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Associação de Arte Teatral Dirks x Estúdio Paprika 

5-7/5 │ Sexta-feira a Domingo │ 20:00
6, 7/5 │ Sábado, Domingo │ 15:00
Edifício do Antigo Tribunal - Teatro Caixa Preta (acesso apenas por escadas)
Bilhetes: MOP 180 

“Entre o momento em que colocamos os óculos e o momento em que os tiramos, não só transitamos entre o espaço virtual e o espaço real, como também alternamos entre o mundo de Marco Polo e o de Kublai Khan.” – Jass Leung, crítica de teatro

Participando pela quinta vez no Festival de Artes de Macau, a Associação de Arte Teatral Dirks apresenta m@rc0 p0!0 endg@me 2.0, uma produção que combina realidade virtual (RV) e representação teatral. Este programa, adaptado a partir do romance As Cidades Invisíveis de Italo Calvino, é uma co-produção da Associação de Arte Teatral Dirks e do Estúdio Paprika, uma companhia de teatro sediada em Hong Kong dedicada ao desenvolvimento da estética visual, incorporando tecnologia no teatro.

Ao longo do programa, o público será munido de óculos de RV e guiado por actores e por tecnologia de RV para entrar no mundo criado por Italo Calvino e viajar através do tempo e do espaço, entre a realidade e a ilusão, por uma série de cidades, à medida que se desenrola um duelo de xadrez entre Kublai Khan (o imperador Shizu da dinastia Yuan) e o explorador Marco Polo. Transitando entre o real e o surreal neste mundo insólito, o público será levado a reflectir sobre o impacto da civilização digital na sociedade humana.


Encenação e Texto: Adrian Yeung 
Elenco: Ip Ka Man, Wu May Bo e Anson Chan 
Design e Produção de RV: Adrian Yeung e Arnold Chan 
Design: Lam Ka Pik, Kenneth Cheong, Chan Ming Kin e Nicco Sun 
Suporte Técnico no Palco: MIIS Production


Duração: Aproximadamente 1 hora e 20 minutos, sem intervalo
Interpretado em cantonense, sem legendas
Restrito ao público entre os 13 e os 65 anos, não adequado a pessoas nas seguintes condições:
1.    Grávidas e indivíduos que sofram de doenças cardiovasculares ou outras patologias graves;
2.    Indivíduos com epilepsia;
3.    Indivíduos com conjuntivite ou outras doenças contagiosas da vista;
4.    Indivíduos com outras incompatibilidades relativamente à experiência de RV.


Conversa pós-espectáculo no dia 5 de Maio, às 20:00 horas


Observações:
1.    O programa, alternar-se-á entre RV e actuações ao vivo. Para evitar interrupções, solicitamos ao público que permaneça em silêncio e desligue todos os dispositivos de emissão de som e luz;
2.    Algumas pessoas poderão sentir tonturas e náuseas ao usar óculos de RV, devendo o público proceder, por iniciativa própria, à avaliação da sua saúde e do seu estado físico antes de adquirir bilhetes para este espectáculo. O público deverá assumir a responsabilidade por quaisquer problemas de saúde decorrentes da sua própria conduta de risco;
3.    Recomenda-se o uso de lentes de contacto pelos utilizadores de óculos. Aqueles que optarem pelo uso de óculos deverão ter em atenção que as armações dos mesmos deverão ter um tamanho máximo de 142 mm de comprimento e 50 mm de largura, podendo o formato de algumas armações dificultar o uso de óculos de RV.

Texto Introdutório

Explorar o uso da realidade virtual (RV) em teatro tornou-se uma tendência comum nos últimos anos. m@rc0 p0!0 endg@me 2.0 tem como referência as Seis Propostas para o Próximo Milénio, uma colecção de conferências da autoria do escritor italiano Italo Calvino, inspirando-se no seu romance As Cidades Invisíveis, que apresenta o relato de Marco Polo a Kublai Khan, descrevendo uma série de cidades ilusórias. Para além de assistir à actuação ao vivo dos actores, o público irá ainda experienciar as cidades virtuais por meio de óculos de RV. À medida que a história vai avançando, cada segmento de RV evoca uma das várias atracções visitadas durante uma excursão de grupo. A criadora principal Wu May Bo refere que “a RV foi inserida nesta produção, com vista a explorar novas possibilidades a nível da experiência teatral; adoptámos os conceitos de RV e realidade porque estamos muito interessados em explorar a experiência do público.”

A incorporação de RV no teatro permite não só proporcionar ao público uma nova experiência de visualização, como também inspirar os dramaturgos a reflectir sobre o desenvolvimento futuro do teatro.

 

Por Egretta
Crítica de teatro e profissional de comunicação social com dois Mestrados em Jornalismo e Gestão Cultural pela Universidade Chinesa de Hong Kong. Actualmente, escreve sobre vários temas para diversas plataformas de comunicação social como trabalhadora independente, incluindo sobre desenvolvimento artístico e cultural de Macau, história e características típicas de Macau e estilos de vida ecológicos.

 

Excerto de um artigo escrito originalmente em chinês

Festival Extra

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