas no andar superior, numa casa da Rua da Felicidade.
Como a parede da fachada da casa não é estrutural, as janelas ocupam o todo da fachada.

Janela no primeiro andar de residência no Largo de S. Lázaro.
As conchas de ostras são usadas na fenestração. O conjunto de janelas interior, impede que se veja do exterior, permitindo o máximo de ar e iluminação.

As janelas que dão para o pátio interior ou saguão são muitas vezes de desenho delicado. No caso de um saguão encimado por uma clarabóia, as janelas ocupam toda a parede de lado do saguão e oferecem uma excelente oportunidade para o carpinteiro transformar o conjunto num biombo de fino rendilhado. São usados vitrais para dar uma luz difusa aos espaços interiores.

Janela no primeiro andar, residência na Rua de S. Lourenço.


Clarabóia de residência na Avenida Horta e Costa, 7. O desenho, em vitral, é ao gosto ocidental.


Janelas viradas para o saguão, numa residência da Rua da Praia Grande, 47. São janelas típicas chinesa que rodam em gonzos, com poemas chineses escritos nos vitrais.
ORNATOS
Faianças
A influência chinesa é predominante no caso das faianças decorativas. Encontram-se em quase todos os prédios, em Macau. Os mais comuns são as telhas quadradas de terracota nos painéis usados no alto das paredes, ou para formar um rendilhado nas aberturas das janelas. São geralmente verdes e fixos com argamassa.

Painel chinês, de terracota, no cimo de parede estrutural, S. Lourenço.



Telhas de terracota nas aberturas das janelas viradas para um pátio, uma casa portuguesa.

Tijolos de construção usados como gradeamento.

Telhas comuns formando um bonito padrão em grelha, no cimo de uma parede, residência na Travessa dos Anjos, 24.
As influências portuguesas são encontradas, principalmente, nos vasos de louça vidrada usados como balaústres em jardins e parapeitos, e os azulejos. Os primeiros são muito comuns em Macau, muitas vezes usados em conjunto com ornamentos de características chinesas; contudo os azulejos raramente são usados. Como são de fabricação portuguesa, são muito caros e difíceis de obter. Por isso, são usados em pequenas quantidades, debaixo dos beirais ou, no interior, como revestimento na parte inferior das paredes.
Reboco
As características portuguesas e chinesas das obras em gesso estão indiscriminadamente misturadas nos edifícios de Macau. Como o trabalho em gesso é a forma mais barata de ornamentação, encontra-se mesmo nas casas pobres.


Vasos verdes de louça vidrada, no Jardim de S. Francisco.

Azulejos portugueses usados sob o beiral de um edifício, Macao Youth Club, Avenida da República.

Tubo de drenagem da água pluvial, residência na Rua da Praia Grande, 47.


Residência na Travessa dos Anjos.
Friso decorativo, tipicamente chinês, debaixo do beiral. Os desenhos são pintados de cores brilhantes.


O Templo de Kun Yam.
Trabalho em gesso na bandeira de uma porta em arco.


Residência na Rua da Praia Grande, 83. Motivos ornamentais clássicos no topo da coluna. Notar que o trabalho em ferralharia do gradeado é de desenho chinês. As persianas por cima do gradeado dão privacidade à varanda.
As influências chinesas são predominantes na ornamentação dos tubos de drenagem pluvial. São tubos em terracota, com 4" de diâmetro e 2-4' de comprimento. São revestidos de gesso no exterior, têm a forma de secções de bambu, uma característica típica do Sul da China.
Por vezes, podem ser vistos em fachadas estilo ocidental como motivo ornamental.
Debaixo dos beirais dos telhados chineses encontram-se, muitas vezes frisos de figuras moldadas em barro, pintadas de cores alegres, acompanhadas de versos de poetas famosos.
As influências portuguesas são principalmente encontradas na ornamentação das cornijas, dos parapeitos e na aplicação de motivos clássicos na fachada dos edifícios.
Alvenaria
A ornamentação com alvenaria não é vulgar nos prédios de habitação. É principalmente associada a edifícios públicos e religiosos. A alvenaria é usualmente encontrada em gradeamentos, medalhões comemorativos, candeeiros e molduras de aberturas. No último caso, é geralmente plana. Fachadas em pedra são raras, sendo o melhor exemplo a da Igreja de S. Paulo, que mistura influências da arte ocidental e oriental.


Motivos ornamentais no muro do parapeito, residência na Rua da Praia Grande, 47 Estes motivos ajudam a quebrar a linha recta do muro do parapeito.

Ornatos na cornija, residência na Rua do Seminário. 5-7.


Medalhão comemorativo no Leal Senado.
Os candeeiros de cada lado da escadaria são de pedra.


O gradeado em pedra no Templo de A-Má.
A ornamentação é tipicamente chinesa.

Reproduções de Journal of Oriental Studies, Vol. I, No. 2, July, 1964.
A fachada de S. Paulo é um sermão em pedra executado com ideias e motivos ocidentais mas por artífices chineses, com influências da arte oriental.

O tímpano (primeira fileira): alçado, planta e secção.
Desenhado por Wong Tin Chun e Ho Kum Kee.

O quarto andar (segunda fileira): parte do alçado, planta e secção. Desenhado por Jackson Wong, Ho Kom Kee e Loke Chong Yoof.


O segundo andar (quarta fileira): parte do alçado e parte da planta. Desenhado por Ng Chun Man, Jackson Wong e Wong Siu Ling.

Ferralharia
A ferralharia com fins ornamentais é, principalmente em ferro fundido ou ferro forjado. Como nos balaústres, cercas, guardas de janelas ou portões, o desenho é muitas vezes de padrão complicado constituído por peças-modelo dando ênfase à verticalidade. O metal é geralmente pintado de verde ou castanho escuro.

Primeiro andar (entrada): parte do alçado e parte da planta. Desenhado por Wong Siu Ling, Ng Chun Man e Doreen Young.


Protecção de ferro em janela de rés-do-chão, residência na Rua da Praia Grande. O padrão é tipicamente ocidental.


Gradeamento à volta do saguão, residência na Rua da Praia Grande, 47.
O desenho do gradeamento de ferro é ocidental, enquanto que o trabalho de carpintaria debaixo das vigas de madeira, é tipicamente chinês.

Sebe de jardim, residência na Rua Praia do Bomparto.
O padrão do gradeamento é ocidental.

Gradeamento de varanda, residência na Rua da Praia Grande, 83.
É costume entre os chineses ricos ter o apelido da família incorporado no desenho do gradeamento de metal.

Gradeamento na varanda da residência na Rua da Praia Grande, 47.
O efeito geral é chinês, mas são encontrados alguns motivos ocidentais
no desenho, quando comparado com os padrões tipicamente
portugueses e chineses dos exemplos anteriores.


Carpintaria
O trabalho de carpintaria em motivos ornamentais está principalmente associado ao interior dos edifícios. A teca é o material mais comum usado para trabalhos mais delicados, em talha. É, muitas vezes, envernizada ou deixada sem acabamento, deixando à vista os veios da madeira natural.


A porta de entrada é ornamentada com motivos ocidentais, mas feito com mão-de-obra chinesa.

Talha debaixo de vigas, residência na Rua da Praia Grande, 47.

Talha por cima da porta na Rua da Praia Grande, 83. Os motivos salientes são pintados em dourado.

Fino rendilhado na parede lateral do saguão.
Decoração Interior
O interior das casas de habitação em Macau, é decorado com uma mistura de influências portuguesas e chinesas. As paredes da sala principal são, muitas vezes, cobertas com pinturas ou caligrafias chinesas. A disposição chinesa do mobiliário é geralmente mantida, com as cadeiras ao longo das paredes da sala e uma grande mesa ao centro. O mobiliário de melhor qualidade é em teca ou ébano com embutidos em mármore. Encontram-se muitas vezes espelhos no patamar das escadas.

Abertura circular num painel de talha delicada.

Lanterna sobre o altar do Céu, na Rua da Praia Grande, 47. As lanternas chinesas são mais para fins decorativos e de cerimonial do que para iluminar.

Candeeiro de tecto ocidental, suspenso de tecto de madeira contra um fundo de decoração chinesa.

Interior da sala principal. Rua da Praia Grande. 47.

ARQUITECTURA PAISAGÍSTICA
Tanto na filosofia como no desenho dos jardins, os chineses são completamente diferentes dos portugueses. Para os primeiros é, antes de mais, arte pictórica servindo de apoio à contemplação, para os outros, razão e fórmula. Assim, no que diz respeito ao desenho do jardim, há poucas influências mútuas chinesas e portuguesas. Contudo, os vários traços decorativos podem mostrar, em alguma medida, as influências mútuas, muitas vezes na aplicação dos materiais, e, por vezes, no desenho dos padrões.


Muitas vezes não existem tectos. Encontram-se apenas nas casas.
São de desenho ocidental.

Tecto na Rua da Praia Grande, 83. Quando o betão é usado na construção das casas, a parte inferior é rebocado e ornamentado.

O velho palacete da Flora na Avenida Sidónio Pais destruído pela explosão de um paiol próximo. Desenho tipicamente português, formal e geométrico, axial e simétrico, o desenho foi completamente transformado.

Jardim traseiro do "Notícias de Macau" na Calçada do Tronco Velho. As colunas de pedra, dos dois lados da álea, suportam latadas de lindas trepadeiras. A planta do jardim aparece na página seguinte.

Planta do jardim traseiro do "Notícias de Macau", na Calçada do Tronco Velho.
É um desenho de jardim tipicamente português, para uma casa de habitação, com uma álea coberta que conduz a um espaço aberto e circular ao centro, árvores e plantas dos dois lados da álea. Entre o jardim e a porta do edifício há um átrio coberto.

Jardim de Lou Lim Ieoc, Avenida Horta e Costa, 7.
A ponte de nove curvas atravessando o lago artificial.

CONCLUSÃO
As influências mútuas da arquitectura chinesa e portuguesa não estão distribuídas de igual modo por todo o edifício, sendo alguns aspectos mais salientados, outros menos. Devido ao diferente modo de estar na vida dos chineses e portugueses, a simbiose de influências não causa muitas alterações quer na planta típica chinesa quer na portuguesa. E na construção e decoração que as influências são mais importantes e visíveis. As ideias e as formas são desenhadas livremente quer ao nível da arquitectura chinesa quer portuguesa, de forma a criar um edifício funcional e sólido. A mistura de motivos ornamentais chineses e portugueses nas várias partes do edifício infunde um interesse especial à arquitectura de Macau. Dão realce um ao outro, emprestando ao edifício vivacidade e cor. Assim, o resultado das influências mútuas em Macau é melhor do que quando é empregue apenas um tipo de arquitectura.
As influências mútuas da arquitectura chinesa e portuguesa produziram um tipo especial de arquitectura mais conveniente para as condições especiais de Macau. Este estilo, embora contento elementos chineses e portugueses, é elegante e harmonioso. Os dois estilos ligaram-se de forma a criar uma nova identidade. As qualidades de cada um foram, em Macau, adoptadas para encobrir os defeitos do outro.



O muro do jardim. As ornamentações nas aberturas do muro são chinesas, ainda que a forma das separações verticais pareça mais ocidental do que chinesa.

O pavilhão ao fundo do lago artificial. Neste edifício vê-se uma mistura de características ocidentais e chinesas.
CAUSAS DAS INFLUÊNCIAS MÚTUAS
Exigências climáticas
Tanto Portugal como Macau gozam de um clima momo, temperado, onde o sol e o ar constituem o principal problema a resolver. Assim, muitas das ideias e técnicas familiares aos portugueses, no seu país, aplicam-se também a Macau. O uso da varanda e das persianas ajustáveis, ao gosto de Portugal, é apropriado para o clima tropical. Assim, a partir de exigências funcionais, os portugueses introduziram a sua própria arquitectura em Macau.
Disponibilidade dos materiais de construção
Quando os Portugueses constróem as suas casas em Macau, têm dificuldade em obter material de Portugal, com excepção de algum, muito específico. Deste modo, tinham que utilizar os materiais de construção chineses, locais. Gradualmente, tomaram-se familiares com as técnicas associadas usadas para a aplicação destes materiais.
Os construtores chineses, em Macau, por outro lado, achavam difícil encontrar madeira de boa qualidade para a construção tradicional chinesa. Os tijolos e pedra tinham de ser usados como substitutos na maioria das construções. As estruturas de suporte em alvenaria acarretavam problemas novos, particularmente no que diz respeito às aberturas nas paredes estruturais. A este respeito, os Portugueses pareciam ser mais talentosos e apresentavam melhores soluções.
Exigências do terreno
Devido ao grande desenvolvimento de Macau, era inevitável a construção de edifícios de vários andares. As técnicas portuguesas de construção eram mais apropriadas para esta finalidade, com os materiais disponíveis em Macau. Assim, muitas das casas apresentam influências portuguesas na construção.
Empregar o mesmo empreiteiro
Os portugueses que se fixavam em Macau eram em pequeno número. Para construir suas casas tinham de recorrer a construtores locais, chineses. Ao fazerem isto, apresentarem as técnicas chinesas de construção aos portugueses. Os chineses também aprendiam com os portugueses, e quando construíam para o chineses, introduziam ideias e características portuguesas na arquitectura chinesa.
Tendência para a ocidentalização
Nos finais do séc. XIX, havia uma grande tendência entre os chineses para adoptar os padrões de vida e a tecnologia ocidentais. Quando construíam as suas casas, a tendência era fazê-lo ao estilo ocidental, pelo menos no exterior. Contudo, muitas vezes, as tradições chinesas eram ainda fortes. Isto reflectia-se nos interiores e decoração, que continuava predominantemente ao estilo chinês.
Composição da população
Nos primeiros tempos, a população de Macau era composta principalmente por portugueses, havendo poucos colonos chineses. A arquitectura portuguesa dominava a indústria da construção. Depois do séc. XVII, a maioria da população era chinesa, e muitos portugueses casaram com chinesas, e por isso, tornaram-se mais chineses do que portugueses, no modo de vida. Tornou-se difícil, portanto, encontrar uma casa de habitação puramente ao estilo chinês. Havia mais casas chinesas construídas sob influência portuguesa do que ao contrário. Além disso, as relações amigáveis entre os dois povos encorajavam estas influências. A ausência de ressentimentos e desconfianças tornava mais fácil a aceitação das influências um do outro.
APÊNDICE NOTAS SOBRE A ARQUITECTURA DE HABITAÇÃO CHINESA
Planta
A arquitectura doméstica é um reflexo da ideia chinesa de família. A família é considerada a unidade básica do país. É altamente autónoma, e gere os seus próprios assuntos. Desempenha um papel importante no estabelecimento de padrões de ordem social, e ajuda a fomentar o sentimento de unidade entre os seus vários membros.
Uma casa tipicamente chinesa consiste numa série de moradias individuais dispostas em redor de um pátio central. São geralmente de um só andar e desenvolvem-se horizontalmente, aumentando o número de pátios. Sob o ponto de vista arquitectónico, o pátio central exprime a identidade da família, e é um espaço funcional em termos de luz e ventilação, funcionando também como espaço de habitação exterior. A planta da casa fornece os espaços de intimidade necessários à vida da família, e contudo une os seus membros por laços de interesse e companheirismo.
A planta baseia-se no conceito de axialidade e simetria, com o eixo central correndo ao longo das divisões mais importantes. É aqui que estão situados os aposentos do chefe de família e a sala principal. A importância é, além disso, acentuada pelo seu desenho simétrico, com tectos mais baixos para os dois aposentos laterais. O local é determinado pelo Feng Shui, e todas as construções importantes estão viradas a sul.
Os limites funcionais e integrais da família são definidos por um muro alto, apenas entrecortado pelas portas necessárias e oferece o máximo de privacidade a todas as actividades da família. Todas as janelas dão para o pátio.
Construção
A estrutura consiste num telhado apoiado em colunas de madeira com os intervalos preenchidos com tijolos ou pedras. A armação do telhado é primeiro montada no chão e depois subida. As colunas são colocadas em posição de a aguentar. As colunas não ficam enterradas no solo mas apenas assentes em pedestais de pedra. A maioria das colunas é lisa, de secção quadrada ou redonda. A estabilidade da estrutura depende da armação de madeira; as paredes, de blocos de pedra ou tijolos não funcionam como apoios. O espaço é inteiramente ocupado por portas e janelas rendilhadas, num fino trabalho de carpintaria.
Os tijolos são o principal material usado, geralmente cozidos até obterem a cor cinzenta. A pedra é mais usada para os alicerces e pavimentos. As telhas são universalmente usadas para os telhados. Os telhados planos são raros, e não se vêem chaminés nas casas chinesas. O chão é, de tijolo largo e grosso de cor avermelhada, ou de cimento.
Portas e janelas
Na entrada principal, a parede é muitas vezes recuada em relação ao beiral para criar um átrio coberto. A porta de entrada está normalmente mais alta uns degraus em relação ao nível da rua. As portas giram sobre gonzos de madeira encaixando no lintel e na soleira. Um biombo móvel é colocado no interior para dar privacidade.
O muro do pátio é geralmente composto por portas e janelas, protegidas do clima por uma varanda ou grandes beirais. É usado o papel de arroz em vez do vidro. No sul da China, como substituto, são usadas pequenas lâminas de concha de ostra cortadas em quadrados ou polígonos.
Desenho da fachada
A parte principal de um edifício chinês não é a empena, mas a fachada. Assim, nem os telhados nem as empenas têm uma importância preponderante. Com as linhas verticais e horizontais das colunas e vigas, os beirais e cumeeiras dos telhados, o ritmo do vertical e horizontal é enfaticamente acentuado. É adicionada vida arquitectónica nas construções, no desfazer da linha recta especialmente nos telhados. A superfície do telhado e das empenas são ricamente ornamentadas com muitas linhas e superfícies suaves, de modo a harmonizar melhor com a irregularidade de linhas da paisagem circundante.
Ornamentações
Na maioria dos edifícios chineses, o telhado é a única parte ornamental. As paredes são quase sempre rebocadas, e quando o não são, os tijolos são cobertos de boa argamassa. Em lugar de uma cornija ampla, o topo da parede é frequentemente decorado com um friso de motivos de barro pintado,em baixo-relevo. Telhas verdes envernizadas, a formar uma espécie de grade, são usadas para as aberturas das paredes.
Os tectos, não são sempre usados, sendo o telhado a única cobertura dos quartos. Talhas de madeira adornam as cornijas dos quartos e as bandeiras das portas. As carpetes não são muito usadas. O mobiliário é do mesmo grau de qualidade do usado na Europa. A iluminação é feita com candeeiros a óleo e velas. As lanternas são mais utilizadas para fins decorativos e rituais nas festas e celebrações.
Conclusão
A casa chinesa oferece isolamento do mundo exterior. Dentro dos muros, o espaço interior combina livremente com o exterior através de varandas e pátios, Vê-se quase todo o céu, por cima dos telhados baixos. O desenho do edifício, como um todo, expressa o desejo interior de união do homem com a natureza. É o princípio que está por detrás da construção que dá à arquitectura chinesa uma característica distinta.
NOTAS SOBRE A ARQUITECTURA DOMÉSTICA PORTUGUESA
Planta
O pátio central é um traço característico da arquitectura portuguesa. Encontra-se em quase todas as construções excepto nas mais pequenas. A planta é quase sempre centrípeta com os vários elementos da planta empurrados para os lados do pátio em vez do centro. Os pátios são rodeados de galerias em todos os andares, que servem de ligação e protegem do sol.

Planta de casa antiga
Passando a porta de entrada principal aparece um pátio aberto, donde sobe uma escada para o andar superior. A escada é uma estrutura permanente de pedra ou tijolo. A sala e o escritório formam os aposentos principais e ficam por cima do piso de arrecadação. Os quartos comunicam uns com os outros, ou dão para um corredor.
Construção
O princípio de construção usado é o do telhado apoiado em duas paredes paralelas, e fechado em todas as extremidades por uma parede de empena. As paredes-meias são usadas como suporte das vigas de madeira dos andares superiores. Os telhados de inclinação baixa são cobertos de telhas curvas, vermelhas. As chaminés são um elemento interessante de sua forma longa e estreita. O chão é pavimentado com tijoleira baça.
As varandas são muitas vezes usadas nas casas da cidade. As traves de madeira das varandas são apoiadas em suportes projectados da parede. O gradeamento, em finas pilastras de madeira ou em bela ferralharia.
Janelas
Nas casas pobres, mais pequenas, as janelas têm caixilhos de madeira. Nas casas construídas com materiais mais resistentes, é usada a moldura em madeira. Os batentes das janelas são, por vezes, subdivididos por travessas horizontais e por traves verticais que permitem ventilação para o interior da casa, com a máxima segurança. As janelas são amplas e espaçadas.
O desenho da fachada
As casas da cidade são geralmente de dois andares e de alçado pouco apelativo. De fora, as casa são austeras e pouco convidativas. As paredes, de alvenaria são rebocadas para eliminar as irregularidades. Estas são lisas e caiadas em vários tons de pastel. A horizontalidade é marcada, introduzindo um friso de ornatos na separação dos pisos. As fachadas contam com a disposição das janelas para produzir algum efeito. A verticalidade é marcada utilizando as próprias aberturas. A clássica cornija dos beirais concorre com as fortes linhas verticais das grandes aberturas das janelas.
Os alicerces de pedra são construídos à superfície do solo e actuam esteticamente na composição, articulando o trabalho de alvenaria com a concepção rústica. A superfície rebocada contrasta com o trabalho de alvenaria em redor das aberturas.
Ornamentos
A madeira é muito usada para trabalho de decoração de interiores, nas arcas clássicas e no elaborado revestimento das paredes. O tecto dos quartos principais são forrados de madeira trabalhada.
O trabalho em telha é a característica mais predominante das construções portuguesas. Os azulejos decorativos, tipicamente portugueses, são usados com grande mestria. O pavimento é sempre branco com um tom ligeiramente azulado. As cores mais usadas são o azul, verde, amarelo e mais raramente o castanho. Os padrões são de grande variedade; alguns de geometria mourisca, outros clássicos, e outros naturalistas.
O trabalho em metais é usado nos exteriores, nas barras para as janelas e gradeamento dos balcões. Normalmente estão colocados verticalmente, pouco espaçados, em forma de elegantes balaústres.
Conclusão
A arquitectura portuguesa não é um estilo em si. Tem algumas características locais mas é muito influenciada pela arquitectura dos países vizinhos, mourisca nos primeiros tempos, italiana e francesa posteriormente.
Traduzido do inglês por Iva Flores.

- Pórtico de três arcadas. Dórico sem pedestal.

- Ordem dórica proposta para imagem acima.






Detalhes. Balaústres de uma casa da época de Luís XVI, Rua de Tournon.
NOTA DO AUTOR
O autor tem o prazer de aqui expressar a sua gratidão e reconhecimento para com C. H. Wong, professor associado do Departamento de Arquitectura da Universidade de Hong Kong, pela orientação prestada durante a preparação desta tese; a H. G. Hollmann, professor associado do Departamento de Arquitectura da Universidade de Hong Kong pelas suas sugestões valiosas; a L. G. Gomes, ex-Bibliotecário da Biblioteca Central de Macau e curador do Museu Luís de Camões pela fontes sobre vários edifícios históricos de Macau; a J. Graça pela grande ajuda prestada na tradução de textos do Português para Inglês; a Henrique de Senna Fernandes, ex-Director dos Serviços de Turismo de Macau, pela informações gerais sobre Macau; a L. K. Sit do Colégio Pui Ching pelas informações sobre a residência e jardim de Lou Kou; e last but not the least, a todos os cidadãos de Macau pela ajuda e cooperação durante a pesquisa arquitectónica dos seus edifícios.
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Sampaio, Albino F. História da Literatura Portuguesa Illustrada, 4 Vols., Livraria Bertrand, Lisboa, 1929.
***** Ver referência para a Nota (1) na p. 160, p. 47.
****** Esta fachada sofreu profundas transformações quando foi convertida em lojas. Não há registo da fachada original. A abertura da Rua Pedro N. da Silva é muito tardia comparada com este edifício. Isto explica a razão da entrada principal dar para a estreita Travessa dos Anjos, em vez da rua principal, como hoje em dia.
NOTAS
1 Anuário de Macau - Centro de Informação e Turismo, ano 1967, Província Portuguesa de Macau, (Composto e impresso na Imprensa Nacional, Macau, 1967), p. 19-37, Demografia.
2 Ver referência para Nota (l), p. 7, Clima; e Anuário Estatístico de Macau, ano de 1966 - Repartição Provincial dos Serviços de Estatística, Província de Macau, Portugal (Imprensa Nacional, Macau, 1967.) pp. 14-16, Clima.
3 Ver referência para Nota (l) na p. 143, pp. 7-8, População, e Anuário Estatístico de Macau, ano de 1966 - Repartição Provincial dos Serviços de Estatística, Província de Macau, Portugal (Imprensa Nacional, Macau, 1967.) pp. 19-37, Demografia.
4The Western Pioneers and Their Discovery of Macao - J. M. Braga (Imprensa Nacional, 1949, Macao) p. 106, The Establishment of Macao.
5É dado um relato pormenorizado da lenda em Macau Histórico - C. A. Montalto de Jesus (Imprensa Salesiana, 1926, Macau.)
6Fidalgos in FarEast, 1550-1770, FactandFancy in the History ofMacao - C. R. Boxer (M. Nijhof, 1948, The Hague.) p. 2, Bay of The Goddess Ama, and City of the name of God.
7 Um pilar comemorativo, com a cota de armas portuguesa.
8Ver referência para Nota (l) na p. 145, pp. 63-64 in Search of a Home.
9Macau na Época da Restauração - C. R. Boxer (Imprensa Nacional, 1942, Macau.) p. 15
10A Documentary Chronicle of Sino-Western Relations - S. F. Lo (University of Arizona, 1960, U. S. A.) p. 6-7, The Reign of Shuh-Chih.
11 Ver referência para Nota (l), p. 145, p. 104
12 Ver referência para Nota (l), p.145, p. 3.
13 Ver referência para Nota (l), p.145, p. 132.
14The Chinese - S. F. Davis (C. Knight & Co., London, 1940) p. 13.
15 Ver referência da Nota (3) na p. 145, pp. 99-100.
16Portuguese Settlements in China - A. Ljungstedt (J. Munroe, Boston, 1936).
17The China Repositary, Vol. III, Canton, Feb., 1835, pp. 485-486.
18 Anuário de Macau, ano de 1927 (Imprensa Nacional, 1927, Macau).
19 Anuário de Macau, ano de 1939 (Imprensa Nacional, 1939, Macau). População.
20 Relatório da Comissão Nomeada por Portaria de 10 de Setembro de 1960, alterada a sua constituição pela Portaria de 28 de Agosto de 1962. Destinada a estudar e propor as medidas adequadas à defesa do Património Artístico e Histórico existente na Província Ultramarina deMacau - A. C. Henriques, Pe. B. V. Pires, 1963, Macau. Pp. 41-43, Pagode da Barra.
21Ou-Mun-Kei-Leok - U. L. Tcheong, K. I. Ian, tradução do Chinês por L. G. Gomes, 1950, Macau. P. 39, e ilustração da p. 74 (reproduzida na p. 161).
22Descrição detalhada do Templo de A-Má in Renascimento, March, 1943, Macao, pp. 324-328, "Macao's Temple ofA-Má" - J. M. Braga.
23Ver referência para a nota (1) na pág. 160, pp. 43-44, Pagode de Mongha.
24Portuguese Settlements in China - A. Ljungstedt (J. Munroe, Boston, 1836)
25Diário de Francisco Ramponi, 1697-1700, Illustrated London News, Sept. 1 1th, 1954, pág. 416.
26Os testes da Universidade de Hong Kong conduzidos por O. Tunnell (Eng.) da Faculdade de Engenharia, revelaram o seguinte: Absorção após 24 horas de imersão, 15,8% do peso.
Ponto de rachadura, quando testado, 6001b./sq. in. Esforço de compressão 3.300 1b./sq.
Comparando com um tijolo Flettons: absorção 12-21%; ponto de rachadura 200 - 4001bb/sq. in.
*0 texto aqui publicado é a reprodução integral da tese de investigação do Arquitecto Wong Shiu Kwan, já editada no B. I. L. C.(Boletim do Instituto Luís de Camões), e depois publicado em separata (Imprensa Nacional de Macau, 1970).
A republicação justificou-se-nos pela raridade de trabalhos neste campo específico, e pelo interesse acrescido de um olhar que regista as abundantes provas de uma inter-influência cultural, em vésperas do seu desaparecimento.
Como critério editorial, e para preservar ao máximo a documentação iconográfica original e, mais ainda, permitir um cotejo com as existências actuais que sobreviveram, RC faz compaginar as originais ilustrações a preto e branco com algumas situações actuais, a cores. Os slides actuais são da autoria de Joaquim de Castro.
*** Ver referência à nota de rodapé (1) p. 160, pp. 44-45, Pagode de Lin Fong, e Ou-Mun—Kei-Leok - U. L. Tcheong, I. K. Ian; gravura na pág. 166.
**** The Macao Review, Vol. I, No. 5, April, 1930, Macao. The Church of St. Lawrence, J. M. Braga.
******* Uma descrição detalhada do jardim encontra-se no Boletim do Instituto "Luís de Camões", Vol. II No. l, Out. 1967 (Museu Luís de Camões, Macau.) pp. 147-188, O Jardim de Lou Kau - A. M. Amaro.
** Arquitecto, natural de Macau. Licenciatura pela Universidade de Hong Kong concluída em 1969. Trabalha actualmente no Architectural Service Department da administração de Hong Kong.