Mensagem

Por ocasião da abertura solene do “Encontro em Macau - Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa”, permitam-me expressar, em nome da Secretaria para os Assuntos Sociais e Cultura do Governo da Região Administrativa Especial de Macau, as mais sinceras felicitações à realização deste evento, assim como as mais calorosas boas-vindas aos artistas convidados provenientes da China, de países de língua portuguesa e de Macau!

Neste momento, Macau encontra-se no processo de estabelecimento do “Centro de Intercâmbio Cultural entre a China e os Países de Língua Portuguesa” e, nesse sentido, a organização do “Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa”, um dos projectos prioritários nesse enquadramento, é precisamente um factor que contribuirá, na área cultural, para a concretização efectiva do plano global de desenvolvimento de Macau e do planeamento estratégico atribuído pelo Governo Central à região no âmbito da criação da “Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa”, que apresenta uma importância fundamental.

Costuma-se dizer que a cultura é a expressão da alma e que a arte é a personificação da paixão. A civilização chinesa e dos países de língua portuguesa herdam a génese cultural de diferentes povos, em simultâneo, e reflectem a sua singularidade espiritual e emocional assim como concentram inteligência histórica e força criativa ao longo da sua existência e, por isso, são consideradas recursos valiosos propícios à aprendizagem, ao desenvolvimento e à evolução mútuas. Por outro lado, o intercâmbio entre as civilizações, possível pela sua diversidade, promove a aprendizagem mútua que, por sua vez, catalisa o progresso contínuo, o que materializa consequentemente uma relação de benefícios mútuos. Esta realidade já se tornou, nos dias de hoje, uma tendência da moda global e uma convicção cada vez mais consensual. Por ocasião do “Encontro em Macau”, estamos precisamente aqui para criar uma plataforma e uma ponte entre civilizações de excentricidades distintas, por forma a consolidar uma relação de união, amizade, compreensão correspondida, aprendizagem mútua e crescimento próspero em conjunto.

Com a organização do “Encontro em Macau - Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa”, procuramos em primeiro lugar, entender e absorver a essência cultural de outros países; em segundo lugar, promover as características culturais de Macau como uma região que tendo a cultura chinesa como predominante, promova a coexistência de diversas culturas; em terceiro lugar, empenharmo-nos na inovação de mecanismos culturais de integração no panorama geral de desenvolvimento definido pelo país na abertura ao exterior; e por último, contribuir para a criação da “comunidade de destino comum da humanidade” através de trabalhos efectivos. Embora tenham sido organizadas apenas duas edições do Encontro no passado, o que ficou claramente vincado foi a pluralidade dos tipos de participantes, a diversidade das áreas e formas artísticas, a compatibilidade das necessidades de diferentes níveis culturais e a sustentabilidade de um desenvolvimento inovador e contínuo, sendo o conjunto de resultados obtidos muito promissor e satisfatório.

O 3.º “Encontro em Macau”, cuja abertura celebramos hoje, irá continuar a exibir a sabedoria e a imaginação dos participantes e, por isso, vamos aguardar por produtos e resultados criativos ainda mais profícuos e diversificados.

Ao Ieong U
Secretária para os Assuntos Sociais e Cultura
do Governo do Região Administrativa Especial de Macau

Prefácio

 

Nenhum lugar é demasiado longe para uma grande viagem

No século XVI, os descobrimentos portugueses libertaram o poder do mundo para moldar a globalização. Desde então, a metade escondida da terra foi revelada, e os portugueses viajaram cada vez mais para sul do equador, contornando o Cabo da Boa Esperança em África antes de chegarem à Índia e a Macau. Esta viagem extensa e épica teve um enorme e profundo impacto na cultura, arte, alimentação, história e língua globalmente. Moldou directamente o carácter e a história de Macau como uma cidade onde o Oriente se encontra com o Ocidente.

Enquanto tomamos um pastel de nata num café perto da Torre de Belém em Lisboa e olhamos para as costas onde os portugueses navegaram, podemos sempre pensar em histórias de como este país e Macau, bem como os países de língua portuguesa, se encontraram em Macau a partir do mar.

Há três anos, o “Encontro em Macau - Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa” nasceu do desejo de continuar a história e integração de Macau no desenvolvimento global da China, contribuindo para a consolidação de Macau como um centro de intercâmbio cultural entre a China e os países de língua portuguesa através da transmissão cultural e do espírito de inovação. Ao mostrar as realizações da China e dos países de língua portuguesa nas artes e cultura, o Festival promove diálogos pluralistas e a comunhão entre os povos, elevando continuamente o nível de intercâmbio cultural e a cooperação entre a China e os países de língua portuguesa e enriquecendo a conotação das Humanidades da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau.

O 3.º “Encontro em Macau - Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa” apresenta o Festival da Lusofonia, os Espectáculos de Música e Dança Tradicional na Comunidade, o Festival de Cinema entre a China e os Países de Língua Portuguesa, a Exposição Anual entre a China e os Países de Língua Portuguesa, e a Série de Palestras Culturais no âmbito de “Uma Faixa, Uma Rota” - Samba e Dança, proporcionando-nos um acolhimento caloroso neste Outono e Inverno. É de destacar o Festival de Cinema entre a China e os Países de Língua Portuguesa, subordinado ao tema “Os Gourmets de Cinema” que, em colaboração com restaurantes locais, cria um efeito de sobreposição, de modo a que os aficionados de cinema possam apreciar profundamente a atitude de “só a comida é que é merecida”. Isto é particularmente significativo em Macau, uma Cidade Criativa de Gastronomia designada pela UNESCO. Não é apenas a comida, mas os valores da cidade por trás da comida: uma cidade abraça todas as culturas tal como o mar abraça todos os rios. Tudo isto me faz lembrar mais uma vez os pastéis de Belém de Lisboa, a canela, o café e assim por diante, um sabor global da gastronomia que se desenvolveu há centenas de anos atrás numa viagem.

Hoje, tanto a festa gastronómica como a festa espiritual do Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países Portugueses são dignas da nossa atenção. Bom apetite!

 

Mok Ian Ian
Presidente do Instituto Cultural do
Governo do Região Administrativa Especial de Macau

A cultura molda a vida, o intercâmbio traz felicidade

As culturas chinesa e ocidental sempre coexistiram harmoniosamente em Macau. O “Encontro em Macau - Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa” foi lançado pela primeira vez em 2018 e, desde então, tem estabelecido uma atraente reunião anual, formando um mecanismo de intercâmbio regular entre a China e os países de língua portuguesa em Macau, implementando e aprofundando continuamente a construção de Macau como um “Centro de Intercâmbio Cultural entre a China e os Países de Língua Portuguesa”.

O programa do 3.º “Encontro em Macau - Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa” inclui o Festival da Lusofonia, os Espetáculos de Música e Dança Tradicional na Comunidade, o Festival de Cinema entre a China e os Países de Língua Portuguesa, a Exposição Anual de Artes entre a China e os Países de Língua Portuguesa, e a Série de Palestras Culturais no âmbito de “Uma Faixa, Uma Rota” - Samba e Dança, entre outros. No Outono e Inverno, o evento deste ano, através de um conjunto de actividades, vai trazer a cultura e os costumes dos países de língua portuguesa para a vida quotidiana e para a comunidade local, tornando Macau uma plataforma de intercâmbio cultural entre a China e os países de língua portuguesa e promovendo intercâmbios cordiais. Através de espectáculos, de danças e cantares tradicionais e de cinema da comunidade lusófona, o Festival incorpora os valores diversos e inclusivos de Macau e o seu percurso histórico ao longo dos séculos de convivência em harmonia sem perda da própria identidade.

Tendo a cultura como ligação e a arte como veículo transmissor, vamos encontrar-nos no Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa.