Este artigo procura mostrar a visão proporcionada por um jornal republicano de Lisboa — A Vanguarda. O olhar que aqui se encontra corresponde ao aspecto informativo, em alguns casos, mas também ao de combate, como era característico deste jornal. No entanto, mais do que lutar pelo que era específico de Macau, o que aí ocorria tinha correspondência nos processos políticos seguidos pelos monárquicos. As questões políticas tinham aqui um espaço importante, onde os boatos sobre os possíveis governadores iam surgindo. Entre aqueles que ocuparam esse cargo no período escolhido, Horta e Costa foi, sem dúvida, aquele que mais foi contestado, pelo confronto que internamente se sentia, entre ele, o secretário-geral e o juiz contra um outro grupo associado ao jornal A Voz do Crente. Contudo, como reflexo das preocupações coloniais que constituíam um dos assuntos especialmente ligados à propaganda republicana, as questões de relacionamento externo no contexto macaense ganharam mais destaque. Foi neste contexto que se movimentaram portugueses e chineses, com interesses e problemáticas diferentes, igualmente com algum lugar em A Vanguarda.