Com o brilho do Outono, chega o 33.º Festival Internacional de Música de Macau. Tal como em anos recentes, o Instituto Cultural faz o seu melhor esforço para organizar esta festa musical para entreter os melómanos. O público só tem de se sentar e desfrutar de mais uma festa musical de belas e ressonantes melodias.
O tema desta 33.ª edição é “O Instrumentista”. Entre cada músico e o seu instrumento gera-se um relacionamento inefável e íntimo, um vínculo inquebrável fortalecido por anos de parceria. “O Instrumentista” é também visto na afeição profunda e solene entre o músico e o instrumento convergindo em uníssono numa harmonia sinfónica. Estamos ansiosos por trazer à cidade uma festa rítmica de grandeza e espírito envolvente e fruir, em companhia do público, da beleza da música.
A abrir o Festival teremos A Flauta Mágica, uma ópera clássica onde a flauta é a estrela e, assim, se adequa perfeitamente ao tema deste ano. Esta peça é uma performance vívida de um drama animado, que evidencia a mestria do grande Mozart, questionando o público com muitas perguntas, mas sem dar respostas. O diário inglês The Guardian descreveu-a como “um empreendimento quixotesco que zumbe e rodopia com energia maníaca e alegre”. A ópera, outrora ridicularizada como um espectáculo de “actuações medíocres mas canto excepcional” – hoje já não é assim. De resto, o público de Macau nunca foi estranho à ópera, pois o próprio FIMM testemunhou o desenvolvimento desta arte ao longo dos últimos 30 anos. E é animador ver cada vez mais artistas de ópera de renome internacional, figura impressionante e excelente aptidão a actuar em Macau, e ver que as óperas do Festival se tornam cada vez mais brilhantes. A Flauta Mágica é, sem dúvida, o melhor programa para convidar toda a família para o FIMM deste ano.
Em 2019 celebra-se o 80.º aniversário de A Cantata do Rio Amarelo – escrita pelo compositor Xian Xinghai, um filho de Macau, oriundo de uma família tancareira da Rua da Praia do Manduco – o 70.º aniversário da fundação da República Popular da China e o 20.º aniversário da Transferência de Administração de Macau para a China. Em comemoração de todas estas importantes efemérides, a Orquestra de Macau juntar-se-á à Orquestra e Coro do NCPA da China para apresentar A Cantata do Rio Amarelo com cânticos majestosos e espírito elevado, num maravilhoso concerto de encerramento, em homenagem a Xian Xinghai e àquela era memorável de resistência nacional.