Vitor Ng










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Prefácio


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Prefácio

Ela desenha flores, centenas de flores pelo mundo. Para a florescente carreira de arte de Xu Yanting, as flores são a sua alma. Desenha flores sejam elas quentes ameixoeiras a desabrochar, lótus frios, altivos crisântemos, osmanthus que tão bem cheiram, venenosas mas lindas papoilas ou anónimas flores diminutas. As cores fortes das técnicas de pintura do Ocidente e a poesia da tinta ténue do Oriente demonstram inteiramente a sua sabedoria, tocando o coração das pessoas.
Os seus estudos na École Nationale Supérieure de Beaux-Arts em Paris e na Kennedy-Western University dos Estados Unidos ajudaram-na a abrir os olhos e a explorar os tesouros de arte ocidentais, enquanto a sua profunda ligação à cultura oriental – ao mesmo tempo que o seu charme de cultura tradicional influenciada pelo seu pai, o mestre do “Canções do Sul” , Wen Huaisha – não se apagaram. As suas pinturas a óleo com caracteres da nossa nação, misturaram-se com expressões nas pinturas ocidentais enquanto a disposição em pinturas nacionais permitem aos espectadores apreciarem o detalhe com o coração em paz.
Ela desenha vegetação, pequena com os detalhes de grandes árvores, tal como ela. Funções tal como ser a Directora da Hong Kong Art College e membro do Institute Committee of the China Academy of Art, bem como actividades sociais, não a distraem da sua obrigação de continuar com a arte da pintura, nem a perturbam da inocente exploração de harmonia de sentimentos entre seres humanos e pinturas. “Humano e Natureza” tem sido o seu tópico constante, bem como o eterno e a coordenada melodia das suas pinturas. Até a vegetação miúda tem que dar o exemplo para purificar almas cansadas da vida moderna, usando amor para acordar o conhecimento inato do mundo activo e usando a vida para gritar o mais forte acorde do ser humano e da natureza.
Nós, em Macau, temos a sorte de a 24 de Junho podermos sentir, através das pinturas pessoalmente escolhidas por Xu Yanting, a fragrância das flores e da relva, ouvir as suas refrescantes melodias das suas pinturas a óleo, ver a dinâmica profusão das tintas – para não mencionar a pura beleza, grandiosidade e paz de coração das profundezas das cores.


Vitor Ng
Presidente do Conselho de Administração Fundação Macau