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A Noite Desceu em Dezembro

Neste novo romance de Henrique de Senna Fernandes, publicado em forma de folhetim no jornal Ponto Final em 2005, o leitor familiar com a obra deste exímio contador de histórias encontrará situações, temas, tipos sociais, explorados e retratados noutros livros: o amor a desafiar preconceitos seculares e barreiras sociais aparentemente intransponíveis, o orgulho e até o desprezo como entraves ao mútuo respeito entre indivíduos, as relações entre as diferentes camadas sociais de macaenses e, na figura de Nuno Belmares, de certa forma o herói deste romance, o macaense como fio de conexão entre duas culturas aparentemente antagónicas — a portuguesa e a chinesa. Os anos 1942-45 representavam para Henrique de Senna Fernandes uma autêntica divisão das águas, um período de rápida transição entre a Macau patriarcal, em que a velha elite macaense ainda estava no auge, e a Macau moderna, transformada pelas repercussões da Guerra. A chegada de milhares de refugiados chineses do interior, juntamente com portugueses de Hong Kong e de outros portos da China, assim como migrantes de outras nacionalidades à procura de um porto de abrigo, teria uma enorme influência nos costumes dos macaenses da geração que iria enfrentar o mundo e constituir família nos anos do pós-guerra. O leitor irá acompanhar essa viagem rumo a uma sociedade mais liberal e tolerante através das experiências profundamente humanas dos irmãos Belmares, de uma família tradicional macaense, um meio e uma comunidade que o autor conhecia intimamente por fazer parte deles.

A Noite Desceu em Dezembro

Neste novo romance de Henrique de Senna Fernandes, publicado em forma de folhetim no jornal Ponto Final em 2005, o leitor familiar com a obra deste exímio contador de histórias encontrará situações, temas, tipos sociais, explorados e retratados noutros livros: o amor a desafiar preconceitos seculares e barreiras sociais aparentemente intransponíveis, o orgulho e até o desprezo como entraves ao mútuo respeito entre indivíduos, as relações entre as diferentes camadas sociais de macaenses e, na figura de Nuno Belmares, de certa forma o herói deste romance, o macaense como fio de conexão entre duas culturas aparentemente antagónicas — a portuguesa e a chinesa. Os anos 1942-45 representavam para Henrique de Senna Fernandes uma autêntica divisão das águas, um período de rápida transição entre a Macau patriarcal, em que a velha elite macaense ainda estava no auge, e a Macau moderna, transformada pelas repercussões da Guerra. A chegada de milhares de refugiados chineses do interior, juntamente com portugueses de Hong Kong e de outros portos da China, assim como migrantes de outras nacionalidades à procura de um porto de abrigo, teria uma enorme influência nos costumes dos macaenses da geração que iria enfrentar o mundo e constituir família nos anos do pós-guerra. O leitor irá acompanhar essa viagem rumo a uma sociedade mais liberal e tolerante através das experiências profundamente humanas dos irmãos Belmares, de uma família tradicional macaense, um meio e uma comunidade que o autor conhecia intimamente por fazer parte deles.