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Prefácio


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Jao Tsung-I – cujo nome de cortesia é Bolian ou Xuantang, e o pseudónimo Gu'an – nasceu em Chaoan, na província de Guangdong. O seu pai, Jao E, foi um famoso letrado em Chaozhou e deixou um grande número de obras. Tendo aprendido com o pai desde tenra idade, Jao começou a compilar a obra póstuma do seu progenitor – Chaozhou Yi Wen Zhi (literalmente: Arte e Literatura de Chaozhou) – ainda antes de atingir a idade de 20 anos.

Historiador reputado, arqueólogo, literato, educador, calígrafo e pintor contemporâneo, o Prof. Jao Tsung-I é um versátil mestre da academia e das artes, além de um eminente tradutor. Durante muitos anos dedicou-se à investigação académica, nos campos da literatura, história, filosofia e artes. Ao longo de uma brilhante carreira académica que se estende por seis décadas, realizou estudos nos mais variados campos, incluindo as Grutas de Dunhuang, a escrita dos oráculos em osso, o estudo de Chu Ci e diversos estudos de religião e da história da China, acumulando uma vasta produção literária sobre estes temas.

A imensa contribuição de Jao para os estudos académicos foi publicamente reconhecida em 1962 com a atribuição do Prémio Stanislas Julien, considerado o Nobel da Sinologia, ao qual se seguiram muitos mais títulos honorários e reconhecimentos. O professor Jao foi condecorado com a Medalha de Artes e Letras do Ministério da Cultura de França, o Prémio Dragão Dourado da Literatura Chinesa e recebeu o título de Mestre de Cultura Chinesa, conferido pela Associação de Artistas do Colégio de Estudos Estrangeiros de Hong Kong. Em 2000 foi galardoado com a Medalha da Grande Bauhinia pelo governo da Região Administrativa Especial de Hong Kong.

Em reconhecimento pelos seus estudos eruditos sobre Dunhuang, o Ministério da Cultura da República Popular da China e o Governo Provincial de Gansu atribuíram-lhe o Prémio de Contribuição Especial para a Protecção das Relíquias de Dunhuang, conferido durante a Comemoração da Descoberta da Gruta-Biblioteca de Dunhuang e do Centenário dos Estudos de Dunhuang. O Professor Jao é também consultor do grupo de trabalho de obras antigas, junto do Conselho de Estado da República Popular da China.

Num seminário académico dedicado ao estudo da sua obra e que teve lugar em 1996, em Chaozhou, participaram cerca de 100 especialistas dos Estados Unidos, França, Japão, Polónia, Singapura, Hong Kong, Macau e Taiwan. No decurso do seminário foi adoptada a designação de “Estudos de Jao”, confirmando assim o superior estatuto de Jao Tsung-I no panorama académico mundial.

As suas pinturas chinesas abordam uma grande variedade de temas, incluindo paisagens, figuras humanas e de pássaros-e-flores, com alguns trabalhos a emular as escolas de pintura tradicional, enquanto outros contemplam desenhos paisagísticos dos mais belos cenários do mundo e outros ainda são de pura criatividade. O seu estilo caligráfico tem uma sólida base nas escritas antigas. As suas caligrafias em escrita corrida e escrita cursiva denotam o estilo arrojado e exuberante das várias escolas de finais da dinastia Ming, ao passo que a sua escrita clerical vai beber o melhor de várias outras escolas, num estilo muito próprio.