Ópera Cantonense Experimental Adeus Minha Concubina (Nova Adaptação)

Centro Xiqu, Distrito Cultural de West Kowloon

26, 27/5 │ Sexta-feira, Sábado │ 19:45
Centro Cultural de Macau - Pequeno Auditório
Bilhetes: MOP 220 

Rompendo com a tradição e retratando delicadamente o olhar melancólico do Soberano do Reino de Chu Ocidental

Combinando técnicas tradicionais de ópera cantonense com cenografia e design de luzes contemporâneos, esta produção inovadora reinterpreta a lendária história da queda de Xiang Yu, o autoproclamado "Soberano do Reino de Chu Ocidental". Contada a partir da perspectiva deste senhor da guerra, a narrativa segue o herói nos seus últimos momentos de vida, em que cada cena o vai fazendo cair cada vez mais no desespero.

Esta nova adaptação de uma obra clássica proporciona ao público um espectáculo emocionante e original, que ilustra a transformação e a evolução da ópera cantonense. Sendo a primeira obra encomendada do Centro Xiqu, esta produção foi reconhecida com o Prémio de Melhor Xiqu Experimental de 2017 na Expo de Artes Cénicas da China (Pequim) 2018 e foi seleccionada como uma das "40 Peças de Teatro Experimental Mais Influentes da China Contemporânea" no âmbito do 40.º Aniversário do Teatro Experimental da China em 2022.


Produção: Naomi Chung *
Dramaturgia, Encenação e Arranjos Musicais: Keith Lai e Janet Wong
Direcção Técnica: Rae Wu *

* Funcionários do Distrito Cultural de West Kowloon


Personagens e Elenco
Xiang Yu: Keith Lai
Yuji (Concubina Yu): Janet Wong
Noivo / Soldado: Ng Lap-hei


Duração: Aproximadamente 1 hora e 5 minutos, sem intervalo
Interpretado em cantonense e mandarim, com legendas em chinês e inglês

Texto Introdutório

A ópera cantonense experimental Adeus Minha Concubina não só constitui uma produção recentemente adaptada, como também desempenha um papel importante na preservação desta tradição artística. A produção é encenada em forma de “teatro experimental”, sobretudo com o objectivo de permitir ao público apreciar de perto a beleza da ópera cantonense. Sem recorrer a uma cenografia demasiado sofisticada ou ao sistema dos “Seis Pilares” (seis papéis principais), a peça inclui apenas três personagens: Xiang Yu, Yuji e um noivo (soldado), que apresentam, por meio de técnicas performativas, o passado, o presente e o futuro da ópera cantonense, respectivamente. Tal adaptação não só reflecte as expectativas da nova geração de artistas de ópera cantonense de Hong Kong em relação ao futuro desta arte tradicional, como também expressa a finalidade desta produção: dar a conhecer ao público a evolução e o desenvolvimento da ópera cantonense com base num clássico.

Esta peça experimental é uma ópera de pequena dimensão, mas com uma visão de grande amplitude. Não se trata meramente de uma comovente história de amor entre Xiang Yu e Yuji, em que se retrata a batalha por interesses nacionais e pessoais, pois a ópera debruça-se também sobre a vibrante história da evolução da ópera cantonense, a qual é revelada através do enredo, do canto, da música e da coreografia de movimentos. Por outro lado, esta produção abre ainda uma nova porta para a preservação da ópera cantonense em Hong Kong.

 

Por Yang Min-wei
Professora auxiliar adjunta, no Departamento de Literatura Chinesa na Universidade de Cultura Chinesa

 

Excerto de um artigo escrito originalmente em chinês

Festival Extra

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