A habilidade dos artistas é demonstrada por meio de impressionantes combates em palco, e o apelo da ópera de Pequim tradicional é libertado através dos libretos antigos. Com vasta experiência em produção cinematográfica e teatral, o encenador Hu Xuehua está bem familiarizado com a psicologia do público contemporâneo. As mudanças de cena são suaves e o tom e o ritmo da voz são alterados entre as respirações. O público não pode deixar de dar vivas nos momentos de tirar o fôlego e de se entregar às longas passagens líricas. Cativantes actos de dança moderna foram integrados na história, provando não ser redundantes em termos de estrutura e estilo, mas, em vez disso, enriqueceram e elevaram o apelo estético da actuação em palco.
Os personagens são também retratados de uma maneira nova e impressionante. Jin Xiangyu interpretado por Shi Yihong é charmoso num estilo diferente da interpretação de Maggie Cheung. Em contraste com a personagem coquete interpretada por Maggie Cheung, a interpretação de Shi retrata uma força inerente distinta. Como diz a citação, “há pessoas boas mesmo entre os bandidos”, Shi no palco é encantadoramente habilidoso tanto no canto quanto nos papéis marciais, incorporando a combinação perfeita da elegância da Escola Mei, a despreocupação da Escola Xun, o sentimentalismo da Escola Cheng e o vigor da Escola Shang. Apesar de vulgar e espirituosa, a heroína também mostra o seu lado virtuoso e heróico. Apesar de parecer romântica e encantadora, ela revela-se uma pessoa adorável e respeitável à medida que a história se desenrola.
Por Wang Yang
Professor associado da Escola de Jornalismo e Comunicação da Universidade de Xangai, vice-presidente da Associação de Críticos Literários e de Arte de Shenzhen, vice-presidente da Associação de Arte e Ciência de Shenzhen, realizador de documentários, dramaturgo e crítico de cinema.
Excerto de um artigo escrito originalmente em chinês