Canção do Ch’in

Chen Leiji e músicos de Câmara da Orquestra do CNAC da China

Programa

Zhou Long (n. 1953)
Canção do Ch’in para Quarteto de Cordas
Primeiro Violino: Ma Weijia
Segundo Violino: Fan Yue
Viola: Liu Sha
Violoncelo: Yin Long

Melodia Antiga
Canção do Pescador para Guqin Solo
Guqin: Chen Leiji

Melodia Antiga
Água a Fluir para Guqin Solo
Guqin: Chen Leiji

Melodia Antiga
O Dragão em Ascensão para Guqin Solo
Guqin: Chen Leiji

Hua Yanjun (1893-1950) / Arr. Liu Yuan
A Lua Reflectida na Nascente Er-quan, arr. para Guqin, Violino e Clarinete
Guqin: Chen Leiji
Violino: Ma Weijia
Clarinete: Zhang Tianyu

Yao Chen (n. 1976)
Mais Um Copo de Vinho Antes de Partir para Guqin e Trio de Cordas
Guqin: Chen Leiji
Violino: Ma Weijia
Viola: Liu Sha
Violoncelo: Yin Long

Zhao Jiping (n. 1945)
Música da Nuvem Sagrada para Guqin e Quarteto de Cordas
Guqin: Chen Leiji
Primeiro Violino: Ma Weijia
Segundo Violino: Fan Yue
Viola: Liu Sha
Violoncelo: Yin Long

F. Schubert (1797-1828)
Quarteto de Cordas n.º 14 em Ré Menor, D. 810 “A Morte e a Donzela”
I. Allegro
Primeiro Violino: Ma Weijia
Segundo Violino: Fan Yue
Viola: Liu Sha
Violoncelo: Yin Long

Ji Kang (223-262)
A Mansão Isolada para Guqin Solo
Guqin: Chen Leiji

Notas ao Programa

A arte do guqin é um testemunho da filosofia da civilização chinesa impresso na música. Os sons etéreos do guqin são reproduzidos através da direcção do dedilhar das cordas que, juntamente com o som que perdura no ar, transmitem um encanto oriental tal como o que é expressado através dos pontos e linhas de uma pintura tradicional chinesa. O som sustentado é semelhante ao espaço em branco de uma pintura, sendo o traço diacrónico da estética oriental acentuado pelas variações melódicas decorrentes da alternância de tons. Fazendo uma comparação estrutural estereoscópica, pode dizer-se que, na sua polifonia, a música clássica (ocidental) expressa um sentido de espaço mais forte, enquanto que a música chinesa enfatiza sobretudo a fluidez melódica. As conotações espirituais de civilizações diversas reflectem-se assim nestes dois estilos musicais amplamente diferentes.

Neste concerto, assistiremos ao encontro entre a sonoridade do guqin com a música de câmara, oferecendo a esta última uma nova faceta, concretizando, de forma inovadora, um diálogo entre diferentes civilizações através de notas musicais. Canção do Ch’in de Zhou Long recria os tons únicos e o encanto do guqin através da forma clássica do quarteto de cordas. Este “diálogo musical” terá início com o quarteto de cordas liderado por Ma Weijia, director assistente da Orquestra do CNAC com a sua reprodução incisiva do som deste instrumento milenar, seguindo-se três peças clássicas interpretadas pelo conceituado mestre do guqin Chen Leiji. Estas composições “descodificadas” a partir de partituras centenárias incluem Canção do Pescador, Água a Fluir e O Dragão em Ascensão, apresentando pensamentos de eruditos reavivados na música de diferentes escolas de guqin. Neste ponto, o tesouro que é este instrumento entrará em diálogo com a música de câmara ocidental. Com arranjo de Liu Yuan para guqin, violino e clarinete, a obra-prima A Lua Reflectida na Nascente Er-quan, de Hua Yanjun, explora a tentativa de uma representação mais estereoscópica da melodia. Mais Um Copo de Vinho Antes de Partir, composta por Yao Chen, baseia-se na antiga melodia chinesa Três Variações sobre a Passagem de Yang, na qual o quarteto de guqin, violino, viola e violoncelo retrata a apreciação mútua e os laços entre as pessoas, em tempos antigos. As peça seguinte deste concerto fará convergir a música chinesa e ocidental através de uma actuação em que os papéis serão trocados. Música da Nuvem Sagrada, composta por Zhao Jiping, é inspirada numa composição homónima que remonta ao século VII. A peça foi compilada pelo etnomusicólogo Rembrandt Wolpert com base em dois manuscritos arqueológicos. Nesta nova peça, algumas melodias para guqin foram rearranjadas para quarteto de cordas. No final, o magistral quarteto de cordas de F. Schubert, “A Morte e a Donzela”, e a melodia para guqin A Mansão Isolada, de Ji Kang, iniciam um diálogo musical entre a vida e a morte.

No seu ensaio A Música Não Tem Tristeza Nem Alegria, Ji Kang escreveu “a música não tem uma imagem fixa, mas pode ser moldada por um coração triste”, o que quer dizer que a música não tem significado em si mesma e a interpretação varia dependendo do ouvinte. Arthur Schopenhauer acreditava que “a música é uma manifestação directa da própria vontade”. Estes dois sábios do Oriente e do Ocidente consideravam a música o melhor meio para expressar pensamentos e sentimentos. A diversidade de civilizações, decorrente das suas diferentes línguas e geografias, é harmonizada na música. “Deve ser dada prioridade à compreensão da melodia e às suas implicações.” É a empatia para além das notas que faz da música a linguagem comum a toda a humanidade.


Zhou Long: Canção do Ch’in para Quarteto de Cordas

Escrita em 1982 com o tema da peça para guqin Canção do Pescador, esta composição procura recriar o imaginário do poema Um Pescador, da autoria do escritor da dinastia Tang, Liu Zongyuan. Canção do Ch’in estabelece um elo de ligação entre as culturas chinesa e ocidental, aplicando a essência da música chinesa antiga na composição da música instrumental ocidental. A interpretação do guqin caracteriza-se por uma variedade de ornamentos, tons e técnicas de dedilhado, incluindo o dedilhar para dentro e para fora do dedo médio e do indicador da mão direita, ou os vibratos e glissandos com a mão esquerda. Apresentada em forma de quarteto de cordas ocidental, esta composição baseia-se na técnica e no encanto das actuações de guqin para captar o ritmo especial da sua música.


Melodia Antiga: Canção do Pescador para Guqin Solo

A partitura indica que esta canção é uma melodia pujante baseada nas imagens evocadas pelo célebre poema de Liu Zongyuan da dinastia Tang: “Um pescador passa a noite no sopé da montanha Xishan, / e ao amanhecer acende uma fogueira com bambu para ferver água do rio Xiang. / A neblina dispersa-se e o sol nasce sem ninguém à vista; / Só o barco flutua entre as montanhas e águas glaucas. / Olhando para trás, está já a navegar no meio do rio; / Acima da montanha, há nuvens que se perseguem irreflectidamente umas às outras”. Além disso, esta canção está igualmente imbuída das típicas qualidades “puras, delicadas, silenciosas e profundas”, apresentando uma melodia antiga e serena de uma tranquilidade que acalma a respiração dos ouvintes e evoca um imaginário agradável. Esta composição produz uma impressão refrescante através do recurso a melodias e cantos folclóricos, bem como uma forte segunda modulação na coda.


Melodia Antiga: Água a Fluir para Guqin Solo

Encontrada nas Tianwenge Qinpu (Partituras de Ch’in do Pavilhão Tianwen) (1876), esta peça é considerada uma célebre canção para guqin do Período (histórico) da Primavera e do Outono da China (770-481 a.C.), retratando uma paisagem com pequenos riachos convergindo em rios e oceanos para expressar louvor e amor ao país. A canção é bem conhecida, sendo muito difundida junto do povo por estar intimamente associada à história folclórica dos amigos íntimos Boya e Ziqi, que se conheceram no mesmo período da história da China.


Melodia Antiga: O Dragão em Ascensão para Guqin Solo

Encontrada pela primeira vez nas Chengjiantang Qinpu (Partituras de Ch’in da Mansão Chengjian) (1686), esta é uma obra representativa da Escola Guangling de Guqin e acredita-se que foi inspirada na história de Wang Zhaojun quando esta parte para a fronteira, representando a sua miséria. De acordo com as partituras e actuações dos antecessores, porém, esta peça não é de todo miserabilista, transmitindo apenas pensamentos filosóficos que giram em torno da solenidade, da liberdade, da existência e da dissolução do eu, bem como uma vaga sensação de abandono.


Hua Yanjun / Arr. Liu Yuan: A Lua Reflectida na Nascente Er-quan, arr. para Guqin, Violino e Clarinete

Esta é uma peça escrita originalmente pelo intérprete de erhu chinês Hua Yanjun (Abing) para expressar a sua melancolia, constituindo o clássico de erhu mais conhecido na China. Começou por ser uma improvisação de Abing sem título a que o músico acabou por chamar de “melodia espontânea” e a que os seus vizinhos chamaram “melodia do coração”. A versão para trio de A Lua Reflectida na Nascente Er-quan, arranjada por Liu Yuan, é presença comum no repertório de música de câmara chinesa.


Yao Chen: Mais Um Copo de Vinho Antes de Partir para Guqin e Trio de Cordas

Este título deriva da célebre Canção da Passagem de Yang, um poema de Wang Wei, poeta da dinastia Tang, que expressa o elo profundo entre amigos inseparáveis, baseando-se na antiga canção Três Variações sobre a Passagem de Yang. O compositor desconstruiu os principais motivos musicais desta peça a partir de diferentes perspectivas e reconstruiu estes belos materiais com a sua própria lógica criativa, explorando as sinergias entre o guqin e o trio de cordas ocidental, revelando progressivamente as esplêndidas amizades e relações entre os músicos.


Zhao Jiping: Música da Nuvem Sagrada para Guqin e Quarteto de Cordas

Esta peça é inspirada numa composição homónima que remonta a cerca do ano de 640, tendo a composição original sido compilada pelo etnomusicólogo Rembrandt Wolpert com base em dois manuscritos arqueológicos. As melodias de guqin na segunda secção foram rearranjadas para quarteto de cordas, a fim de gerar um diálogo entre as antigas tradições musicais chinesa e europeia. As melodias de contraponto da última secção são executadas com o pizzicato do violoncelo.


F. Schubert: Quarteto de Cordas n.º 14 em Ré Menor, D. 810 “A Morte e a Donzela”, 1.º andamento

Na mitologia grega, o rei do submundo rapta Perséfone, filha de Deméter, a Deusa da Colheita, para fazer dela a sua rainha. A deusa lamenta a perda da sua filha, arruinando todas as colheitas. Apolo, o Deus do Sol não suporta a desolação e informa a deusa do paradeiro da sua filha. Zeus, não consegue revitalizar a terra e incumbe um outro deus de trazer Perséfone de volta, a qual, entretanto, já ingeriu seis sementes de romã, implicando o seu dever de regressar ao submundo durante seis meses todos os anos. Assim sendo, tudo na terra prospera durante os seis meses de união entre Deméter, a Deusa da Colheita e a sua filha. O mito, que simboliza o ciclo da vida e da morte, de ascensão e queda, inspirou inúmeros artistas, incluindo Schubert, o qual retrata a história em forma de quarteto de cordas. O compositor recria o classicismo de Beethoven ao estilo do Sturm und Drang (Tempestade e Ímpeto), fazendo os instrumentos soar em uníssono conflituoso e permitindo assim à música de câmara criar o efeito emocionante das sinfonias e infundir dramatismo e uma qualidade trágica na composição.


Ji Kang: A Mansão Isolada para Guqin Solo

Esta composição, que apenas se encontra na Xilutang Qintong (Antologia de Ch’in do Pavilhão Xilu), compilada por Wang Zhi durante o reinado do Imperador Jiajing da dinastia Ming, relata um mito, recorrendo à música como linguagem narrativa. Segundo a inscrição, Ji Kang estava a tocar guqin à meia-noite quando, repentinamente, se levantaram rajadas de vento, e uma tempestade e oito espíritos apareceram para lhe relatar as suas misérias. Os espíritos acabam por conseguir que as suas injustiças sejam reparadas e despedem-se de Ji Kang no seu sonho, no dia seguinte.


Notas ao programa escritas originalmente em chinês, providenciadas pela Orquestra do CNAC da China e pela Naxos China

Notas Biográficas

Chen Leiji, Guqin

Nascido no seio de uma família musical em Xangai, Chen Leiji começou a aprender guqin aos nove anos, sendo admitido na Escola Secundária de Música Afiliada ao Conservatório de Música de Xangai aos 12 anos de idade, onde se formou em guqin sob a orientação do intérprete e instrutor Gong Yi. Após terminar os estudos no conservatório em 1989, mudou-se para França e estudou direcção de orquestra. Foi admitido no Conservatório Central de Música em 2003, onde frequentou um programa de mestrado em direcção de orquestra com Yu Feng. Em seguida, prosseguiu os seus estudos no Conservatório de Música da China sob a orientação de Zhao Jiping, doutorando-se em composição. Actualmente, lecciona no Conservatório Central de Música.

Chen interpretou O Som Perdido da Antiguidade na cerimónia de abertura das Olimpíadas de Pequim em 2008, tendo impressionado o mundo inteiro com a essência da cultura chinesa.

Ma Weijia, Primeiro Violino

Ma é assistente principal da Orquestra do CNAC, solista de violino da Orquestra Dresdner Residenz na Alemanha e segundo violinista do Amber Quartet. Estudou no Conservatório Central de Música e na Hochschule für Musik Carl Maria von Weber Dresden, na Alemanha, sob a tutela do Professor Liang Danan e de Igor Malinovsky. Foi concertino da Orquestra Sinfónica Juvenil da China e admitido na masterclass do reverenciado violinista Pinchas Zukerman em 2009. Em 2010 e 2011, foi convidado para participar na digressão europeia do Festival de Música de Schleswig-Holstein, em colaboração com uma série de músicos conceituados, incluindo Midori, Thomas Hampson, Bobby McFerrin, Christopher Hogwood e Iván Fischer. Foi cofundador do Quarteto Amber em 2005, sendo segundo violinista do mesmo durante sete anos. Ma foi aclamado como “excelente segundo violinista” pelo Professor Rainer Kussmaul, antigo concertino da Filarmónica de Berlim.

Fan Yue, Segundo Violino

Fan é segundo violino principal associada da Orquestra do CNAC, tendo-se licenciado pela Universidade Renmin da China e concluído um mestrado em música (duplo diploma em violino e música de câmara) com uma bolsa integral da Universidade de Michigan (Estados Unidos). Fan começou a aprender violino aos quatro anos de idade, sendo orientada pelo professor Zhang Jinzhou do Conservatório de Música de Wuhan, pelo professor Yang Gefang do Conservatório Central de Música e pelo professor David Helen da Universidade de Michigan, o qual é também concertino da Orquestra Sinfónica de St. Louis. Durante os seus estudos nos Estados Unidos, Fan trabalhou para diversas orquestras, incluindo a Orquestra Sinfónica de Ann Arbor e a Orquestra Sinfónica de Lansing, tendo colaborado como concertino com a orquestra da universidade. Fan participou no Festival de Música de Aspen nos Estados Unidos em três edições consecutivas, de 2013 a 2015, com uma bolsa integral, tendo sido convidada para actuar no Festival de Música de Schleswig-Holstein, na Alemanha, no Verão de 2016. Após regressar à China em Outubro de 2016, ingressou na Orquestra do CNAC, tendo colaborado nas digressões da orquestra nos Estados Unidos, nos Emirados Árabes Unidos e na Coreia do Sul, e actuado em salas de concertos conceituadas em todo o mundo, incluindo o Carnegie Hall e o Chicago Symphony Hall.

Liu Sha, Viola

Liu é violista da Orquestra do CNAC. Após estudar no Conservatório Central de Música, foi admitida no programa de mestrado da Universidade Estatal de Música e Artes Cénicas de Estugarda, na Alemanha, em 2012, concluindo o mesmo com nota máxima em 2016. Estudou sob a tutela do professor Wang Changhai do Conservatório Central de Música, da professora Andra Darzins e do Professor Stefan Fehlandt. Durante os anos que passou na Alemanha, foi a Chefe de Naipe de Viola da Orquestra da Universidade Estatal de Música e Artes performativas de Estugarda e foi admitida como violista na Filarmónica da Rádio Alemã em 2014. Liu foi convidada a participar numa série de festivais internacionais de música, incluindo o 41.º Congresso Internacional de Viola na Polónia, o Festival de Salzburgo na Áustria, o Festival de Artes de Abu Dhabi e o Festival de Orquestras do Centro de Artes de Seul na Coreia do Sul.

Yin Long, Violoncelo

Yin é violoncelista da Orquestra do CNAC. Estudou na Escola Secundária Afiliada do Conservatório de Música de Wuhan e no Conservatório Central de Música, com o professor Chu Yi-bing. Posteriormente, estudou com o professor Niklas Eppinger e concluiu um mestrado com nota máxima na Hochschule für Musik Würzburg, onde foi igualmente orientado por vários mestres, incluindo Pieter Wispelwey, Gustav Rivinius e Wolfgang Boettcher. Yin foi seleccionado por Seiji Ozawa para participar na digressão da Academia de Música Seiji Ozawa no Japão em 2009 e foi admitido na Junge Deutsche Philharmonie em 2014, com a qual actuou no âmbito de várias digressões europeias, tendo ingressado na Orquestra CNAC em 2016.

Zhang Tianyu, Clarinete

Zhang é clarinete principal associado da Orquestra do CNAC. Formou-se pelo Conservatório Central de Música da China, pela Escola de Música de Yale e pela Escola de Música Jacobs da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, sob a tutela do professor Fan Lei, do professor David Shifrin e do professor Eli Eban. Foi clarinetista e clarinetista baixo na Orquestra Filarmónica de Evansville em Indiana, Estados Unidos; chefe de naipe de clarinete da Orquestra Juvenil Asiática e da Orquestra Sinfónica Juvenil da China; e tem actuado como intérprete visitante do Conservatório Central de Música. Zhang tem acompanhado as orquestras em digressões na Alemanha, Polónia, Japão, Coreia do Sul, Singapura, Malásia, Tailândia, Vietname, Hong Kong, Taiwan e Austrália (Brisbane e Adelaide). Durante os anos que passou na América, foi admitido no conceituado Instituto Nacional Orquestral + Festival, foi convidado pela Escola de Música da Universidade de Ulsan (Coreia do Sul) para interpretar o Concerto para Clarinete n.º 2 de Weber como solista com o seu agrupamento de sopros, sendo ainda convidado para participar no Festival de Música de Sarasota, na Flórida, Estados Unidos.

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