Eu Sou Uma Lua

Teatro da Torre do Tambor Oeste

5, 6/5 │ Sexta-feira, Sábado │ 19:45
Centro Cultural de Macau - Pequeno Auditório
Bilhetes: MOP 220

“Uma história sobre a lua e a dor, cruel mas terna.”Diário da Juventude de Pequim 

Um piano amolgado por saltos altos, uma maçã escurecida numa prateleira e um corpo coberto de mordidelas de amor. O que têm todos em comum com uma lua cheia de crateras? Um astronauta numa missão à lua, um assalariado que perdeu a actriz que admirava, uma estudante de matemática que engorda quando chega à puberdade, uma estrela de rock que não tem sorte no amor, o dono de uma loja de frutas e a sua esposa, que se conheceram na adolescência... Ao luar, cada um vê-se absorvido por preocupações. Esta produção revela, em forma de poema em prosa, as histórias de seis pessoas – histórias independentes, mas interligadas.

Escrita pela dramaturga Zhu Yi, Eu Sou Uma Lua estreou em Nova Iorque em 2011. Na altura, o argumento foi traduzido para chinês, tendo a produção sido levada ao palco em vários festivais de teatro a nível nacional e internacional. Este espectáculo, encenado por Ding Yiteng, um encenador da nova geração aclamado como um dos “principais jovens encenadores”, traz a lua longínqua até nós, convidando-nos a ver mais de perto as suas crateras.


Dramaturgia: Zhu Yi
Encenação: Ding Yiteng
Elenco: Ding Yiteng, Kang Tongge, Wang Dingyi, Huang Yizi, Zhang Jiahuai, Liu Shang e Kang Yutian
Composição: Ding Ke
Coreografia: Liu Shang


Duração: Aproximadamente 1 hora e 50 minutos, sem intervalo
Interpretado em mandarim, com legendas em chinês e inglês 
Interdito a menores de 13 anos

Texto Introdutório

Eu Sou Uma Lua é uma produção poética em que a viagem à lua é usada como metáfora da busca do autoconhecimento. Escrita por Zhu Yi, dramaturgo chinês radicado nos Estados Unidos, esta peça combina o sentimento solitário e poético exclusivo da literatura chinesa e o humor negro autodepreciativo americano. Esta divide-se em duas partes: a viagem à lua de um astronauta isolado e as histórias interligadas de cinco pessoas comuns, ecoando os estados de espírito do astronauta durante a sua viagem.

A peça será apresentada pelo Teatro da Torre do Tambor Oeste num palco concebido de forma engenhosa. No centro, encontra-se um parque infantil giratório em cujo pano de fundo o astronauta pode ser visto ora a andar de bicicleta, ou a empurrar a lua enquanto caminha. O intrigante palco de conto de fadas convida o público a entrar no céu estrelado para vislumbrar as vidas das personagens de uma perspectiva omnisciente.

Eu Sou Uma Lua é uma peça cheia de vitalidade, brilhando com o sentido apurado de observação da vida por parte do dramaturgo e com o olhar do encenador sobre as subtilezas que permeiam as relações humanas, deixando o público com uma visão mais solidária e poética da vida.

 

Por Becca Cheung
Cheung é licenciada em Encenação pela Escola de Teatro da Academia de Artes Performativas de Hong Kong, tendo igualmente trabalhado em teatro físico e dramaturgia.
 

Excerto de um artigo escrito originalmente em chinês

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