Ópera em Dois Actos de Gioachino Rossini O Barbeiro de Sevilha

Personagens e Elenco

6/10 20:00

Figaro: Xiaomeng Zhang, Baritono
Rosina: Hongni Wu, Meio-soprano
Conde Almaviva: Matteo Macchioni, Tenor
Bartolo: Ao Li, Baritono
Basilio: Julian Lo, Baixo
Berta: Chueh-Yu Lai, Soprano
Notário / Polícia: Siu-Hong Lei, Baritono

7/10 20:00

Figaro: Ilhun Jung, Baritono
Rosina: Hongni Wu, Meio-soprano
Conde Almaviva: Chuan Wang, Tenor
Bartolo: Ao Li, Baritono
Basilio: Julian Lo, Baixo
Berta: Chueh-Yu Lai, Soprano
Notário / Polícia: Siu-Hong Lei, Baritono

8/10 15:00

Figaro: Xiaomeng Zhang, Baritono
Rosina: Jo-Pei Weng, Meio-soprano
Conde Almaviva: Matteo Macchioni, Tenor
Bartolo: Ao Li, Baritono
Basilio: Julian Lo, Baixo
Berta: Chueh-Yu Lai, Soprano
Notário / Polícia: Siu-Hong Lei, Baritono

8/10 20:00

Figaro: Ilhun Jung, Baritono
Rosina: Hongni Wu, Meio-soprano
Conde Almaviva: Chuan Wang, Tenor
Bartolo: Ao Li, Baritono
Basilio: Julian Lo, Baixo
Berta: Chueh-Yu Lai, Soprano
Notário / Polícia: Siu-Hong Lei, Baritono

Outros: Ben Ieong, Leann Wong, Poon Chi Lam e Tam Cheng Lan

Sinopse

1.º Acto

No século XVIII, na cidade espanhola de Sevilha, o jovem Conde de Almaviva apaixona-se pela bela Rosina, a quem confessa o seu amor, disfarçado de Lindoro, um estudante pobre, junto à residência da jovem. Mas Rosina é vigiada de perto pelo doutor Bartolo, o seu tutor. Com a ajuda do barbeiro Figaro, Almaviva disfarça-se então de soldado embriagado e exige ficar alojado na casa de Bartolo, para poder passar uma carta à sua amada, gerando, no entanto, uma altercação, levantando as suspeitas do tutor.

Intervalo

2.º Acto

O Conde de Almaviva aparece novamente na residência de Bartolo, desta feita, disfarçado de professor de música e adoptando o nome de Don Alonso. O Conde finge dar uma aula de música a Rosina, para substituir o debilitado Basilio, mas conspira fugirem juntos na noite em que Bartolo planeia casar com ela. Embora a fuga fracasse devido a uma série de peripécias, Almaviva consegue casar com Rosina com a ajuda de Figaro, e os dois vivem felizes para sempre.

Notas ao Programa

Desde o seu advento no início do século XVIII, que a ópera cómica italiana se tornou popular pelo estilo refrescante, natural, tom animado e bem-humorado, espelhando temas próximos da vida quotidiana. Vários compositores, desde Pergolesi e Paisiello, de Mozart e Donizetti a Verdi, contribuíram para a tradição da ópera cómica italiana, e Gioachino Rossini (1792-1868) é, sem dúvida, o representante mais autêntico desta linhagem. Começando com O Contrato de Casamento e ganhando reconhecimento internacional com a Italiana em Argel, Rossini escreveu cerca de 40 óperas ao longo da sua vida, metade das quais são óperas cómicas, incluindo O Barbeiro de Sevilha, que é a mais interpretada e conhecida das suas obras

O Barbeiro de Sevilha é a 17.ª ópera de Rossini, tendo sido concluída em apenas três semanas, em 1816, e estreada em Roma a 20 de Fevereiro do mesmo ano. Esta ópera em dois actos foi inspirada na primeira peça da trilogia de Figaro, da autoria do dramaturgo francês Pierre Beaumarchais (a partir da qual Mozart adaptou a segunda peça, As Bodas de Figaro, igualmente uma ópera cómica italiana clássica), sendo o libreto da lavra de Cesare Sterbini. Embora os compositores italianos Giovanni Paisiello e Francesco Morlacchi já tivessem composto duas óperas dedicadas ao mesmo tema em 1782 e 1815, respectivamente, apenas a versão de Rossini foi incluída no repertório.

Caracterizada pela ausência de grandes acontecimentos históricos, heróis trágicos e da interferência dos deuses no destino humano, a ópera cómica italiana revela a humanidade e satiriza a sociedade através de gestos e comentários provocatórios de pessoas comuns. O enredo de O Barbeiro de Sevilha contém vários elementos típicos da tradição cómica: disfarce e fraude, mal-entendidos e reconciliações, conspiração complexa e múltiplas reviravoltas, permitindo ao público identificar-se e sorrir pelo comportamento de Figaro ao “aceitar dinheiro de terceiros para ajudar a resolver problemas” e pela genial interpretação de Basilio sobre a natureza dos rumores.

No que diz respeito à música vocal, esta obra evidencia sobretudo o estilo convencional da ópera cómica e o fascínio do bel canto italiano. O excepcional talento melódico de Rossini deu a cada personagem árias memoráveis que realçam os respectivos traços de personalidade: a esplêndida coloratura de Rosina, os cómicos resmungos de Bartolo, o árduo desempenho do Conde Almaviva, que interpreta três personagens diferentes, e as recorrentes patter songs (canções com letra cantada muito rapidamente) destinadas a cada personagem – todos constituem árias distintas que se complementam na perfeição.

Em O Barbeiro de Sevilha, não há bem e mal absolutos, nem heróis ou vilões aparentes, pois cada uma das personagens tem os seus próprios motivos e age em benefício do seu próprio interesse. A melhor forma de transmitir as relações e o conflito dramático, é através de ensembles, combinações de músicos e instrumentos cuja rica textura torna possível a introdução de diálogos entre personagens ao mesmo tempo que revela a sua psique. Até a mesma linha e o mesmo motivo musical podem revestir-se de múltiplos significados quando interpretados por personagens diferentes. As cenas mais complicadas e impressionantes ao longo dos dois actos desta obra-prima são apresentadas na forma de ensembles, levando a peça a sucessivos clímax.

A abertura de O Barbeiro de Sevilha é um clássico bem conhecido dos melómanos, frequentemente interpretada separadamente em concertos. No entanto, a abertura não foi escrita para esta peça, sendo retirada da opera-séria Aureliano em Palmira, de Rossini, levada à cena em 1813 e reutilizada numa outra sua ópera, Elisabete, rainha de Inglaterra (1815). O tema da abertura não tem, por conseguinte, relação com o da música da secção principal de O Barbeiro de Sevilha, mas a própria abertura acabou, no entanto, por estabelecer um tom alegre e sardónico apropriado para toda a ópera. Além disso, ao longo desta obra pode ainda perceber-se a utilização do Rossini Crescendo, técnica emblemática do compositor que consiste no aumento gradual do volume da mesma passagem repetida durante um longo período de tempo. Apesar da sua aparente simplicidade, esta técnica tem demonstrado grande eficácia nas obras de Rossini.

Por Danni Liu
Texto escrito originalmente em chinês

Notas Biográficas

Lio Kuokman, Maestro

Lio é actualmente director musical e maestro principal da Orquestra de Macau, director de programação do Festival Internacional de Música de Macau e maestro residente da Orquestra Filarmónica de Hong Kong (HK Phil), tendo sido epitomizado pelo jornal norte-americano The Philadelphia Inquirer como “um talento surpreendente na direcção de orquestra”. Lio venceu o 2.º Prémio e o Prémio do Público no âmbito do Concurso Internacional de Direcção de Orquestra Evgeny Svetlanov 2014 em Paris e foi nomeado maestro assistente da Orquestra de Filadélfia, tendo sido o primeiro chinês a ocupar esta posição.

Lio tem actuado em palcos por todo o mundo, tendo, mais recentemente, protagonizado várias actuações de destaque, incluindo um concerto comemorativo com a HK Phil, que contou com a presença do Presidente da República Popular da China, Xi Jinping, e um concerto de assinatura com a Orquestra Sinfónica de Viena, tornando-se o primeiro maestro chinês a dirigir a mesma. Lio colaborou ainda com outras orquestras, incluindo a Orquestra Sinfónica de Detroit, a Orquestra Filarmónica da Rádio França, a Orquestra Filarmónica de Marselha, a Orquestra Filarmónica de Seul, a Orquestra Sinfónica NHK, a Orquestra Sinfónica Metropolitana de Tóquio, a Orquestra Sinfónica Nacional Russa, a Orquestra Filarmónica de Moscovo e a Orquestra Sinfónica Nacional da Letónia, entre muitas outras.

Martin Lyngbo, Encenador

Lyngbo é um encenador envolvido na produção de óperas, musicais e outras obras teatrais, dedicando-se também à escrita. Após licenciar-se pela Escola Nacional Dinamarquesa de Artes Cénicas em 2003, foi director artístico do teatro dinamarquês Mungo Park de 2005 a 2017, período em que criou uma série de peças inovadoras com diferentes abordagens, em colaboração com jovens artistas de talento de países do norte da Europa.

Desde 2017, tem vindo a centrar-se na produção de óperas, musicais e outras obras teatrais de grande escala. A ópera Nada, que encenou, foi eleita Melhor Produção de Ópera no âmbito do Prémio Reumert em 2021, um prémio de prestígio nos meios das artes cénicas da Dinamarca.

Line Kromann, Encenadora da Reposição

Kromann começou por ser assistente de encenação no Teatro Odense, na Dinamarca, tornando-se, mais tarde, actriz e cantora no Teatro Musical Internacional de Odense, onde começou a envolver-se profissionalmente na actividade teatral, incluindo várias actividades em palco e nos bastidores. Trabalhou no Teatro Betty Nansen, em Copenhaga de 1997 a 2016, período em que colaborou pela primeira vez com o encenador Peter Langdal e participou na produção de múltiplas peças, óperas, operetas e musicais. Kromann trabalha como directora de pessoal no Teatro Real Dinamarquês desde 2016, tendo prestado assistência a Martin Lyngbo na estreia de O Barbeiro de Sevilha no mesmo teatro, na temporada de 2017-2018, e contribuído para a encenação da mesma ópera na Ópera Israelita e no Teatro Taichung.

Max Chen, Encenador Assistente

Chen é um encenador de ópera que se dedica a produzir obras que transmitam um aprofundado significado textual e interpretação musical, integrando experiência de vida e preocupações sociais, com vista a inspirar novas concepções de arte operática junto da geração mais jovem. Inspirado pelo vocalista e encenador de ópera Tseng Dau-Hsiong, Chen participou na produção de diversas óperas como assistente de encenação, tendo trabalhado com os La Fura dels Baus, em Espanha, e com a Komische Oper Berlin, na Alemanha. Chen é especialista em integrar os méritos das culturas chinesa e ocidental nos seus diversos estilos de encenação para produzir obras de importância contemporânea. Nos últimos anos, tem-se centrado na produção de óperas para famílias, na esperança de fazer chegar a arte operática a um público mais amplo, tendo, por conseguinte, explorado possibilidades de encenação de espectáculos em diferentes espaços, como locais históricos, escolas e galerias de arte.

Ulrik Gad, Design de Iluminação

Designer de luzes dinamarquês, nascido em Copenhaga em 1975 e formado pela Escola Nacional Dinamarquesa de Artes Cénicas, em Copenhaga, em 2001. Artisticamente, Gad dedica-se a várias áreas das artes cénicas, trabalhando maioritariamente em teatros na Escandinávia. No Teatro Real de Copenhaga, foi responsável pela projecção de luzes numa diversidade de espectáculos de ópera, ballet, musicais e peças de teatro, nomeadamente, em A Viúva Alegre, La Bohème, Madama Butterfly, As Bodas de Figaro, Cabaret e Matilda: O Musical, com encenadores como Elisabeth Linton, Kasper Holten, Carlus Padrissa, Herbert Fritsch e Katie Mitchell. Com a encenadora de ópera Mariame Clement, participou em Achille em Sciro no Teatro Real, Cinderela na Ópera Nacional de Paris, Maria Stuarda e Anna Bolena, no Grande Teatro de Genebra, Dom Quixote no Bregenzer Festspiele e A Rainha das Fadas, no Theater an der Wien.

Rikke Juellund, Design de Cenários e Figurinos

A cenógrafa e figurinista dinamarquesa Rikke Juellund, nascida em 1968, formou-se na Escola Nacional Dinamarquesa de Artes Cénicas em 1995, após ter estudado anteriormente na Escola Dinamarquesa de Design e na cidade de Nova Iorque. Juellund trabalhou como cenógrafa e figurinista numa ampla variedade de géneros, incluindo dança moderna, ballet, ópera, teatro, musicais e performance, na Dinamarca, Suécia, Noruega, Alemanha, Holanda, EUA e Cazaquistão. Trabalhou com encenadores e coreógrafos como Sidi Larbi Cherkaoui, Elisabeth Linton, Ellen Lamm, Tim Rushton, Lloyd Riggins, Daniel Bohr, Tobias Larsson, Mikael Fock, Jens Albinus, Ronny Danielsson, Adam Price, Linus Tunstrøm, Anders Matthesen, entre vários outros, e, mais recentemente, reconcebeu o clube de jazz Montmartre, em Copenhaga.

Leonardo Catalanotto, Cravista, Professor de Canto e Pianista de Ensaios

Catalanotto formou-se pelo Conservatório de Pescara, onde estudou direcção de orquestra com o maestro Donato Renzetti. Em 1993, começou a participar em produções de ópera como maestro assistente, em Itália, tendo sido convidado a participar no Festival de Ópera Rossini em diversas ocasiões e a actuar por toda a Europa. Catalanotto é regularmente convidado para leccionar ópera italiana no Conservatório de Música de Shenyang e em todo o Japão, sendo especializado no ensino de canto lied. Como instrutor vocal, tem participado em várias produções do Centro Nacional de Artes Cénicas da China, incluindo Rigoletto, O Elixir do Amor, As Bodas de Fígaro, e Norma.

Orquestra de Macau

A Orquestra de Macau é uma orquestra profissional local com um repertório de clássicos chineses e ocidentais, tanto antigos como modernos. Inicialmente conhecida como Orquestra de Câmara de Macau, foi fundada em 1983 pelo Padre Áureo de Castro da Academia de Música S. Pio X e um grupo de melómanos. Em 2001 foi alargada a uma orquestra de sopros duplos, adoptando a sua designação actual.

Desde 1 de Fevereiro de 2022, a Orquestra de Macau tem sido gerida pela Sociedade Orquestra de Macau, Limitada, empresa integralmente detida pelo Governo da RAEM, cabendo a Lio Kuokman as funções de Director Musical e Maestro Principal a partir da temporada de 2023-2024. A orquestra colabora regularmente com músicos, maestros e organizações artísticas de renome mundial para proporcionar ao público um leque variado de concertos de música clássica.

Elenco

Xiaomeng Zhang, Barítono (como Figaro)

Zhang é actualmente cantor residente na Ópera de Zurique na Suíça. Com formação obtida no Conservatório de Música de Xangai e pela Escola de Música de Manhattan, Zhang prosseguiu os seus estudos na Escola Juilliard. Em 2018, integrou o Programa de Ópera Merola da Ópera de São Francisco e passou às semifinais das Audições do Conselho Nacional da Metropolitan Opera de 2018. Zhang é conhecido pela sua vasta experiência cénica, tendo actuado em óperas como Os Palhaços, Rigoletto e Don Giovanni, e cantado em concertos como solista, incluindo A Paixão de Buda de Tan Dun, em Singapura e na China.

Ilhun Jung, Barítono (como Figaro)

Jung foi solista residente na Semperoper Dresden, na Alemanha, sendo amplamente aclamado pela sua versatilidade na interpretação de óperas de diferentes períodos. Formou-se pela Universidade Nacional de Seul, na Coreia do Sul, tendo obtido diplomas em ópera e oratório/Lied pela Universidade de Música e Artes Cénicas de Munique, na Alemanha. Actualmente, é professor assistente no Departamento de Música da Universidade das Artes de Taiwan.

Jung é frequentemente convidado para actuar em salas de espectáculos na Europa e na Coreia do Sul, tendo colaborado com múltiplos maestros e músicos de renome mundial, incluindo os maestros Christian Thielemann, Fabio Luisi e Asher Fisch; as sopranos Edita Gruberova e Anna Netrebko; o tenor Neil Shicoff e o baixo Rene Pape, entre outros.

Hongni Wu, Meio-soprano (como Rosina)

Wu é uma artista contratada da Royal Opera House do Reino Unido e uma jovem instrutora do Departamento de Música Vocal e Ópera do Conservatório de Música de Xinghai. Em 2018, foi uma das vencedoras das Audições do Conselho Nacional da Metropolitan Opera de 2018, sendo seleccionada para o Programa de Artistas Jette Parker da Royal Opera House no mesmo ano, e tornando-se a primeira cantora chinesa a participar no mesmo. Wu actuou em várias óperas, incluindo Cinderela, Der Rosenkavalier, As Bodas de Fígaro, Fedra, Fausto e Carmen, tendo sido convidada para actuar nos concertos da digressão chinesa de A Paixão de Buda de Tan Dun, na temporada de 2020-2021. Após a digressão, regressou ao palco da Royal Opera House, tendo, desde então, actuado pela Europa e nos Estados Unidos.

Jo-Pei Weng, Meio-soprano (como Rosina)

Weng concluiu o seu mestrado em Canto no Instituto Peabody da Universidade Johns Hopkins, em 2005, tendo sido galardoada com o 1.º prémio na quarta edição da Demonstração de Jovens Artistas (categoria vocal), em Outubro do mesmo ano, e tendo também vencido o Concurso Internacional de Canto Neue Stimmen (Ásia), realizado em Yokosuka, no Japão, em Maio de 2007. Em Maio de 2009, Weng foi selecionada para cantar a Ode à Alegria da Sinfonia N.º 9 de Beethoven, em colaboração com a Orquestra Sinfónica de Pittsburgh e o Coro da Ópera Estatal de Viena. Weng actuou ainda no Teatro Mariinsky, na Rússia, a convite do conceituado maestro Valery Gergiev. Em 2010, lançou o seu primeiro álbum a solo de música sacra.

Matteo Macchioni, Tenor (como Conde Almaviva)

O tenor italiano Matteo Macchioni iniciou a sua carreira de cantor após a sua estreia no espectáculo de talentos italiano Amici di Maria De Filippi em 2009, tendo, desde então, conquistado uma certa visibilidade nos meios musicais internacionais. Foi convidado a actuar em óperas e salas de concerto conceituadas em todo o mundo, incluindo o Teatro alla Scala em Milão e o Teatro Regio di Parma, em Itália; a Ópera de Leipzig, na Alemanha, entre outras. Matteo actuou em várias óperas, incluindo Cinderela, Guilherme Tell, O Elixir do Amor, Madama Butterfly e As Bodas de Fígaro, tendo sido igualmente convidado para actuar no âmbito de vários festivais, incluindo o Festival de Ópera Rossini, o Bregenzer Festspiele e o Festival de Ópera Donizetti.

Chuan Wang, Tenor (como Conde Almaviva)

Wang é o primeiro tenor chinês a protagonizar espectáculos no Teatro alla Scala de Milão, em Itália. Formado pelo Conservatório de Música de Xinghai e pelo Conservatório de Música G. Verdi de Milão Wang foi distinguido com prémios em várias competições internacionais de canto sendo seleccionado para o concurso Cantor do Mundo da BBC Cardiff, em 2020. Em 2021, actuou em Il viaggio a Reims no âmbito do Festival de Ópera Rossini, um palco de destaque para óperas de Rossini e, em Setembro do mesmo ano, associou-se à estreia mundial de Madina no Teatro alla Scala. Wang tem também actuado em Cinderela, O Barbeiro de Sevilha, O Elixir do Amor e Rigoletto no Teatro alla Scala e nos principais palcos de ópera nacionais e internacionais.

Ao Li, Barítono (como Bartolo)

Li é baixo-barítono, professor e orientador de mestrados na Escola de Música da Universidade de Artes de Shandong, tendo integrado o Programa de Ópera Merola da Ópera de São Francisco e actuado como cantor contratado pela mesma. Mais tarde, trabalhou também com óperas de renome mundial, incluindo a Metropolitan Opera de Nova Iorque, a Lyric Opera de Chicago e o Centro Nacional de Artes Cénicas em Pequim, tendo vindo a actuar em múltiplas óperas, incluindo As Bodas de Fígaro, A Flauta Mágica, Così fan tutte, Don Giovanni, O Elixir do Amor e Carmen. Entre vários prémios com que tem sido galardoado nos últimos anos, contam-se o 3.º prémio no Concurso de Voz de 2018 no âmbito do Concurso Rainha Isabel (Bélgica), bem como o 1.º prémio de canto (categoria de bel canto) no âmbito da 12.ª edição dos Prémio Sinos de Ouro Chineses, em 2019.

Julian Lo, Baixo (como Basilio)

Lo sobe frequentemente ao palco, distinguindo-se pelas suas técnicas vocais virtuosas. Foi galardoado com o 1.º prémio no Concurso de Ária Operática, no Japão, sendo elogiado pela crítica pela sua “voz profunda e aveludada e pela sua forte presença em palco”. Sendo capaz de cantar em diferentes línguas, incluindo italiano, francês, alemão, russo, japonês, chinês e inglês, Lo actuou já em mais de 30 óperas, tendo colaborado com várias orquestras de renome a convite das mesmas.

Actualmente Lo é membro da Ópera Fujiwara, no Japão, e é professor na Universidade de Soochow. Entre as suas obras editadas, contam-se o álbum de Lieder russos Fascinado por Rachmaninoff e o seu contributo para a gravação Pushkin na Música o livro e CD produzidos por Chiao Yuan-Pu, em colaboração com vários músicos de renome.

Chueh-Yu Lai, Soprano (como Berta)

Lai formou-se pelo Departamento de Música da Universidade Normal de Taiwan, sob a orientação de Lee Ching-Mei e Yang Ai-Lin, tendo, seguidamente, sido admitida no primeiro workshop de ópera do Teatro e Sala de Concertos de Taiwan. Em 2010, concluiu um mestrado em música pelo Colégio Real de Música sob a orientação das sopranos Amanda Roocroft e Rosa Mannion, tendo ainda concluído um doutoramento na Universidade Normal de Taiwan, em 2023. Tem actuado em múltiplas produções operáticas, incluindo O Elixir do Amor, A Flauta Mágica, Candide, Hänsel e Gretel, Carmen, La Traviata, Così fan tutte e A Bela no Bosque Adormecida, tendo integrado digressões por convite em Itália, no Japão e em Espanha.

Siu-Hong Lei, Barítono (como Notário / Polícia)

Lei é o director musical da Associação Vocal de Macau, sendo actualmente professor a tempo parcial no Departamento de Música da Universidade Normal de Pequim – Faculdade Internacional Unida da Universidade Baptista de Hong Kong, após ter trabalhado como instrutor vocal no Conservatório de Macau. Lei licenciou-se em Música pela Universidade Normal de Taiwan, tendo concluído um mestrado em Música na Universidade de Soochow, onde estudou com Hsieh Ying-Tung, Chiu Yu-lan e Brian Montgomery. Actuou no âmbito de vários programas de ópera apresentados no Festival Internacional de Música de Macau, tendo sido solista no concerto A Experiência de Mozart, em 2019, a convite da Orquestra de Macau. Lei apresenta regularmente concertos a solo, dedicando-se à produção de espectáculos de canto.

Equipa de produção

Director Técnico: Zheng Jia Sheng
Contra-regra: Lee Li Ching
Contra-regra Assistente: Jhu Chang Chuan
Assistente do Contra-regra: Lin Wei Sheng
Maquinistas: Hsu Hung Cheng e Lin Hsiao Chien
Engenharia de Iluminação: Chen Ching Hsiung
Electricista-chefe: Tseng Yi Chia
Luminotécnicos: Tung Wei Lun e Huang Yan Wun
Supervisão de Guarda-roupa: Chang Chia Wei
Assistentes de Guarda-roupa: Lan Yi Tzu, Chou Chia Lin, Boling Phoenix Raye e Kuo Cheng Da
Coordenação de Caracterização: Ginny Hung
Cabeleireiras: Wan Chi Tsai, Jenny Hsieh e Hsiao Chen Tsai
Maquilhagem: Vitas Ching Wen Lu e Vera Chen

Orquestra de Macau

Maestro
Lio Kuokman

Maestro Assistente
Tony Cheng-Te Yeh

Primeiros Violinos
Hou Zezhou (Concertino substituto)
Wang Xiaoying (Concertino Associado substituto)
Wang Yue ++
Yang Keyan
Wang Hao
Xing Huifang
Li Wenhao
Liang Mu
Chen Yanle
Zhou Chen
Cao Hui
Ng U Tong *

Segundos Violinos
Li Na **
Vit Polasek
Zheng Liqin
Xu Yang
Guo Kang
Shi Weimin
Chan Chon *
Iong Hou In *

Violas
Xiao Fan **
Lu Xiao
Li Jun
Zhang Yitian
Li Yueying
Lu Zhongkun
Yuan Feifei

Violoncelos
Lu Jia **
Zhang Taiyang
Yan Feng
Radim Navrátil
Lu Yan
Zhong Guoyu
Kuong Poulei

Contrabaixos
Tibor Toth **
Chen Chao
Zhang XiaoDi *
Chau Wai I *

Flautas
Weng Sibei **
Lin Yi-Chuan

Oboés
Kai Sai **
Park Minyoung

Clarinetes
Tomoyo Kobayashi ##
Lee Kai Kin

Fagotes
Yung Tsangshien **
Zhu Wukun

Trompas
Harry Chiu ##
Yu-Han Ho
Un Cheok Hin

Trompetes
Sergey Tyuteykin ##
Kyoko Burns *

Trombones
Chiu Hon Kuen ##

Tímpanos
Chang Hio Man ++

Percussão
Fung Chan Chi Wai
Choi Suk Fan **


** Chefe de Naipe
++ Chefe de Naipe, substituto
## Chefe de Naipe convidado
* Músico convidado

Aviso Legal
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