A Revolução de 1820, em Portugal, levou a uma transformação dos poderes, agora separados e em que a representação nacional tinha um papel relevante, conforme as teorias liberais. Conhecida com atraso em Macau, teve aqui ecos importantes. Não obstante habitualmente se atribuírem às autoridades estabelecidas o interesse na continuidade do absolutismo, encontramos indícios da sua adesão ao novo regime. Ao mesmo tempo, o momento foi aproveitado pelos seus opositores com a intenção de os afastar.
Estes acontecimentos desenrolaram-se numa constante chamada à Constituição e às Cortes, o órgão legislativo e para onde se esperava virem a eleger-se representantes locais. Contudo, a distância espácio-temporal que separava Lisboa e Macau contribuiu para que esta representação ficasse adiada.