Nuances de Luz e Sombra: Ecos de Crescimento
À medida que o tempo passa, o vasto mundo da arte alimenta a imaginação, expande horizontes e enriquece a alma. Os artistas inspiram-se para criar, os intérpretes aperfeiçoam a sua arte, iluminando o palco, e o público mergulha em novas e ressonantes experiências. Desde os seus primórdios aos tempos de maior fulgor que a arte infunde sentido, dá vida à nossa existência. Abraçando o “Crescimento” enquanto tema intrigante, o 35.º Festival de Artes de Macau leva-nos numa viagem através de um programa ecléctico, percorrendo inúmeras formas de evolução artística.
Ao longo das últimas três décadas, o Festival tem evoluído lado a lado com os artistas e a nossa comunidade. Da fase inicial de descoberta aos dias de hoje, passaram a ser apresentadas produções de classe internacional e destacados trabalhos locais, mantendo o compromisso de impulsionar a arte em Macau, enriquecendo a vida cultural da cidade. A edição deste ano apresenta quinze programas que englobam uma pujante mistura de artes performativas e visuais, juntamente com inventivas criações interdisciplinares. O alinhamento combina de forma fantástica tradição e inovação, fundindo obras-primas clássicas com expressões de vanguarda. Embalados pela escolha de Macau como Cidade Cultural da Ásia Oriental 2025, também levamos ao palco uma notável selecção de trabalhos vindos do Japão e da Coreia do Sul, promovendo o diálogo intercultural, proporcionando novas experiências e perspectivas criativas.
Um dos encantos da criação artística reside na evolução constante do diálogo que esta tem com o tempo. Tal como um espelho, reflecte as diferentes fases da vida, aprofundando significados, envolvida de forma dinâmica com a avidez do público. Alguns dos trabalhos da edição deste ano captam essa energia inquieta que envolve o caminho da auto-descoberta, realçando a aventura do crescimento interior. Outras peças retratam as provações e triunfos da vida, reflectindo o fluxo e refluxo da transformação social. Algumas produções revisitam memórias históricas, prestando homenagem aos clássicos, enquanto outras rompem fronteiras, desafiando as convenções para reimaginar a expressão artística. A complementar esta programação, há projecções de filmes e uma série de actividades paralelas, estreitando laços, inspirando indivíduos de diversas origens e culturas.
Juntos, artistas e público forjam uma memória cultural colectiva, dinamizando o panorama artístico da cidade, reforçando a sua reputação como Cidade de Espectáculos. Continuemos esta viagem de mãos dadas, desbravando caminho, explorando a beleza do crescimento através do poder transformador da arte.
Leong Wai Man
Presidente do Instituto Cultural do Governo da Região Administrativa Especial de Macau